segunda-feira, 12 de julho de 2021

Engenheiro florestal: especialista fundamental nos dias de hoje

 Profissional atua para promover produção sustentável


            Neste dia 12 de julho, é comemorado o dia do Engenheiro Florestal, profissional que promove o uso sustentável dos recursos naturais. Em tempos onde a questão ambiental e o crescimento econômico devem andar lado a lado para proporcionar um desenvolvimento sustentável, o papel do engenheiro florestal torna-se a cada dia mais importante.

            Profissional com larga experiência na área, Antônio Orlando da Luz Freire Neto trabalha no Instituto Florestal de Itapetininga, localizado no bairro do Barro Branco. Em entrevista ao Marconews, ele conta como é a profissão que exerce

“O engenheiro florestal é o profissional que promove o uso sustentável dos recursos naturais”, explica Orlando Freire.

Ele ressalta que “nesta época de aquecimento global e mudanças climáticas, (o engenheiro florestal) tem papel fundamental na captura de carbono emitido pela atividade humana, com o plantio e manutenção de áreas florestais naturais e florestas para fins econômicos”. Freire lembra que “as árvores, através de seu metabolismo, conseguem capturar o carbono emitido e presente na atmosfera e transformá-lo em madeira e produtos que não sejam madeira, de larga aplicação para benefício do homem”.

“Neste contexto, além de promoverem a conservação e a preservação de matas e florestas nativas, constroem e arquitetam maciços florestais com fins comerciais. Trabalham com o intuito de melhorar a produção e promover a produção sustentável de produtos florestais”, diz Orlando Freire sobre o papel do engenheiro florestal, acrescentando que estes profissionais “são responsáveis por estudar e interpretar ecossistemas florestais naturais, de modo a propor estratégias sustentáveis para a utilização racional destes recursos: produção de água, prospecção de fármacos, conservação de fauna e flora, turismo e lazer entre outras atividades”.

 

Pesquisas

Ainda de acordo com Freire, os engenheiros florestais “selecionam plantas potenciais, identificam e classificam espécies botânicas e analisam sua adaptação ao ambiente, promovendo sua multiplicação. Neste sentido, essencialmente, realizam pesquisas e experimentações, indo do melhoramento genético, formas de implantação e condução florestal; bem como seu uso sustentável”.

 

Papel importante

“Através das pesquisas florestais aliadas à legislação florestal, o Brasil tem importante papel no mercado internacional; é responsável por parte significativa da produção de celulose e papel de eucalipto. Recentemente, vem se formando como grande produtor de resina de pinus, ocupando a segunda posição no mercado mundial com tendências fortes de alcançar a primeira posição nesta matéria-prima; fonte de produtos utilizados largamente nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, de tintas e solventes entre outras”, afirma Orlando Freire. Esta situação se deve, segundo ele “ao conhecimento, expertise das técnicas de produção e implantação florestal, bem como o fato das florestas serem plantadas. Tanto o eucalipto, como o pinus, têm papel de destaque no nosso município e região e isto alavanca o desenvolvimento regional. O pinus principalmente tem promovido significativas mudanças em municípios da nossa região: melhorando a qualidade de vida, arrecadação, geração de renda e postos de serviços e, principalmente fazendo surgir pequenos e microempresários voltados a exploração; isto significa melhoria dos Índices de desenvolvimento humano destas cidades”.

 

Mais atividades



Orlando Freire cita outras atividades inerentes ligadas à profissão de engenheiro florestal, com destaque para “a arborização de áreas urbanas, ruas, praças e jardins e avaliação dos impactos ambientais de atividades humanas”.

Na avaliação de Freire, “em função do trabalho deste profissional e dos objetivos e compromissos assumidos é possível conciliar a manutenção e aumento das áreas naturais bem como o desenvolvimento econômico como já discorremos. Mais que tudo, é possível assistir e presenciar o retorno de espécies da fauna regional como onças, tamanduás, lobos, aves e outras antes difíceis de serem notadas. É preciso também o comprometimento da sociedade para alcançar estes objetivos e aí outro papel que o engenheiro assume através da educação ambiental e programas específicos voltados principalmente aos escolares”.

 

Região

Freire aponta ainda a interação “com outras produções do agronegócio pelo consórcio com outras atividades: agricultura e pecuária. Nossa região é um importante polo na produção de mel, oriundos deste trabalho nas florestas de eucalipto e nas áreas naturais ao redor destes povoamentos”.

Finalizando. E danda uma dica para quem se interessar pela profissão, Orlando Freire explica que “as escolas de engenharia florestal estão distribuídas no país, especificamente próximo a Itapetininga podemos elencar a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz em Piracicaba; UNESP de Botucatu; UFSCar de Sorocaba e FAIT em Itapeva”.

