Realizado no começo de março, na Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP (Botucatu), o 12º Congresso Brasileiro de Acupuntura Veterinária, reuniu médicos veterinários de todo o País, que durante três dias tiveram palestras sobre o tema, ministradas pela médica veterinária finlandesa Anna Hielm-Bjorkman (foto). Promovido pela Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária (ABRAVET), o congresso atraiu também profissionais da área de Saúde Humana, como médicos e fisioterapeutas, que entraram em contato com as técnicas veterinárias, muitas ainda inéditas para a maioria.
“O congresso superou as expectativas”, afirmou o médico veterinário Ivo Canal, diretor clínico do Grupo Polivet-Itapetininga. Segundo ele, A maior parte do evento constou de apresentação de trabalhos “baseados em evidência”, ou seja, que incluíram a comparação entre as tratamentos de MOC – Medicina Ocidental Cartesiana e MTC - Medicina Tradicional Chinesa. “Em muitos aspectos a MTC pode ser mais eficaz e em uma velocidade maior do que a MOC, inclusive na questão de vômitos em viagens ou mesmo convulsões”
Mais qualidade de vida
Ivo Canal e Fred |
Para o médico veterinário, as pessoas estão mais preocupadas e conscientes da importância da boa saúde para a qualidade de vida dos animais. “Imagine um animal que teve um câncer na pata e que se extraiu este câncer. Extrair é o máximo que a Medicina Ocidental pode fazer; ela não pode modificar o padrão que levou aquele paciente a desenvolver a doença. Isso, somente as medicinas holísticas, como acupuntura, podem fazer”, afirmou Ivo Canal.
Ainda segundo o médico veterinário, não só os animais, mas também os humanos estão vivendo mais e melhor do que no passado. “Hoje existe mais consciência. Antes, por exemplo todos fumavam,. Agora, em uma balada, por exemplo, ninguém fuma, ou se fuma, vai para fora para não contaminar o ambiente. Me faz lembrar, Fred, nosso Border Collie que está recebendo treinamento para Cão Guia, foi na balada do congresso comigo. Embora o barulho, ele gostou muito, e todos o amaram”.
Mercado
Sobre o mercado de medicina veterinária na Região, Canal afirma que, mesmo tendo um preço diferenciado “quase um quarto do movimento de nossa clínica vem da região, inclusive de centros como São Paulo, Botucatu. As pessoas saem de Sorocaba para nos trazer pacientes. O que estou dizendo é que o mercado sempre será promissor para quem for estudioso, empenhado. Pessoalmente, trabalhei em 12 diferentes especialidades da medicina veterinária. Hoje somente oriento meus filhos e estagiários na MOC, mas exerço apenas a MTC. O mercado ainda é deficiente em excelência, seja qual for o ramo”.
E falando em clinica, Canal lembra que o Grupo Polivet-Itapetininga vem se aprimorando a cada ano para atender melhor os clientes. Entre as novidades que vêm por aí está a inseminação artificial canina, inclusive com congelamento de sêmen. Estudos neste sentido já estão sendo feitos por Dr. Raoni, filho mais velho de Canal.
Este ano o grupo ganhou o reforço de Maialu Canal, que se formou este ano, também é médica veterinária e está atuando na área de anestesia e exames laboratoriais. E, em breve, a filha caçula, Luara, deverá concluir seus estudos na Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP (Botucatu).
Na parte administrativa, Sandra Canal, diretora-administrativa do grupo está concluindo curso de gestão. Ivo Canal está terminando duas especializações, uma em acupuntura e outra em fitomedicina Chinesa. “Eu praticamente não trabalho mais com MOC, apenas oriento. Em linhas gerais, continuamos a nos empenhar ao máximo para ajudar aos nossos amigos e clientes”, concluiu Canal, ressaltando que este ano o GPI estará novamente presente na Expo-Agro.
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