Réplica do Jaguar XK, de Adilson Nicoletti |
Com a chegada do verão, muita gente sente uma vontade quase irresistível de comprar um carro conversível, ou descapotável, como esses modelos são conhecidos em Portugal.
A Sensação de liberdade, proximidade maior do meio ambiente e a emoção de sentir o sol na pele ajudam a divulgar o glamour e o charme desses automóveis, ainda raros em nosso País , mesmo sendo o Brasil um País tropical e com mais de sete mil quilômetros de praias.
Apesar deste quadro não faltam tentativas por parte da indústria automobilística nacional de fazer os conversíveis caírem no gosto do brasileiro. Exemplos não faltam: o Puma, o Miúra, o Santa Matlde e mais recentemente, o Ford Escort XR-3 e o Kadett GSi, este último talvez o de maior sucesso nesse nicho de mercado e ainda hoje o sonho de consumo de muitos motoristas, embora já tenha saído de linha há tempos.
“Dentro do segmento dos conversíveis existem várias tendências de estilos”, afirma o vereador Adilson Nicoletti, apaixonado por automóveis antigos, principalmente conversíveis. Segundo ele, um conversível pode custar até três vezes o preço de um veículo normal e ainda tem um detalhe: quanto mais antigo o modelo, mais caro.
“O conversível te dá aquela sensação de liberdade, do vento no rosto, com mais segurança e conforto do que uma moto”. Outro detalhe interessante levantado por Nicoletti é que há muito mais carros conversíveis em países de clima frio ou temperado. “Na Inglaterra, por exemplo, o sujeito aproveita os poucos dias de sol que tem para sair com o conversível, ou roadster, como eles chamam. É comum ver as pessoas passeando mesmo em dias frios, usando blusa e boné, mas com a capota baixada”,
Nicoletti confirma a paixão por conversível sendo proprietário de uma réplica de um Jaguar XK 120 da década de 50, um roadster (modelo esportivo de dois lugares) construída por ele mesmo.
Clássicos nacionais
O Kadett GSi é um clássico nacional |
No começo dos nos 90, dois modelos nacionais chamavam a atenção nas ruas: o Kadett GSi e o Escort XR-3 1.8, ambos conversíveis e exclusivos, embora mais acessíveis ao consumidor do que o importados que começavam a chegar por aqui.
Charmoso e elegante, o Kadett trouxe uma importante inovação tecnológica: a injeção eletrônica de combustível, dispensando o uso do carburador.
O GSi conversível ganhava ainda o toque dos estilistas do estúdio italiano Bertone, para onde as chapas da estrutura do Kadett eram enviadas e recebiam os traços do renomado estúdio, para depois serem mandadas de volta ao Brasil. Um procedimento que tornava o carro ainda mais exclusivo e cobiçado.
O Escort, por sua vez, trazia a qualidade de ter praticamente o mesmo desempenho do Kadett (181 km/h contra 183 km/h de velocidade final) com um motor um pouco menos potente (116 cv) contra 121 cv do modelo da Chevrolet. Ambos os carros, porém, se tornaram clássicos e ainda há quem vire a cabeça para ver quando um deles passa pela rua.
Texto: Marco Antonio
Fotos: Arquivo Pessoal; divulgação