quinta-feira, 20 de maio de 2021

Padre desmistifica a violência em livro

Edevilson de Godoy aborda o tema pela ótica das vítimas



O padre Edevilson de Godoy (foto), que já esteve à frente da paróquia Nossa Senhora das Estrelas (Itapetininga) e atualmente está como pároco da comunidade da Sagrada Família, na cidade de Tatuí, lança neste dia 21 de maio o livro “O Deus das vítimas”. A obra aborda a Paixão de Cristo sob uma ótica antropológica, na qual “o Deus da Bíblia desmistifica as razões da violência coletiva, assumindo o lado da vítima e condenando a maioria perseguidora”, explica o autor.

Em Itapetininga, o lançamento será no próximo dia 12 de junho, a partir das 10 horas, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (Casa Kennedy), à rua Prudente de Moraes, 716.

Segundo o religioso, “A obra aborda a Sagrada Escritura desde o método antropológico e literário em que a Bíblia é um longo processo de revelação de Deus e do homem para o próprio homem. O Deus da Bíblia desmistifica as razões da violência coletiva, assumindo o lado da vítima e condenando a maioria perseguidora”, explica o autor.

Padre Edevilson afirma que “este é um fato inédito na história da civilização, por isso uma revolução antropológica”. Segundo o pároco, a Paixão de Cristo é o ponto final do “longo processo bíblico de desmistificação da violência”. O religioso lembra que, ao contrário de seus algozes, “Jesus não percorre o caminho do calvário dominado pelo ódio, mágoas, ressentimentos ou revoltas”.



            A mensagem deste Deus é clara: a entrega é por amor; Jesus não teme seus malfeitores. Ele se sacrifica por amor e esta entrega certamente abala as estruturas do poder e da sociedade da época, mostrando que o amor vence, ao mesmo tempo em que denuncia um sistema que priorizava o sacrifício humano através da violência. Com esta obra, padre Edevilson mostra a opção de Jesus pelo amor e pelas vítimas, que até então não tinham voz.

 

O autor

            O padre Edevilson de Godoy é doutor em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutor em Teologia (também pela PUC-SP) e professor de Teologia Dogmática no Instituto São Paulo de Estudos Superiores e pesquisador nas áreas de cristologia e soteriologia.

domingo, 16 de maio de 2021

Adeus, João José!



Este é um domingo muito triste para mim! Logo cedo leio a notícia da morte de João José de Moraes, aos 60 anos, vítima de sequelas da covid-19.

            Quero aqui dar meu testemunho do que não apenas o João José, mas toda sua família representou (ainda representa) para mim. No momento mais difícil da minha vida, fui acolhido de braços abertos por esta linda família a qual me adotou como um filho.

            Aos 17 anos perdi minha mãe em um terrível acidente de carro. Mas Deus abriu uma porta para mim; uma porta de um sobrado localizado no começo da rua Virgílio de Rezende. De uma hora para outra ganhei oito irmãos e uma mãe: dona Lúcia Vieira de Moraes, uma mulher maravilhosa, forte e sempre cheia de vida e com grande talento para educação e para a música. Dona Lúcia nunca esqueceu o dia do meu aniversário e fazia questão de sempre me presentear.

João José com a sobrinha, Lúcia,
e o irmão, Lucélio, em 2018


            Ela passou sua força e seu talento para seus filhos. E seus filhos homens me acolheram como um irmão mais novo. João Alcindo, Lúcio, Helinho (falecido), João José e Lucélio. Sou muito grato pela sua amizade e pelo apoio que sempre me deram. Também agradeço as meninas pelo carinho: Clara, Lis e Ceres. Quantas lembranças boas tenho daquele tempo; daquele sobrado.

Foi nesse sobrado que João José descobriu sua paixão pelo vídeo, e iniciou suas filmagens; uma paixão que passou para seu sobrinho, Alex.

