quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cidade cresce, mas mantém ar de interior

Fachada da tradicional escola Peixoto Gomide
Com estimados 145 mil habitantes, a cidade de Itapetininga tem avançado positivamente em diversos indicadores sócio-demográficos. A informação é da agência local do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O município completa 241 anos no próximo dia 5 de novembro.
            Entre 1970 e 2007, a cidade mais que dobrou de tamanho, passando de 63.606 moradores para 138.450. Ainda segundo os dados do IBGE, o número de moradores na zona rural caiu de 20.374 em 1970 para 13.327 em 2010.  Outro dado interessante é que, apesar da crença de que existem mais mulheres do que homens no município, a diferença entre eles é pequena: existem 72.167 homens morando em Itapetininga e a população feminina é de 72.210, ou seja, apenas 43 mulheres a mais do que homens.
            Apesar do crescimento e desenvolvimento, a cidade manteve ares de Interior, com uma qualidade de vida que muitas cidades já perderam.
            Diz o poeta que é sempre lindo andar na cidade de São Paulo. Bem, com a devida licença, ouso dizer que também é lindo andar pelas ruas de Itapetininga. A cidade é acolhedora. Prova disso são as pessoas e empresas que se instalaram (e muitas ainda estão por vir) no município.
            Imagine que você deixou a cidade ainda jovem, buscando uma vida melhor. Os laços com a terra de seus ancestrais são fortes e depois de um tempo você resolver voltar. Desce na estação rodoviária e resolver ir a pé pelo centro, para “matar a saudade e lembrar das coisas”.
            Logo nas proximidades da rodoviária você encontra a Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Aí você lembra que este é um povo de fé; que acredita em dias melhores e não esmorece diante dos problemas. Sim, é um povo de fibra!
Postal mostra a Virgílio em 1970
            Caminhando mais um pouco você chega à rua Virgílio de Rezende. Essa rua famosa, umas principais artérias do trânsito local e ponto de encontro da moçada, quando você era jovem.
Você desce a Virgílio e as lembranças vão brotando em sua mente: uma rodinha de amigos, a cervejinha, aquele franguinho frito empanado...Humm! É de dar água na boca e nos olhos, pois você recorda antigos amigos, companheiros de uma época quando tudo parecia mais simples. A vida não era tão complicada.
            Então, você sente uma vontade incontrolável de tomar Tuiubaína, comer um bolinho de frango (só aqui em Itapetininga tem) e tomar um café. Coisas que só as cidades interioranas ainda mantém, como aquele cheiro gostoso de café torrado, que você sentia todas as tardes.
            Mesmo com o crescimento, a cidade de quase 150 mil habitantes ainda possui muita coisa de cidade pequena, embora tenha avançado em diversos setores. A mortalidade infantil caiu e os itapetininganos estão vivendo mais.
            O acesso à informação e políticas públicas bem focadas contribuem para esta situação. Nada mal para um município que já foi considerado a entrada do chamado Ramal da Fome.

Economia
Rua Campos Salles
A economia da cidade vai bem, obrigado. Pelo menos é o que diz a análise do IBGE dos indicadores econômicos, pois a maioria das atividades ligadas ao setor industrial, comercial e prestador de serviços, apresentaram crescimento significativo, influenciado pelo crescimento interno do país, estabilidade política e com a entrada de parcela da população no mercado de consumo, hoje mais de 50%, considerada como classe média.
Com aumento dos postos de trabalho e renda, aumentam os ganhos as famílias, comprovados pelo aumento do consumo de alimentos, serviços e bens de consumo.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruno) com o Brasil superando a meta dos 7% ano passado, variação próxima verificada para o Município de Itapetininga, com PIB atingindo ao valor de mais de R$ 1,98 bilhão e renda per capita chegando aos R$ 13.494 Reais (último resultado apurado 2008).

Texto: Marco Antonio
Fotos: Postais Grátis, Mike Adas e Marco Antonio

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