Marcos Terra, secretário de Cultura de Itapetininga |
A Câmara de
Itapetininga aprovou recentemente lei que cria o Sistema Municipal de Cultura e
o Conselho Municipal de Política Cultural, com uma cadeira específica para a
Economia Criativa. O conceito de EC é novo e busca alternativas diferenciadas
para a atividade econômica, envolvendo aspectos culturais, criatividade e ações
sustentáveis (veja mais detalhes abaixo).
“Esse
é um fato novo, a Câmara de Vereadores acabou de votar unanimemente uma lei, de
autoria da prefeitura, criando o sistema, que entre os dispositivos legais e
administrativos está o Conselho Municipal de Politica Cultural, o qual terá uma
cadeira especifica para a área de Economia Criativa. Esse é um grande avanço para
a gestão cultural em Itapetininga e região”, afirmou o Secretário de Cultura do
município, Marcos Vinicius de Moraes Terra. Segundo ele, no dia 22 de novembro,
a administração municipal realizará um Fórum Regional de Economia Criativa e
Turismo Rural, “que discutira os assuntos com especialista e toda a comunidade.
Entre as organizações presente estão varias do sistema “S” (Sesi, Sesc, Sebrae)
e o Ministério da Cultura”, afirmou Marcos Terra.
Crescimento
Postal mostra a colocação de lajotas na rua Virgílio de Rezende |
“A Economia Criativa é um tema que
recentemente vem ganhando espaço no Brasil, ainda temos poucas iniciativas
institucionalizadas em âmbito governamental. O Governo Federal em junho criou a
Secretaria Nacional, que esta estudando e levantando dados e informações. Na
iniciativa privada, temos o sistema “S” (SESC, SESI e SEBRAE) assumindo um
papel importante sobre o dialogo do desenvolvimento da Economia Criativa. Já os
municípios, estão caminhando agora para o pensamento sobre essa nova economia.
Entre os empreendimentos, posso citar o trabalho do empreendedor Beto Hungria,
que utilizar sua habilidade na comunicação, para desenvolver um projeto que
envolve produção e distribuição de postais sobre o nosso município”, contou o
secretário.
Para
Marco Terra, a Economia Criativa “é um formato novo, de enxergar um mercado que
já acontece há muitos anos, é muito diferente dos outros movimentos econômicos
que estamos acostumados a conviver, sendo assim é fundamental um mudança
paradigmática para identificar um ambiente econômico especifico, que
posteriormente deve ser fomentado de forma diferenciada. Entre a nossa
perspectiva de gestão cultural, está também a de inserir a comunidade regional
na discussão deste tema que é de extrema relevância e que posteriormente pode
oferecer novas opções de negócios para o desenvolvimento econômico regional”.
O que é Economia
Criativa
Uma
forma de lucratividade diferente. Fugir daquilo que é comum e conhecido por
todos. Inovar. Criar. Reinventar modos de produção, produtos, geração de renda.
Essas são algumas palavras que relacionam e dão sentido ao que hoje é conhecido
– e cada vez mais conhecido – como Economia Criativa.
O
conceito inicial desse termo nasceu na Austrália no ano de 1994, inicialmente
chamada de “indústrias criativas”, inspiradas no projeto Creative Nation que defendia a importância do trabalho criativo e
sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país, aliado ao uso de
novas tecnologias e a políticas culturais.
Mas
apenas passou ao conhecimento do público internacional em 1997, quando na
época, o recém-eleito primeiro ministro britânico Tony Blair por conta de uma
competição econômica global acirrada e crescente impulsionou a criação de uma
força multissetorial que analisasse as contas nacionais e as tendências do
mercado e vantagens competitivas locais. Tudo isso, indo de uma forma
totalmente diferente do que era tradicionalmente feito com relação à economia.
Com
uma definição controversa entre os pesquisadores da área, a forma mais
abrangente de compreendê-la é relacionar a geração e gestão de recursos
financeiros a partir de ideias inovadoras e de produtos culturais pertencentes
as mais diversas áreas. Como por exemplo, arte, cinema, gastronomia, música,
artesanato, produção cultural, arquitetura, design, publicidade, moda, artes
cênicas, editoração e publicações, rádio, englobando as inúmeras atividades que
pertencem a tais setores.
Hoje
a economia criativa é a 3ª maior indústria mundial, atrás apenas da indústria
do petróleo e de armamentos, com a diferença de que nesse novo setor, a
principal ferramenta de trabalho é o cérebro e a criatividade gerando conhecimento,
técnicas, cadeias produtivas etc.
Trata-se
do segmento econômico mais amplo de todos, pois abrange a indústria criativa e
também a economia da indústria cultural, pois pode ser dividida em três grandes
núcleos. O das artes, de conteúdo (produção fonográfica, audiovisual etc.), e
os serviços criativos (moda, design etc.).
Portal traz ações
sustentáveis
Lançado no dia 29 de outubro, o portal Click
Sustentabilidade (www.clicksustentabilidade.com.br), tem como objetivo
facilitar o acesso a informações e ações de sustentabilidade. O projeto é
inovador e está ligado à Economia Criativa, já que este conceito envolve também
o desenvolvimento sustentável.
Segundo a assessoria de imprensa do portal, “serão disponibilizados produtos ecológicos, que
serão entregues gratuitamente aos usuários, assim que conquistarem um
determinado número de clicks.
Para participar, é preciso se cadastrar, escolher um projeto ou produto e
divulgá-lo em suas redes sociais, reunindo votos de amigos”.
A empresária e
fundadora, Paula Zomignani, explica que o objetivo da Click Sustentabilidade é
levar iniciativas sustentáveis às casas das pessoas, estimulando a
solidariedade e a responsabilidade social. “A iniciativa é benéfica tanto para
os investidores, quanto para os usuários”, destaca.
A proposta é
proporcionar o diálogo entre os três pilares da sustentabilidade: econômico,
social e ambiental, num processo em que todos saem ganhando. O setor econômico
fornece o capital e recebe visibilidade, atrelando sua marca a uma iniciativa
socioambientalmente responsável; a sociedade é beneficiada com o acesso a
produtos e projetos diferenciados, que estimulem a responsabilidade social e a
ampliação da consciência; e o setor ambiental ganha com a contribuição dos
cidadãos e com a redução de impacto ambiental, gerada pelos os produtos
ecológicos disponibilizados no portal. Saiba mais na edição de novembro da revista Hadar.