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Avenida Francisco Válio já apresenta falta de vagas para estacionar |
Estacionar o automóvel na área central da maioria das cidades brasileiras é um desafio sem fim. Faltam vagas, paciência e educação (de alguns motoristas) e sobram problemas. A situação é tão complicada que muita gente prefere ir a pé ao centro para fazer coisas como ir ao banco, pagar contas ou mesmo trabalhar.
Com uma frota que já supera os 60 mil veículos, a cidade de Itapetininga enfrenta já há algum tempo este drama comum às grandes metrópoles: o trânsito truncado e a dificuldade em estacionar na área central urbana.
O problema se agrava em dias de grande movimento nas agências bancárias. Para amenizar o problema, o estacionamento particular é a opção para quem não pode e não quer perder tempo procurando uma vaga, além de oferecer segurança e comodidade para o proprietário do veículo.
Para Guilherme Elias, proprietário de um estacionamento na rua Saldanha Marinho (centro de Itapetininga) a comodidade e o fator tempo estão entre os principais motivos que levam o motorista a escolher um estacionamento particular. “É comum em nosso trabalho que a pessoa entregue o carro na entrada do estacionamento e saia com pressa. Na volta, já mais calma, vai encontrar o veículo estacionado, manobrado na posição mais cômoda para sair. Com isso ganha tempo, que eu vejo como a maior vantagem do estacionamento”.
Ele aponta outra questão que deve ser tratada:”muitos motoristas estacionam seu carro na área central e por motivos diversos não compram seu cartão se zona azul. O mais comum é a pessoa achar que “só vai ali no banco e já volta” e quando vê o banco está lotado, encontra-se alguém com que se precisa dar uma palavrinha, ou aquele produto que se está precisando está na vitrine com um preço muito bom. Certo. Tudo bem. Mas aí o pessoal esquece que deixou o carro sem a zona azul e é bom lembrar que existe a multa por estacionamento irregular”.
Para ele, a situação do trânsito no centro da cidade só tende a piorar. “Infelizmente eu não creio que uma cidade como Itapetininga vá encontrar uma solução para o problema de vagas para estacionar. Mais de dois mil carros novos entram em circulação todo ano na cidade e não há como expandir o número de vagas. A cidade tem mais de duzentos anos, as ruas centrais são estreitas, as agências bancarias e o comércio são concentrados na área central, enfim: eu acho que a tendência é o problema só piorar”. Mesmo para quem opte pelo estacionamento particular, a recomendação é que a escolha seja por estabelecimento idôneos, que emitam um ticket com os dados do veículo. Ísto é uma segurança para o motorista, pois se algo acontecer com seu veículo, poderá provar que esteve no estacionamento em tal dia e tal horário”, finalizou Guilherme Elias.
O problema já se alastra para ruas mais distantes do chamado centro histórico. É o caso da avenida Francisco Válio. Como ainda não possui zona azul, muita gente opta por deixar o veículo na rua e caminhar até o centro. Com isso, diminui o número de vagas na avenida, que já anda com o espaço no limite, segundo comerciantes da área, que se sentem prejudicados, afirmando que muitas vezes não há vagas para seus clientes.
Outro problema grave diz respeito à segurança, pois, em busca de vagas, muitos motoristas estacionam seus veículos muito próximos às esquinas, prejudicando a visibilidade de quem quer entrar ou cruzar a avenida. “O cara quer entrar na avenida e precisa ir embicando o carro para conseguir ver se pode entrar, é um perigo”, disse um comerciante. Muitos entendem que deveriam ser criados bolsões de estacionamento de motos nas proximidades dos cruzamentos. Além de garantir as vagas para os motociclistas, não impede a visão de quem chega no cruzamento.
Tatuí
Com uma frota que também supera os 60 mil veículos, o problema de vagas para estacionar o carro na área central da cidade é igualmente grave. Segundo motoristas locais, há casos de se esperar 45 minutos até encontrar uma vaga, se a pessoa não quiser parar em um estacionamento. Com isso, o trânsito na área central fica ainda mais complicado.
Texto e foto: Marco Antonio