quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Frente fria pode provocar vendaval

 Em Itapetininga, queda pode ser de até 15 graus


 

            A massa de ar polar que atingirá o Brasil nos próximos dias deverá fazer as temperaturas despencarem em todo o país, incluindo a região Norte e estados do Nordeste.

            Em Itapetininga e região, a queda poderá ser de até 15º centígrados, segundo sites de meteorologia. Por volta das 11h30 desta quarta-feira, os termômetros assinalavam 25º C de temperatura máxima, com mínima prevista de 14º C. O tempo estava parcialmente nublado. Já na parte da tarde, por volta das 15h30, a temperatura era de 27ªC, com previsão de chuva leve para o fim da tarde.

 

Alerta


           Embora esta tarde de quarta-feira esteja agradável, o aplicativo AccuWeather, que traz as previsões para smartphones, emitiu um alerta laranja para ocorrência de tempestades já nesta quinta-feira, a partir do meio-dia. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). O órgão alerta também para ventos fortes, que podem chegar a 100 km/h, com queda de ganizo. Pode haver queda de energia. A orientação é para que as pessoas não se abriguem embaixo de árvores e nem da rede elétrica.

            Para quinta-feira, as temperaturas devem ficar entre 15ºC (máxima) e 6º C de mínima. O frio aumenta na sexta-feira, com máxima caindo para 10º C. No final de semana, a previsão é de 11º de máxima no sábado e de 15º no domingo, com chuva moderada nos dois dias. Para a próxima semana, a temperatura máxima não deve ultrapassar os 24º C.

            Segundo meteorologistas, a massa de ar polar deve trazer chuva e até neve em algumas regiões. Só há registros de frio com essa intensidade em quatro ocasiões: 1955, 1963, 1975 e 1985. A massa de ar seguirá pelo continente e deverá atingir também outros países, como Paraguai e Bolívia.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Bolsas que farão a moda deste verão

 Peça, indispensável para as mulheres, traz novidades

Saiba as tendências de bolsas para as próximas estações

 

             O inverno no hemisfério sul termina oficialmente no próximo dia 22 de setembro. Se você já está pensando o que vai usar para ficar na moda na primavera e no verão 2020/2021 não pode se esquecer de um acessório indispensável: a bolsa.

            Para os dias mais quentes que estão por vir, está peça terá várias tendências, incluindo apelo ecológico com o uso de materiais recicláveis, como garrafas PET e palha. Produtos em crochê e até bolsas transparentes devem ditar as outras tendências do segmento, que também terá um apelo retrô, com a volta da pochete (sucesso nos anos 90), mas agora com marcas famosas, como Prada.

            Esta onda retrô é uma tendência que veio para ficar e está presente em praticamente todos os segmentos da moda. Mas isso não significa que não teremos novidades, pois a moda é dinâmica e mesmo um olhar lançado ao passado pode inspirar o lançamento de novos produtos. No caso das bolsas, veja algumas das principais tendências, incluindo bolsas artesanais que podem até garantir uma renda extra.

 

Double Bag


Aqui os extremos se encontram: de um lado para quem gosta de coisas mais práticas: as maxibolsas são ideias enormes que cabem tudo e mais um pouco. Do outro lado a micro bolsa, extremamente pequena, onde não consegue levar muita coisa – nem mesmo o celular! – mas as fashionistas já estão usando bastante, e tem sido o charme do look.

Além de ambas as bolsas estarem na tendência do verão 2020/2021, as duas estão se encontrando para gerar outra tendência que parece loucura, mas não é: tem gente apostando em usar as duas simultaneamente (podem ser até mais bolsas) e essas são a Double Bag. E aí, o que você acha disso? Usaria as duas juntas ou cada uma no seu canto?

 

Bolsas Arquitetônicas


As passarelas estão apostando em algo diferente, a geometria invadiu as ruas seja de forma redonda, cilíndrica, triangulares ou quem sabe nenhuma dessas opções e sim uma forma bastante desconexa, virou tendência e as fashionistas já invadiram as ruas com elas, como aqueles baldinhos cilíndricos, pode usar e ousar sem medo!

