sábado, 28 de setembro de 2013

Autora itapetiningana realiza sessão de autógrafos


Obra trata do universo feminino e suas dificuldades
Nascida em São Paulo, mas integrante de tradicional família de Itapetininga, a terapeuta e escritora Ana Silvia Fernandes Peixoto (foto), passou a adolescência no Interior. Desde muito cedo, Ana Silvia se interessava pela história das mulheres, começando pelas integrantes de sua família. Logo, começou a questionar a situação feminina ao longo da jornada da humanidade.
            A autora lembra que, em algumas culturas e épocas distantes, as mulheres tinham lugar de destaque na sociedade, associadas à fertilidade e bons fluídos, como Grande Deusa e Mãe, fonte de transformação no mundo. Mas, com a ascensão da cultura ocidental, influenciada por valores sexistas, a mulher passou a um segundo plano no tabuleiro da vida.
Obra aborda universo feminino
            Ana Silvia lembra que, quando jovem, “imaginava a razão pela qual as mulheres, ao longo do tempo, passavam por tantas dificuldades físicas, morais, sociais e emocionais. Com o tempo, percebi que o panorama era mundial, e movida pela indignação, pela dúvida e apaixonada pela leitura e escrita, iniciei as pesquisas que me levaram a procurar compreender os motivos pelos quais a alma feminina fora subjugada ao longo dos muitos séculos vividos pela humanidade”.
            O resultado desse trabalho é o livro Redenção das Bruxas, lançado recentemente pela autora em São Paulo, com direito a uma concorrida noite de autógrafos. A autora lança a obra em Itapetininga no próximo dia 19 de outubro, no Café Zurik, no centro da cidade, com sessão de autógrafos das 16 às 19 horas. Para entrar em contato com a autora, envie e-mail para redencaodasbruxas@gmail.com, ou visite o site www.stum.com.br/anasilvia, onde se encontra disponível vários artigos relacionados.
 
 
Serviço
Livro Redenção das Bruxas
Ana Silvia Fernandes Peixoto
Dia 19 DE OUTUBRO – 16 às 19 horas
Café Zurik – Virgílio de Rezende, 290

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Palestra aborda terapia de regressão

Regressão de memória e terapia de vidas passadas são alguns dos temas a serem abordados em palestra sobre Terapia de Regressão. O evento acontece neste sábado, das 14 às 16 horas, no Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento Integral (NADI), à rua Venâncio Ayres, 415, Itapetininga.
A palestrante será Laura Morais Terra, que abordará ainda questões como assumir as rédeas do nosso próprio futuro e "liberar o passado sem brigar com ele".
Segundo Laura, os temas são voltados para um público com idade acima de 12 anos e a adesão (ingresso) custa R$ 20. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3272-8090.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Conheça as Danças Circulares Sagradas