Dia 12 de julho é destinado a comemoração do dia do engenheiro Florestal pois é dedicado a São João Gualberto que no início do século XI começou um trabalho de reflorestamento ao redor do mosteiro que dirigia.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Família homenageia pai e filho com expedição ecológica

 Filhos e netos de Venâncio Ayres Monteiro instalaram placa em trilha


Família Monteiro

            Filho de família tradicional de Itapetininga, o farmacêutico Venâncio Ayres Monteiro foi um dos profissionais mais conhecidos e queridos não apenas em Itapetininga, mas em várias cidades da Região, nas quais trabalhou e viveu. Ao longo da vida, teve aproximadamente 15 farmácias. Prático, fazia suas próprias fórmulas de remédio. Monteiro faleceu em 2013, aos 83 anos, vítima do Mal de Alzheimer.

            Carismático e dono de um grande coração, tratou e ajudou muita gente. Entre os anos 60, 70 e 80, muitos moradores de Itapetininga buscavam o auxílio com o seu Venâncio. E para quem tem dúvida: sim, ele é parente de Venâncio Ayres, patrono do centenário clube do mesmo nome. Republicano e abolicionista, Ayres deixou Itapetininga e se radicou no Rio Grande do Sul, onde hoje há a cidade de Venâncio Ayres, que recebeu este nome em homenagem ao advogado itapetiningano.

 

Homenagem

Venâncio Ayres Monteiro foi casado com Terezinha Silva Monteiro (atualmente com 92 anos) e teve cinco filhos: Elvira Aparecida Silva Monteiro, Benedito Henrique Monteiro Neto (Didi), Ana Elisa Monteiro, Marco Antonio Silva Monteiro e Antônio Cesar Silva Monteiro (Nenê).

            O patriarca era apaixonado pela natureza e passou essa paixão para os filhos. Há mais de 30 anos a família possui propriedade no Vale do Ribeira. Didi também compartilhava desse amor pela natureza e, até os anos 90, acompanhava o pai e os irmãos nos passeios pela mata. Ele faleceu em 2018, aos 64 anos, de enfarte. Desde então, a família vem planejando homenagear pai e filho, colocando uma placa na trilha que leva às terras da família. Devido à pandemia, o projeto foi adiado, mas, após um planejamento de três meses, finalmente foi realizado no último mês de junho. Saiba agora como foi essa aventura no relato de Marquinho Monteiro, filho de Venâncio e irmão de Didi.

 

Marconews - Como surgiu a ideia de uma expedição em família para homenagear seu pai e seu irmão?



Marco Monteiro - Logo após o falecimento do meu irmão Didi, meu irmão Nenê mandou fazer uma placa em inox para a homenagem, isso há mais de 2 anos, mas daí veio a pandemia e só agora conseguimos fazer a homenagem.



Marconews- Quantas pessoas participaram da expedição? Todas da família? Como foi o planejamento para esta aventura? Quantos dias durou a expedição?

Marco Monteiro

Marco Monteiro - Foram 4 participantes ao todo, se fosse toda família teria de ser um ônibus, foram eu e minha filha mais velha e meu irmão com sua filha mais velha, o planejamento estava sendo feito desde abril, quando decidimos e acertamos a data, após isso feito foram praticamente 3 meses acertando o que comprar e o que levar, mantimentos e equipamentos.

Marconews - Por que escolheram o Petar? No vídeo você aparece colocando uma placa em homenagem ao seu pai e irmão. Onde exatamente a placa foi colocada?

Marco Monteiro - Na Verdade não escolhemos o Petar, apenas faz parte de nosso caminho para chegar em nossas terras que temos há mais de 30 anos no sertão; por meu pai e irmão adorarem o local, onde muitos passeios fizemos juntos e no mesmo local, então foi lá que homenageamos os dois, a placa foi colocada no alto e no final da trilha, local onde acampamos e ficará como referência para próximas expedições.

Marconews - Fale um pouco de seu pai e de seu irmão. Seu pai foi figura de destaque em Itapetininga, mas as novas gerações não o conhecem. Quem foi Venâncio Ayres Monteiro?

Marco Monteiro - Meu pai foi um Farmacêutico muito conhecido em nossa cidade e região, era querido por muitos, ajudou muita gente, fazia suas próprias fórmulas de remédio, teve ao longo do tempo aproximadamente 15 farmácias: em Sete Barras, São Miguel, Gramadinho, Rechã e aqui em nossa cidade todas em épocas diferentes. Faleceu em julho de 2013 com 83 anos vítima do mal de Alzheimer.