Bucket Bag


Conhecida popularmente como “bolsa de saco” usadas no período nos anos 60,70 pelos hippies, voltaram agora com nova roupagem e depois que o designer Daniel Lee começou a usar virou tendência, nem muito grande ou pequena elas vêm maleáveis e de diversos moldes mais sofisticados, embora algumas cheguem a lembrar aquela bolsa de ir à feira. É uma super aposta na estação!

 

Handbag

Como o próprio nome diz, ela é a bolsa que carrega na mão, e não são apenas as famosas carteiras, mas também as que possuem a alça muito curta, como é o caso da baguete, muitos têm apostado em alças de joias, outros têm ousado com até mesmo a alça de bambu – como a Prada – é mais uma trend que vem direto do passado para ficar com a gente.

 

Bolsas com materiais naturais


As bolsas de palha já são bem queridinhas, mas agora a novidade é que não ficam apenas na praia, mas invadem as ruas, é um hit do verão garantido! Vem em vários formatos, tamanhos e por ser uma cor neutra combina com vários looks, seja ele de cor lisa ou com uma roupa bem estampada (parece até sonho) as bolsas agora podem até ser usadas à noite! Tem também o retorno da bolsa feita de crochê, ela é um tapa na cara do fast fashion por ser feita à mão, o famoso handmade, é a perfeita união entre o rústico com delicado. Com certeza é uma das tendências que volta para o verão.

 

Pochetes em alta

Não só continuam, mas vieram para ficar! O acessório dos anos 90 e 2000, chega agora com uma nova roupagem, mais estiloso, em molde esportista e sempre versátil, contudo agora é usado mais na transversal do corpo.

O coringa prático urbano conquistou as passarelas e agora é o hit do verão, ele é ideal para momentos mais práticos que precisamos estar com às mãos livres.

 

Bolsa Transparente


A transparência é tendência certa do verão seja nos sapatos ou roupa. E agora,  o vinil agora conquista as bolsas. Mas, calma, se a sua preocupação com essa tendência for “Ah, mas vai dá para ver tudo que tem dentro da bolsa!”, algumas marcas usam apenas a transparência como revestimento para dar uma elegância (e cuidar da nossa segurança também!), ou seja, não dá para ver nada que está dentro da bolsa. Então está tudo tranquilo para quem gosta de um ar mais futurístico é uma boa pedida! O que não falta é diversidade entre tendências de bolsas verão

Fonte: Site de Beleza e Moda

 

Indispensável

Bolsa artesanal em jeans

            “As bolsas são e sempre foram um acessório indispensável para as mulheres, Elas nunca saem de moda e sempre aparecem novos modelos e estilos de acordo com a tendência e gosto de cada uma. O interessante é que dificilmente conseguimos ver uma mulher que não esteja com uma, seja ela grande ou pequena”, a afirmação é da artesã Arlete Santos Neves, 60 anos, da cidade de Santana do Parnaíba (SP). Além de trabalhar com artesanato, ela também dá aulas, incluindo de crochê. Uma de suas criações é a bolsa feita de jeans velho (foto)

            “Trabalho com vários tipos de materiais: linhas, barbantes, sisal tecido, até com calça jeans velhas. Também criei algumas peças de garrafa PET, não é ainda muito conhecida, mas além de estar ajudando a natureza, é uma peça muito interessante e durável, principalmente para usar na praia”, afirma Arlete, que criou modelos de bolsa usando garrafas PET.

 

 

 

Vários trabalhos


            “Trabalho com vários tipos de artesanato. As bolsas são um segmento do meu trabalho. Eu mexo com artesanatos desde quando me conheço por gente. Nasci pra criar! Tenho a arte no sangue, no coração e até no nome”, diz Arlete, bem humorada.

            Segundo ela não há um modelo que seja mais indicado para o verão que se aproxima. “Cada mulher tem um estilo e um gosto diferente. Todos os tipos de bolsas são sempre bem-vindos”.

