Carro mantém tradição de inovação da
marca
O
novo lançamento da Lamborghini, o modelo Egoista (foto) nasceu do traço do
brasileiro Walter de Silva. Nascido na Itália, Silva, de 62 anos, começou sua
carreira na década de 70, no Centro de Estilo da Fiat. Entre os anos 70 e 80
atuou também no IDEA, conhecido instituto de Design de Turin; passou também
pela Alfa Romeo, SEAT e desde 2007 é diretor de design do Grupo VW. Isto quer
dizer que, na prática, todo carro da Volks tem o desenho desenvolvido pelo
brasileiro e sua equipe.
Na
apresentação do Egoista, em Santa Ágata Bolognese, Silva destacou o fato de ser
brasileiro, mas lembrou que corre em suas veias sangue italiano e que é muito
ligado à marca Lamborghini. Para homenagear os 50 anos da scuderia nascida do sonho de Ferrucio LamborgHini, o designer
concedeu um carro que “sublinhasse o fato de que os carros da Lamborghini
sempre terem nascido com paixão, mais com o coração do que a cabeça”, disse
Silva.
Segundo
ele, "é um veículo apenas para uma pessoa, para que se possa divertir e
expressar ao máximo a sua personalidade. Representa o hedonismo levado ao
extremo, é um veículo sem compromissos, numa palavra: Egoista".
Com
um motor de 10 cilindros (V10), com 5,2 litros, a despejar uma
potência de 600 cavalos, o Lamborghini Egoista foi inspirado no helicóptero
Apache. Concebido a partir de materiais leves, como alumínio e fibra de
carbono, o veículo tem zonas exclusivas que não se podem pisar, devidamente
assinaladas como nos aviões. O paralelo com o mundo da aeronáutica não termina
aqui; a carroçaria foi produzida num material especial antirradar e o para
brisas é antirreflexo com uma graduação em laranja. As entradas de ar também
foram realizadas a partir de material antirradar, planas e muito abertas,
embelezadas com raios de fibra de carbono para melhorar a sua aerodinâmica.
Top Gun
O interior lembra um avião de caça |
O
interior do Egoista fará o feliz proprietário sentir-se como um piloto de jato,
como se fosse Tom Cruise no filme Top Gun.
Aliás, o ator americano, do jeito que gosta de velocidade e aventura,
certamente é um sério candidato a comprar um carro desses.
O interior do cockpit é extremamente
racional, com uma funcionalidade levada ao extremo. Está equipado com um banco
de competição e um cinto de segurança de quatro pontos, cada um com uma tira
numa cor diferente, os airbags e um mínimo de instrumentos em que se
destaca um display head-up, típico dos caças a jato. Para sair do
veículo, o condutor deve retirar o volante e colocá-la sobre o painel de
instrumentos (como fazem os pilotos de F-1), abrir uma cobertura através de um
comando eletrônico que se erguerá desde o banco. Depois e ao pressionar um
botão no lado esquerdo um mecanismo faz rodar uma estrutura e a zona das pernas
do condutor para sair do veículo. Nesta caso também pode pressionar para baixo
os pés e levantar-se, à semelhança de um Fórmula 1. Mesmo para sair do veículo,
o Lamborghini Egoista é mais recomendado para um piloto do que a um condutor
“normal”, para um verdadeiro “top gun”. O Egoista possui, na opinião de Walter De
Silva, todos os critérios dos produtos da Lamborghini. "É como se Ferruccio Lamborghini estivesse
dizendo: vou colocar o motor na parte de trás, não quero um passageiro. Eu
quero isso para mim e imaginar como ele seria. É um veículo apaixonante e a
denominação Egoista enquadra-se na perfeição”, finalizou Walter de Silva.
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