Dança é inclusão
 
Danças Circulares Sagradas
Quase tão antiga quanto a própria humanidade, a dança sempre esteve presente na história do homem, seja para agradecer uma boa colheita, comemorar uma vitória ou louvar os deuses. Muito mais do que a expressão física da alegria, a dança integra o indivíduo à sua comunidade e, como um ato social, serve para que sejam feitas novas amizades e até para apresentar uma jovem à sociedade, como são os famosos bailes de debutantes. Como se vê, a dança está entre as atividades mais inclusivas desenvolvidas pelo homem.
            Mas, dentro do espectro quase ilimitado da dança, existem aquelas que favorecem ainda mais a inclusão e a vivência social. É o caso das Danças Circulares Sagradas, que têm esse nome porque colocam as pessoas em contato com o que elas têm de mais sagrado: a sua essência. Afinal, dançar faz bem para o corpo, a alma, a mente e até para as comunidades.
            Géssica Gralhóz é professora de DCS em Tatuí. Leia agora os principais trecos da entrevista.
            “A prática da dança é inerente ao ser humano e há registros de que ela existe desde o Paleolítico. A dança realizada em grupos em forma de círculo aparece depois, no Neolítico. Há evidências de que diferentes povos costumavam reunir a comunidade e dançavam com os mais diferenciados propósitos envolvendo cerimônias, festas ou rituais sagrados. Mas o movimento das Danças Circulares é recente, resultou do encontro entre o bailarino alemão/polonês Bernhard Wosien e a Comunidade de Findhorn, no norte da Escócia, em 1976. Essa comunidade é algo muito especial no planeta. Fundada há 51 anos, é considerada atualmente como referência mundial em permacultura (cultura sustentável) e vida comunitária”, disse Géssica, que visitou o local este ano e se encantou. “É um portal de Luz, não dá vontade de sair de lá”. Ela conta que, nas celebrações dos 15 anos de existência da Comunidade de Findhorn, Peter Caddy, um dos fundadores da comunidade, convidou Bernhard Wosien para ensinar uma coletânea de Danças Folclóricas aos residentes. “Foi um momento surpreendente para todos, Wosien encontrou o que há muito procurava, vivenciou na dança a alegria, a amizade, o amor e constatou que dançar de mãos dadas no círculo possibilitava uma comunicação mais amorosa entre as pessoas. Desse momento mágico, surpreendente e amoroso nascem as DCS”;
            Segundo a professora, as DCS chegaram ao Brasil na década de 80, através de Sarah Marriott, que trouxe as DCS para um centro de vivência em Nazaré Paulista (SP). Sarah morou em Findhorn e resolveu fundar um centro de vivência, trazendo as Danças Circulares Sagradas como parte das atividades do centro.
            Ainda de acordo com Géssica, há mais dois nomes importantes na história das Danças Circulares no país. Um é Carlos Solano, “que chegou inclusive a dar cursos em Belo Horizonte. Mas posso afirmar com muita convicção que a pessoa que investe sua vida, mantém e segura o fogo das DCS no Brasil é Renata Ramos, de São Paulo. Após visitar Findhorn (1992) e fazer seu treinamento com a própria Anna Barton (1993), ela se empenhou em editar em português o material sobre DCS e a Comunidade de Findhorn pela Editora TRIOM. Passou também a dar cursos em todo Brasil; a levar grupos de brasileiros ao Festival de DCS em Findhorn e, a partir de 2002, a organizar o Encontro Brasileiro de DCS que acontece anualmente em Embu das Artes (SP). O Brasil é o lugar do mundo onde mais cresce o movimento das DCS, estamos dançando em todos os estados com diferentes grupos e propósitos. É uma alegria muito grande partilhar desse movimento como brasileira”.
 
Benefícios
            Géssica ressalta que “quando falamos em DCS somos logo remetidos aos benefícios de sua prática. Quando inicio uma prática, ao formarmos o círculo de mãos dadas, algo muito profundo acontece. O fato de estarmos olhando uns aos outros, unidos no círculo, respirando juntos, traz à tona a experiência da comunidade, do amparo, da proteção, da colaboração, da compreensão; rompem-se as barreiras do individualismo, o ego se dissolve, a hierarquia desaparece, formamos um novo ser, único e muito poderoso. Quando a dança começa a ser executada, os passos ainda estão descompassados ao ritmo da música, mas em poucos minutos a harmonia vai se estabelecendo e a grandiosidade da comunidade se revela. Os corações se expandem, o sorriso desabrocha espontaneamente e hesita em desfazer, às vezes algumas lágrimas transbordam da expressão da alma, uma alegria sem tamanho se instala e se expressa em profundo silêncio ou gargalhadas libertadoras”.
            Para ela, a dança provoca a cura em todos os sentidos: do corpo, da alma, das emoções, das relações. “É muito comum em uma partilha pós dança os participantes declararem que fizeram um esforço muito grande no início e depois conseguiram se soltar, mas que não podiam piscar ou deixar a mente fugir dali, senão erravam os passos. É verdade, a prática exige muito foco, principalmente porque todo o seu corpo é estimulado; é preciso ouvir a música com atenção, perceber o ritmo, entender o passo da dança naquele ritmo, deixar a melodia invadir seu coração, relaxar, curtir, acertar o pé, o braço, o giro, o olhar, sorrir... quantos comandos. O cérebro fica tinindo. É uma super ginástica cerebral”, disse a professora.
             Ela explica também que, “em geral, para se beneficiar do potencial de uma dança circular é bom ter entre 10 e 30 pessoas. As práticas podem ser encontradas na forma de vivências de meia hora, oficinas de 3 a 4 horas, cursos curtos de 10 a 16 horas, workshops de 30 a 40 horas ou cursos de formação de 180 horas. E para quem quer ter uma formação teórica aprofundada, a UNIPAZ Campinas oferece o curso de Pós-graduação em Jogos Cooperativos e Danças Circulares Sagradas. Os focalizadores das DCS dedicam-se aos mais variados setores: saúde, educação, empresas e parques. Na saúde vem sendo aplicadas a grupos de psicoterapia, trazendo alegria de viver a pacientes com quadros de depressão; também na Fisioterapia para reabilitação de movimentos; na Saúde Mental como forma de estimular conexões neuronais. Nas escolas as DCS permitem o desenvolvimento das múltiplas inteligências e nas instituições sociais vem ajudando a reinserir valores e comportamentos. Nas empresas, constituem dinâmicas deflagradoras de processos de resolução de conflitos, ou como forma de identificar ou valorizar um aspecto da equipe que precisa ser fortalecido. Nos parques, serve como entretenimento, convite à prática de atividade física e meio de cultivar os valores necessários à construção de uma sociedade sustentável”. Leia matéria completa na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br) .
 