“O tempo que levo para produzir uma bolsa, depende muito do material usado e o modelo. A ideia das bolsas de garrafa PET eu vi na internet e me apaixonei”.

 

Renda

            Em tempos de Covid-19 e isolamento social, o artesanato abre um leque de oportunidades para gerar uma renda extra e também manter a cabeça ocupada. “Essa pandemia, na verdade, só me ajudou a ocupar mais o tempo em casa. A produção de artesanatos, para falar a verdade, é mais pra usar a mente como forma de terapia do que pra ganhar dinheiro, porque junto com esse inimigo invisível, a Covd19, vieram também muitos problemas psicológicos, e na área financeira também”.

            Segundo a artesã, que possui um canal no Youtube, vender os produtos pela internet é uma boa, mas exige um pouco mais de conhecimento para conseguir um bom retorno”.

            Quem quiser saber um pouco mais sobre o trabalho de Arlete pode ver seu canal Arlete & Artes (Youtube), Instagram Arlete 789 ou ligar para (11) 959366659.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Agro sob a pandemia: setor mostra força e bate recorde de produção

 Dados do IBGE apontam para safra recorde de grãos

Área plantada de soja

 Área plantada de soja

            Apontado com um dos pilares da economia brasileira, o segmento agropecuário mostra força e, mesmo sob os efeitos da pandemia da covid-19, deve apresentar um aumento na produção de grãos de quase 3%, em relação à safra de 2019. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgados no começo de julho.

            De acordo com o órgão, “a safra nacional de grãos deve bater novo recorde e chegar a 247,4 milhões de toneladas em 2020, segundo a estimativa de junho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada pelo IBGE. Isso corresponde a um aumento de 0,6% em relação à previsão de maio e de 2,5% na comparação com a colheita de 2019, um aumento de 6 milhões de toneladas”.

            Segundo o IBGE, “esse crescimento na comparação anual resulta, principalmente, do aumento na projeção de 5,6% para a soja (mais 119,9 milhões de toneladas) e de 0,4% para o algodão (mais 6,9 milhões de toneladas), ambos recordes na série histórica. A estimativa de produção de trigo encontra-se 33% maior (7 milhões de toneladas) que a do ano passado”.

            Analistas do instituto também destacam um provável recorde também na produção de café arábica, que deve chegar a 2,6 milhões de toneladas este ano, ou 44,5 milhões de sacas de 60kg, um crescimento de 28,9% em relação à safra do ano passado, mantendo a hegemonia do país na produção mundial”. Fatores como o clima (com chuvas boas em regiões produtoras) e a característica da safra ser bienal (alternando anos com baixa produção e outros com alta produção). De acordo com os técnicos, “o dólar valorizado e a boa produção devem alavancar as exportações do produto, possibilitando ao país recuperar mercados internacionais importantes”.

 

 

São Paulo

Levantamento feito em abril pela Secretaria de Agricultura do Estado, em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA) e a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), traz as estimativas das principais culturas do estado para a safra 2019/2020. Os dados abrangem todos os 645 municípios do Estado de São Paulo.

À época do levantamento, o estado já se encontrava em isolamento social, decretado pelo governador (Decreto n. 64.881, de 22 de março de 2020). Entretanto, os técnicos da CDRS, responsáveis também pela coleta dos dados, utilizaram outros meios de comunicação para obter as informações necessárias como a pesquisa por telefone quando não foi possível o deslocamento até o informante (cooperativas, associações, unidades produtivas e outras), em respeito e cumprimento ao decreto.

 

Mais de 10 milhões de toneladas

A colheita de grãos nesta safra deve somar 10,3 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 7,7% em relação à safra anterior, devido aos maiores volumes produzidos e esperados para amendoim (+31,3%), arroz (+4,8%), café (+33,2%), feijão de inverno sem irrigação (+3,7%), milho safrinha (+0,4%) e soja (+16,4%). Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas produções, algodão (-13,6%), feijão das águas (-3,0%), feijão da seca (-22,5%), feijão de inverno (-12,5%), feijão de inverno irrigado (-14,7%), trigo (-4,8%) e triticale (-15,6%).