Belas paisagens compõem a trilha


Meu irmão Didi foi o cara, amigo, irmão, companheiro, ajudava a todos mesmo sem poder, adorava estar com a gente nessas aventuras e fez muita falta nessa. Faleceu em setembro de 2018 com 64 anos, de enfarte

Marconews - Qual a sensação após realizar a expedição? Ela vai se tornar uma tradição?

Marco Monteiro - A sensação de missão cumprida, foi emocionante, isso porque tínhamos como missão atingir o lugar mais alto que conseguíssemos chegar, foram mais de 3 horas com bagagem pesando aproximadamente 25kg, caminhando sobre pedras e água, subindo a montanha no meio do sertão. Na verdade, essa expedição já é tradição em nossa família, pois a fazemos desde final dos anos 90 ainda com meu pai e o Didi, mas aproximadamente 5 anos atrás que resolvemos tornar frequente, pois além de gostarmos da aventura temos de cuidar do que é nosso.

Marconews - Agora fale um pouco de você

Meu nome é Marco Antônio Silva Monteiro, 58 anos, separado, 4 filhos, trabalho na área de segurança patrimonial, amante da vida, da paz, tento levar a vida dia a dia, sorrindo, feliz, agradeço a cada minuto vivido, sou simples e um amante da mãe natureza no qual tenho maior respeito e admiração. Aos interessados nessa aventura e informações entrar em contato comigo pelo cel15 99729-1706(Zap) agendamos grupos com 8 pessoas no máximo.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Projeto quer destinar celulares apreendidos para escolas públicas

 Iniciativa é de professora itapetiningana e foi encaminhada ao Senado


            Inspirada em uma notícia de que o governo de Minas Gerais iria doar para alunos carentes os celulares apreendidos nos presídios estaduais, a professora itapetiningana Luciana Abreu (foto) encaminhou ao Senado Federal proposta para tornar esta iniciativa em lei nacional. O projeto precisa ter pelo menos 20 mil assinaturas, até setembro, para entrar em discussão.

            Por esta razão, Luciana tem pedido nas redes sociais para que amigos acessem o projeto e apoiem a ideia. O link é: Ideia Legislativa - Doação de celulares apreendidos nos presídios para os alunos das escolas públicas :: Portal e-Cidadania - Senado Federal .

            Ao atingir o apoio de 20 mil pessoas, a ideia se torna uma sugestão legislativa e pode ser debatida pelos senadores. O prazo se encerra no dia 14 de setembro.

            Nesta entrevista exclusiva ao Marconews, Luciana Abreu conta como surgiu a ideia e afirma: “é importante ter novos olhares sobre antigos problemas, a sociedade tem o poder de transformar vidas. O futuro com igualdade, equidade e soberania só é possível através do cuidado que temos com nossas crianças e jovens. Gratidão, se não conseguir, espero que alguém tenha um olhar sobre o assunto e possa proporcionar essa mudança. E que todos os alunos possam ter as mesmas possibilidades”.

            Segundo a professora, a ideia de doar os celulares apreendidos nos presídios para as escolas públicas, auxiliando os alunos mais carentes a terem acesso à pesquisa e tecnologia, “surgiu de um artigo no jornal que abordava justamente isso: os celulares apreendidos nos presídios de Minas Gerais seriam doados para os alunos carentes. Há internet nas escolas, contudo, com o cenário da pandemia, os alunos estão acompanhando as aulas em casa através do app do centro de mídias, além das aulas disponibilizadas pela SEDUC (Secretaria de Estado da Educação), toda a escola está transmitindo as aulas dos nossos professores pelo CMSP (Centro de Mídias de São Paulo), mas para tanto, é preciso um celular ou notebook, e há alunos que não possuem celulares ou há apenas um celular disponível na família, geralmente o dos pais, e, desta forma os alunos só tem acesso após a chegada dos pais do trabalho, e foi pensando neste público que decidi  propor essa ideia de Lei. Em uma reportagem do g1 de 2018, falava-se de 10 mil celulares apreendidos em São Paulo”.

            Luciana afirma que não contatou pessoalmente nenhum senador. “Propus diretamente no site do Senado, sim, o tempo é muito curto, e nós é que somos os responsáveis por angariar as assinaturas, por isso, conto com a ajuda dos amigos para divulgação, e tentar dar visibilidade para os alunos que necessitam de aparelhos para a inclusão digital”.

 

Quem é a autora

            Filha de professores, Luciana Abreu é Engenheira Química de formação pela Universidade de Ribeirão Preto, com licenciatura em Química pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduação no Ensino de Química pela UNESP, foi tutora presencial do curso de Engenharia Ambiental da UFSCAR- UAB, professora efetiva da Secretaria da Educação, trabalhou na Diretoria de Ensino como PCNP de Química e hoje atua como Coordenadora Geral no PEI.