Levantamento
feito em 2008 pela ONG (Organização Não-Governamental) SOS Mata Atlântica,
aponta que os municípios da Região Sudoeste de São Paulo quase não possuem mais
a cobertura original da mata nativa. Em alguns casos, onde a Mata Atlantica cobria a
totalidade do território do município, hoje restam apenas 1%, O cerrado, outra
vegetação típica do Interior Paulista, também passa por dificuldades. O pouco
que resta está nas regiões de Franca, São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba e
Campinas. A boa notícia é que, a partir de 2010, a mata mostra sinais de
recuperação, segundo estudo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo), mesmo assim, os pesquisadores afirmam que não há motivo para
acomodação. Veja como anda a situação em 10 municípios da Região.
Segundo a SOS Mata Atlantica, a
cobertura original de mata no município de Itapetininga, por exemplo, atingia
58% do território do município, número que caiu para 6% em 2008, com uma área
de 6,263 hectares. Para ambientalistas locais, entretanto, a situação atual é
outra: segundo eles, ainda restam 15% da cobertura vegetal nativa no município,
mas alertam que ainda há a ameaça da redução da área de mata,
Em Boituva, onde a cobertura
original de Mata Atlantica abrangia 100% do território, restam apenas 3%, ou 661
há (hectares), em Cerquilho, a situação é ainda pior, com apenas 1% de mata
remanescente (79 há) de uma cobertura original de 100% do território. Em
Cesário Lange, o quadro é um pouco melhor, segundo a SOS Mata Atlântica: restam
3% dos 100 % originais de cobertura de mata do município (523 há). O município
em melhor situação é Iperó, que conseguiu preservar 14% da cobertura nativa
original, ou pouco mais de 2.430 há.
Em
Laranjal Paulista, restam hoje 2% da cobertura original de Mata
Atlântica; assim como em porto Feliz e Conchas. Em Capela do Alto, restam 1.221
hectares (7%) da cobertura original de mata. A SOS Mata Atlântica não possui os
dados sobre o município de Tatui.
Ameaçada
A Mata Atlântica é a floresta mais
ameaçada do Brasil, restando apenaa 7,9% de sua cobertura original em áreas
acima de 100 hectares, de acordo com a SOS Mata Atlântica. Somente entre 2010 e
2011, mais de 13.300 há de mata desapareceram. Minas Gerais e Bahia são os
estados em situação crítica. A Mata
Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km2 e estendia-se
originalmente ao longo de 17 Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do
Norte, Ceará e Piauí).
Recuperação
Mesmo ameaçada, a mata mostra sinais
de recuperação desde 2010, segundo estudo da Fapesp (Fundação de Amparo à
Pesquisado Estado de São Paulo). A área ocupada pela vegetação nativa do estado
de São Paulo cresceu pela segunda década consecutiva e, ainda que retalhada em
centenas de milhares de fragmentos menores que um campo de futebol, alcançou um
espaço semelhante àquele pelo qual se espalhava no início dos anos 1970,
conforme informam os pesquisadores da fundação.
Hoje
4,34 milhões de hectares de campos e florestas em diferentes estágios de
conservação – em especial, Mata Atlântica – cobrem o correspondente a 17,5% do
território paulista, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Florestal
do Estado, em 2010 (últimos dados divulgados)
Até
onde se sabe, essa área verde é praticamente a mesma que os 4,39 milhões de
hectares que as florestas nativas ocupavam 40 anos atrás, antes de as pastagens
e as plantações de cana-de-açúcar transformarem de vez a paisagem exuberante e
variada das matas paulistas em um monótono tapete verde.
Os números obtidos pelo IF equivalem a um aumento de 25% na área de mata nativa, se comparados aos valores de 2001,
Os números obtidos pelo IF equivalem a um aumento de 25% na área de mata nativa, se comparados aos valores de 2001,
Mas os pesquisadores alertam que “essa
boa notícia, porém, não permite acomodação. Ainda que mais verde esteja
renascendo no estado, a recuperação se concentra nas regiões em que a vegetação
já vinha crescendo antes. Na década passada foi detectado desmatamento no oeste
paulista e talvez isso continue por ali”, comentam os pesquisadores. Quem
quiser saber maia pode acessar: www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/. Com esses
dados, os administradores públicos poderão cobrar com mais rigor o cumprimento
das leis ambientais e os pesquisadores, identificar com mais exatidão onde
vivem certas espécies de plantas e animais.
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