 

Área plantada diminui, mas produtividade aumenta

A elaboração dos índices que refletem a evolução da agricultura paulista no ano agrícola 2019/20 em comparação ao de 2018/19 reflete o comportamento de culturas anuais, semiperenes e perenes no estado. Os resultados agregados indicam retração de 0,5% na área plantada, mas com aumento de 2,1% no volume a ser produzido, por conta do crescimento de 2,4% na produtividade da terra. O conjunto das culturas anuais apresenta acréscimo de 2,5% na produção e na produtividade da terra, com destaque para o grupo dos grãos, especialmente soja, amendoim e arroz. No caso das culturas perenes e semiperenes, observa-se que o aumento de produção (2,0%) é influenciado pela melhor produtividade (2,3%), dado que a área diminui em 0,7%. O café é responsável pelo desempenho positivo desse grupo. Veja agora como está a situação de algumas das principais culturas do estado. Os dados são da Secretaria da Agricultura de São Paulo.

 

Batata da Seca e de Inverno

Para a safra 2019/20 de batata da seca e de inverno, observa-se decréscimo em área em relação à safra passada. A batata de inverno apresentou redução na área plantada em 7,8%, chegando a 11,9 mil hectares, e a produtividade apresentou redução de 17,1%, com uma produção esperada de 320,8 mil toneladas. O primeiro levantamento do cultivo de batata da seca também apresentou redução em relação ao ano anterior. A área cultivada foi estimada em 6,5 mil hectares, com uma produtividade de 27,4 t/ha e uma produção de 178 mil toneladas. Todos os indicadores dessa cultura foram inferiores à safra 2018/19. Para ambos os tipos de batata levantados, os principais EDRs são: São João da Boa Vista, Itapeva e Itapetininga.

 

Café tem salto na produção

A estimativa preliminar da safra 2019/20 para o café no Estado de São Paulo evidencia produção de 352,8 mil toneladas, superior em 33,2% em relação à safra anterior. Tal resultado é reflexo do aumento de produtividade em 32,5% e não influenciado pelo ligeiro decréscimo de área produtiva (-0,4%). Acrescenta-se o satisfatório comportamento climático nas principais regiões em que a lavoura é conduzida. No EDR de Franca, estimou-se colheita de 2,6 milhões de sacas de 60 kg, caminhando para recorde histórico de produção nessa região. Houve incremento da produtividade nesse EDR, saltando para 37,7 sc. de 60 kg/ha. Assim, entre fevereiro e abril, a estimativa acrescentou uma saca de produção adicional a cada três hectares cultivados. Nos demais EDRs relevantes na cafeicultura paulista (São João da Boa Vista, Marília e Ourinhos), observaram-se variações apenas na produção e produtividade. A atual temporada deverá ser caracterizada por um ano bastante atípico na história da cafeicultura, diante de tais aspectos: elevadas produção e produtividade, boa qualidade e preços para a maior parte dos empreendedores, e remuneradores. Essa condição favorece que estratégias públicas e privadas visando o incremento da competitividade sejam adotadas com maior chance de êxito.

 

Cana para Indústria

Os números preliminares da safra paulista de 2019/20 para a cultura da cana para indústria apontam ganhos de produtividade agrícola de 1,1%, por conta das condições climáticas positivas, resultando em um volume a ser produzido na safra de 0,7% a mais que a anterior, totalizando 438,5 milhões de toneladas. O setor mostra indícios de que o volume a ser produzido nesta safra se dirige à produção de açúcar.