Texto: Marco Antônio
Foto: site Ciranda da Lua

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Arte e cultura: instrumentos de mudança e inclusão

Especialistas falam sobre a questão
 
Marcos Terra

Em um mundo onde a palavra de ordem é inclusão social, com mudanças de atitudes e comportamentos visando elevar a qualidade de vida das pessoas, qual seria o papel da arte e da cultura neste contexto? Como ações ligadas à área cultural e artística podem contribuir para a inclusão de pessoas que vivem praticamente à margem da sociedade?

           Para personalidades e profissionais ouvidos pela reportagem, a arte e a cultura podem sim ser usadas como instrumentos de inclusão e mudança social. Alguns cuidados, entretanto, devem ser observados, como, por exemplo, identificar as manifestações culturais e constituir um diálogo entre o Poder Público e a sociedade, tendo como objetivo o fomento dessas manifestações.

            Ex-funcionário público municipal e ex-secretário de Cultura de Itapetininga, Marcos Vinícius de Moraes Terra, mais conhecido como Marquinho Terra, avalia que, de modo geral, “a arte e a cultura podem ser instrumentos de inclusão social, mas temos que tomar certo cuidado com esses conceitos, principalmente identificando que existe diferença entre cultura e a arte, por mais que, em uma visão genérica, as duas palavras sejam complementos uma da outra. Assim, é necessário sempre entender que não necessariamente toda arte e até mesmo todas as ideias de cultura podem servir como instrumentos de inclusão social”.

            Para ele, que atualmente se divide entre trabalhos na Capital e Itapetininga, o primeiro passo é identificar iniciativas inclusivas. “Sempre identifiquei dezenas de ações de arte e cultura que serviam como instrumentos de inclusão social, uma forma comum é a própria atuação das entidades sociais, que quase sempre têm em suas ações projetos que valorizam o desenvolvimento humano, com ações ligadas às artes como: aulas de musica, dança, capoeira, cultura do hip-hop e outras tantas, felizmente comuns no ambiente das entidades sociais”.

            Sobre as dificuldades em levar cultura e arte às camadas menos favorecidas da sociedade, Marquinho Terra afirma que “primeiro é necessário reconhecer que nessas camadas existem cultura e arte, um exemplo bem comum e que inúmeras vezes eu presenciei foram grupos musicais, de artes cênicas, e de outras modalidades artísticas falando que a cidade (Itapetininga) não tem arte, aí eu sempre me questionei: se não tem arte o que eles estão fazendo então? Com esse questionamento é bom entender uma coisa: a cultura, apesar de apagada e adormecida, sempre está presente na comunidade, o que talvez não tenha (e que deveria ser o questionamento correto) é a fruição (apreço, aproveitamento da ate) e o fomento artístico nesses setores, e isso é um problema do Poder Público, ele tem que observar, entender e discutir com a comunidade como é a melhor forma de suprir essas necessidades de apoio à criação e produção e também como criar oportunidades para que todos tenham um bom acesso à criação artística e possam apreciá-la”.

Marcos Terra conta que tem viajado muito nos últimos meses, dividindo-se entre trabalhos em Itapetininga e São Paulo, entre eles a ópera Ça Ira (foto), do compositor Roger Waters, nada mais, nada menos do que o fundador da banda Pink Floyd. “Foi uma grande escola de como se faz uma produção de nível internacional, trabalhando com uma equipe extraordinária, sem dúvida essa oportunidade (que apareceu de forma muito incomum), me rendeu um historia incrível: conhecer e trabalhar com um mito como é o Roger Waters, mas confesso que o melhor de tudo foi compartilhar experiência com as produtoras que eu trabalhei diretamente nesse período. Esse trabalho me rendeu outro convite muito inusitado: a de trabalhar como produtor executivo em cenografia com dois grandes cenógrafos brasileiros, a cenografia era um campo da produção cultural que eu realmente desconhecia e ainda conheço muito pouco, mas foi outra grande experiência. entre os projetos que participei nesse período, está o Musical “A Madrinha Embriagada” do SESI SP, realizei também pesquisa e elaboração orçamentaria de outras duas Óperas”, conta Marquinho Terra.