            João José esbanjava alegria e simpatia. Parece que nunca envelhecia; seu coração e sua alma sempre se mantiveram jovens. Felizes aqueles que tiveram a oportunidade e o privilégio de desfrutar de sua amizade e companhia, bem como de toda sua linda família.

            Agora João está no céu, junto com seus pais e seu irmão, Helinho, que também partiu muito cedo. São perdas irreparáveis, mas fica a certeza de que estão em um lugar melhor e que um dia estaremos todos juntos.

            Adeus João José! Nos encontraremos na eternidade!

           

Marco Antonio Vieira de Moraes

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Chaves evoluem e se tornam multifuncionais

 Você pode ter muitos comandos em um só lugar


            Ter uma chave que só serve para ligar/desligar o carro e abrir portas e o bocal do tanque parece coisa do século passado, não é mesmo? E é!!! Há 30 ou 40 anos, ou seja, no século 20, as chaves dos automóveis não faziam muito além disso.

            Mas, com a evolução tecnológica, as chaves se tornaram praticamente centrais de comando, reunindo múltiplas tarefas.

            As chamadas Smart Keys (chaves inteligentes) possuem visor e podem controlar, por exemplo, a autonomia do tanque, ou programar o ar-condicionado para que, quando você chegar, o carro esteja na temperatura desejada.

            A origem das atuais chaves de veículos pode ser estabelecida a partir do chaveiro de controle remoto, passando por diversos modelos até as atuais chaves presenciais. Todas com bateria. E quanto mais botões e funções, maior o consumo da bateria. Por esta razão, a bateria da chave merece uma atenção especial.

 

Cuidados

            Existem alguns cuidados que precisam ser adotados com relação à bateria da chave, conhecida como botão moeda, e que custa a partir de seis reais. Para os esquecidos (que não lembram que a chave usa bateria), hoje existem alternativas, como carregamento por indução, disponível, por enquanto, em modelos mais sofisticados.



            A vida útil de uma bateria é de dois a três anos, dependendo do uso e do modelo. Normalmente, quando a bateria está no fim, essa informação é enviada pelo chaveiro para o painel do veículo (foto).

            Uma dica importante é não usar pinça metálica ao trocar a bateria (atenção para não inverter os polos positivo e negativo, o que pode causar curto-circuito. Isto também pode custar meses da vida útil da bateria). Algumas baterias vêm com silicone, que ajuda a manter o contato e evita a umidade; ele não deve ser removido.

 

Chaves presenciais



A troca da bateria deve ser feita usando-se apenas as mãos
Estas são o que há de moderno na atualidade. Elas funcionam da seguinte maneira: um sensor identifica a chave a partir da distância de um metro do veículo e abre o mesmo. O motorista não precisa fazer uma ação mecânica para destravar as portas. Estas chaves possuem uma antena e componentes do circuito eletrônico que não devem ser tocados, isto pode causar danos a chave.

Em caso de problemas com a chave (como acabar a bateria) quase todas têm um canivete embutido, que pode ser usado para abrir o carro, colocando-o em um lugar específico na maçaneta. Mesmo que o carro não tenha partida manual, o sensor da chave se comunica com o veículo e faz com que ele dê a partida.

O motorista deve ter cuidado para não deixar a chave no sol ou sobre o para-brisa do veículo, pois isto pode fazer com que a antena e o sensor permaneçam funcionando. Este modelo de chave pode usar o carregador por indução para ser carregada, a exemplo do que já acontece com os celulares.

 

Futuro

            O celular, por sinal, é o futuro. Com tecnologia desenvolvida no Brasil (e que já está sendo exportada) você pode usar seu celular para abrir a porta do carro, basta fazer um cadastro e a chave e o celular se reconhecerão. Mesmo que a bateria do celular acabe, você terá ainda cinco horas para usá-lo e abrir a porta do carro. A chave de acesso também pode ser enviada ao celular do motorista que vai usar o carro. Como se vê, a tecnologia não para!