A área plantada na safra 2019/20 é similar à estimada em 2018/19 (-0,7%), em que se prevê colheita em 91,0% deste total. Há informação de que parte desses hectares reduzidos se deve à devolução de áreas arrendadas e de fornecedores, que preferiram substituir o plantio de cana-de-açúcar por outras culturas. A finalização de contratos de arrendamento tem sido habitual, principalmente nas áreas impróprias à colheita mecanizada, pois faz parte da estratégia das unidades de produção para se tornarem mais eficientes, visto que as áreas não adequadas à colheita mecanizada tendem a ser descontinuadas. Entretanto, também não deve ser desprezada a crise que o mercado sucroalcooleiro viveu nos últimos anos, que afetou o campo e a indústria. Embora haja produção em quase todo o estado, as regiões de Barretos, Orlândia e Ribeirão Preto se destacam, pois possuem 21,2% da produção de cana no estado. A produtividade média nestas regiões está acima de 78,0 t/há, equiparando-se à média estadual de 78,4 t/ha.

  

Feijão

Para o feijão da seca na safra 2019/20, a estimativa preliminar sobre área cultivada é de 17,6 mil hectares e a produção estimada em 41,9 mil toneladas. Na comparação com a safra anterior, têm-se reduções de 26,3% no plantio e de 22,5% para a produção a ser colhida, e ganhos de 5,3% de produtividade, com rendimento de 2,4 t/ha. Um dos fatores que têm limitado o plantio do feijão da seca é a infestação da mosca branca. Cerca de 50% da área cultivada no estado de São Paulo concentra-se nos EDRs de Avaré (24,0%), Itapeva (17,1%) e General Salgado (14,7%).

No caso da cultura do feijão de inverno (irrigado e sem irrigação) para a safra 2019/20, os primeiros resultados mostram diminuição de 13,5% de área plantada (35,2 mil ha) em relação à safra passada, influenciando negativamente a produção (-12,5%), com previsão de serem colhidas 90,3 mil toneladas. Essa queda foi notada no feijão irrigado, que representa 80,0% da área total de feijão de inverno. Por se tratar do primeiro levantamento, essas informações podem ter alterações, possivelmente com aumento de área do feijão irrigado, uma vez que parte dos produtores na época do levantamento não havia iniciado o plantio. Espera-se também retração de área no feijão não irrigado, devido às condições climáticas adversas com previsões de poucas chuvas no período inicial do cultivo até mês de junho.

 

Laranja

A estimativa preliminar da safra agrícola 2019/20 para a cultura da laranja é de 13,5 milhões de toneladas colhidas, 1,5% abaixo da quantidade obtida na safra agrícola 2018/19. O período de deficiência hídrica, principalmente nos meses de março e abril de 2020, quando os frutos já se encontravam em estágio mais avançado de desenvolvimento, e as altas temperaturas diurnas podem vir a comprometer a safra, pois são fatores que afetam negativamente estágios importantes do desenvolvimento vegetativo dos pomares, como o florescimento e o desenvolvimento dos frutos.

Essa situação climática foi notada em grande parte da região noroeste do estado (Votuporanga e São José do Rio Preto). Entretanto, esse efeito é muito amenizado na região sudoeste (Avaré e Itapetininga), onde predomina a laranja com destino para mesa, com uso de irrigação. Contudo, para a presente safra, há indicativo de uma produtividade agrícola de 32,2 t/ha, registrando variação positiva de 0,3% em relação à safra anterior.

O volume contabilizado contempla a produção destinada ao mercado e à indústria, as caixas perdidas no processo produtivo e na colheita, bem como os frutos provenientes de pomares não expressivos economicamente, independentemente de seu tamanho. Quanto à área total plantada (que inclui área com plantas ainda não produtivas), nota-se recuo de 1,4%, embora se registre expectativa de crescimento em que não se fará a colheita (aumento do número de plantas novas), ainda que de forma não uniforme regionalmente. Em relação à área produtiva, nota-se diminuição de aproximadamente 2,0%, relativamente à safra 2018/19 (redução de três milhões de pés). Esse fato também contribui para um volume menor, visto que há expectativa de leve aumento no rendimento (+0,3%). É conhecida a continuidade no processo de erradicação, por conta da eliminação de pomares comprometidos com a incidência de problemas fitopatológicos, principalmente cancro cítrico e HLB (greening). A área ocupada com pomares de laranja é de 448,6 mil hectares, correspondendo a 180,1 milhões de plantas, das quais 89,0% aptas para produção.