 
Região
O Cururu é uma manifestação
cultural típica da Região

            Ao contrário do que pensa muita gente, Marcos Terra avalia que a nossa Região é rica culturalmente. “É um campo fértil para a produção cultural. Apenas necessitamos entender melhor a nossa dinâmica regional e fomentá-la de forma concreta. Infelizmente a nossa Região se destaca na produção cultural com diversas cidades que investem todo o dinheiro da cultura em shows de aniversario de cidade e rodeios, eu sou totalmente contra quando isso ocorre em detrimento a outras politicas públicas na área da cultura, é nefasto observar prefeituras pagando por um show de duas horas valores que poderiam fomentar dezenas de projetos”.
            Terra afirma sempre pensar a cultura em termos regionais. “Não consigo não pensar regionalmente; exemplo disso é que, nesses últimos meses, meu envolvimento com a Ópera e também com os musicais, fez com que eu imaginasse como seria incrível pode levar para a minha região um espetáculo tão grandioso como esse, quem sabe qualquer momento conseguimos realizar mais esse sonho. Sempre penso regionalmente, prova é que todos os eventos que de alguma maneira eu participei, acabava dando ares de regional, foi assim na primeira conferencia intermunicipal de cultura que reuniu 11 cidades e em outros tantos como o 1° Seminário Regional do Sudoeste Paulista em Economia Criativa e Turismo que aconteceu em novembro do ano passado”.
 
Participação da sociedade

             Coordenadora do Museu Paulo Setúbal (foto), em Tatuí, e representante do SISEM (Sistema Estadual de Museus), na Região, a artista plástica Raquel Fayad entende que “o apoio do Poder Público nas ações culturais é fator decisivo para um desenvolvimento pleno na área cultural. Estamos num momento especial na área da cultura na nossa cidade. Temos o apoio do Poder Público, que a cada dia acredita mais na força deste setor e que nos fortalece ao apoiar as nossas ações. Faço parte do conselho de cultura de Tatuí e estamos num momento especial porque temos reunidos no Conselho, pessoas que visam o desenvolvimento cultural e artístico da cidade. Esta equipe deseja e acredita num futuro melhor e tem qualificações para participar ativamente da construção de uma lei, de um plano e de um fundo municipal de cultura”.

Para ela, que também é diretora do ponto de cultura AMART, o que “mais deveria ser pontuado, é a questão da participação da sociedade como fator de mudança neste processo de desenvolvimento cultural. Este é um trabalho de todos: Poder público e sociedade. Não basta cobrar, tem que participar”. A artista é enfática ao afirmar que arte e cultura “podem e devem ser instrumentos de inclusão social”.

Raquel Fayad cita inúmeras ações culturais que visam a inclusão social no município de Tatuí: “existem vários projetos sociais na cidade, que trabalham a inclusão social. COSC, Lar Donato Flores, Fundo Social de Solidariedade, Maçonaria, AMART, Rotary e Lions, Clube da 3ª idade, Apodet, APAE. Nestes locais, sempre são oferecidos cursos de artesanato, de música, de pintura, de dança, entre outros. Cursos que visam aumentar a autoestima, o desenvolvimento de uma habilidade, a troca e o convívio. Uma pessoa que se expressa artisticamente participa de modo mais efetivo no seu contexto sociocultural, contribuindo de forma produtiva e transformando o seu desenvolvimento em um constante processo de aprendizagem e de reconstrução de suas formas de expressão”.

Raquel ressalta ainda: “não acredito que o difícil seja levar cultura (às camadas mais necessitadas). O difícil é atrair o interesse das camadas, não só as mais carentes, mas da sociedade em geral. Vivemos em um mundo tão virtual e rápido que fica difícil parar para realizar algo com as mãos, ouvir, ou mesmo para se sociabilizar fisicamente. A troca não oferece conforto. Você precisa estar disposto a sair de casa para produzir, se doar, seja trocando ou se expressando. E o mundo se acostumou em tem que ter um atrativo forte que o leve, nem sempre este atrativo sendo cultural. A cultura é a forma de vida e expressão do ser humano e nós sempre estaremos nos transformando, mas mantendo as nossas raízes, concepções e formações. Vejo que estamos em plena transformação. Num momento único, mas conscientes deste caminhar, deste fazer”, finaliza a artista, comentando sobre o segmento cultural em Tatuí. Veja matéria completa na revista Hadar deste mês: www.revistahadar.com.br
 