 

Milho: área de cultivo sofre redução

No levantamento da safra 2019/20, os resultados mostram que continua o cenário de redução de área de cultivo, 11,8% menor do que a anterior, totalizando 354,0 mil hectares. A produtividade cresceu 2,0%, com isso a redução de produção foi menor que a de área (10,0%). É importante apontar que o momento de comercialização do produto é favorável. Dados do IEA apontam que, em abril de 2019, o preço médio da saca de 60 kg de milho era de R$32,9 e, em abril deste ano, o produto foi comercializado na média de R$48,2, variação de 46,5%; assim, espera-se boa rentabilidade para os produtores.

 

Milho safrinha

Ao contrário do milho 1ª safra, o milho safrinha apresenta tendência de crescimento de 5,1% de área na safra 2019/20, alcançando 498,3 mil hectares em relação à safra anterior. A produtividade estimada é menor em 4,5%, com produção de 0,4% maior quando comparada à anterior. Os técnicos da CDRS informam que pode haver alteração na produtividade, dado que o atraso no plantio de soja e milho 1ª safra levou à mudança na janela produtiva do milho safrinha, e o clima no mês de maio será preponderante para o resultado da produtividade neste ano safra.

  

Soja

Para a cultura da soja na safra 2019/20, os dados indicam que a área evolui 1,1%, contabilizando 1.084,3 mil hectares. Em relação à produção, espera-se um expressivo aumento (+16,4%) impulsionada pelo aumento de produtividade de 15,2% superior à safra anterior. Ressalta-se que o comparativo de aumento de produtividade deve ser visto como uma recuperação, pois a produtividade da safra passada foi prejudicada por adversidades climáticas. A sustentação da demanda pelo grão e derivados constituídos pelo farelo e pelo óleo nos mercados doméstico e internacional justificam a expansão da sojicultura no estado. 

 

São Paulo e Brasil

A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia) apresentou quedas de 3,4 pontos percentuais nas exportações e de 2,8 p.p. nas importações nos cinco meses de 2020, apontando valores de 18,9% nas exportações e de 32,0% de representatividade para as importações. Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2020 representaram 15,5% em relação ao agronegócio brasileiro, mesmo valor registrado no mesmo período de 2019; já as importações tiveram ligeiro aumento (0,1 p.p.) passando de 34,8% para 34,9%.

 

 

Desafios

            Para o engenheiro agrônomo Samuel Grillo Negrin, o setor agrícola tem muitos desafios a enfrentar nestes tempos de pandemia. “Em meio a tempos desafiadores devido à covid-19, com alterações na economia e na rotina dos cidadãos, que precisam ficar em casa, a produção agropecuária se torna ainda mais essencial para garantir o abastecimento de alimentos em todo o mundo. Toda essa mudança no comportamento das pessoas, gerou impactos difíceis de entender”, avalia o agrônomo.

            Ele ressalta que “alguns setores do Agro estão passando por sobressaltos maiores e outros menores. Vamos olhar um pouco o que está acontecendo: Flores e Horticultura – queda no consumo por causa do isolamento social; algodão – queda no consumo e a concorrência de fibras sintéticas, mais baratas comparadas com fibras naturais; cana de açúcar – os preços do petróleo recuaram, causando uma mudança abrupta no mercado de biocombustíveis, já que a tendência é que os combustíveis derivados de petróleo fiquem mais baratos”.

            Ele reforça que neste momento, a soja tem forte exportação para a China, “com agricultores conseguindo um bom preço no momento da venda ou no mercado futuro”. Já quanto ao milho, feijão e arroz, o agrônomo diz que “há uma certa estabilidade, não indicando falta de abastecimento”. Sobre a carne, Samuel Negrin lembra que “com as pessoas em casa o consumo aumentou e a desvalorização do Real deixou nosso produto mais competitivo para exportação”. Veja matéria completa na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br).