Texto: Marco Antônio
Fotos: Facebook; Jornal Integração (Museu Paulo Setúbal). Marconews

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Veterinária fala sobre sua profissão

Ser veterinário é muito mais do que ser médico de bichinho

Maialú Canal com crianças do Ceprevi
e a cadela Flecha, fêmea de Border Collie
Aos 25 anos, a médica veterinária Maialú Bertelli Canal, possui experiência e intimidade com a profissão que abraçou. Filha do também médico veterinário Ivo Canal, Maia, como é conhecida, desde pequena acompanhou e ajudou o pai nos afazeres de sua clínica, a Polivet-Itapetininga, embrião do GPI - Grupo Polivet-Itapetininga - hoje referência em saúde animal em toda a Região.
Formada em 2011 pela Universidade de São Paulo (USP), ela atualmente trabalha como médica veterinária-adjunta no GPI. Neste dia nove de Setembro, Dia do Médico Veterinário,  Maialú Canal falou ao Marconews sobre a profissão e como as famílias se relacionam atualmente com seus animais de estimação.
"Acredito que a medicina veterinária é uma profissão em ascensão. O médico veterinário é responsável por vários setores, desde a alimentação, com a parte de sanidade e inspeção de alimentos, saúde, com a questão de vigilância sanitária, até a saúde mental, cuidando dos animais de estimação, amigos e companheiros", afirma Maialú. Para ela, "ser veterinário é muito mais do que ser “médico de bichinho”, é ter em suas mãos não apenas uma vida, mas a responsabilidade da alegria de uma família. Um animal de companhia saudável tráz amor, carinho, e, muitas vezes, alento a famílias inteiras. E é responsabilidade do médico veterinário garantir essa saúde. Ser médico veterinário é saber reconhecer dores e angustias apesar de não haver palavras. É uma profissão que exige muita dedicação, amor e sensibilidade".
A veterinária ressalta que a relação das pessoas com os animais de estimação mudou muito nos últimos anos. " No tempo de meus avós, e até de meus pais, os animais de companhia eram bichinhos com pulga que viviam no quintal e comiam as sobras da refeição. Hoje, nossos bichinhos, sejam eles cães, gatos, coelhos, aves... Vivem dentro de nossas casas e de nossos corações. São animais que dormem conosco, celebram nossas alegrias, e secam nossas lágrimas. São parte de nossa família e, por isso, sim, trazem também mais preocupação. Esses companheiros estarão ao nosso lado por mais de vinte anos, e nesse período exigirão carinho e atenção, dedicação e saúde".
 
Bicho precisa ser saudável
Como se pode notar, ela não atende
apenas pequenos animais. Alguém se arisca?
A veterinária é taxativa ao afirmar que "hoje não se aceita mais que os animais tenham pulgas e vermes, que estejam doentes. Atualmente se reconhece que os animais também precisam ser saudáveis. Por esse motivo no Grupo POLIVET-Itapetininga dispomos de planos de saúde para animaizinhos, evitando que nossos amigos fiquem doentes.Quando as pessoas me perguntam se há perigo do bichinho transmitir alguma doença aos seus filhos, eu costumo dizer que animal saudável, sem doença, não pode transmitir doenças. Um companheirinho bem cuidado poderá transmitir apenas amor e carinho".
 
Maialú Canal lembra que os cuidados vão além de colocar ração e água para os bichos. "Assim como os humanos, os animais precisam passar por exames periódicos. O ideal não é levar o bicho para o médico veterinário quando estiver doente, e sim levá-los para cuidados periódicos, evitando que fique doente. Esta é a ideia de nossos planos de saúde".
 
Caso Marcante
A veterinária conta um caso que a marcou de forma especial: "apesar de pouco tempo de formada, acompanho a clínica desde muito nova, e muitos são os casos que deixam suas marcas, especialmente aqueles cachorrinhos velhinhos, que passam períodos longos, muitas vezes passando mais de um mês internados. Esses animais vão embora para casa, alegrando seus donos, mas deixando saudades. Em especial, acho que posso destacar o caso da Fadinha. Uma poodle de quatro quilos, pequenininha e cardiopata. Tratamos seu problema de coração por mais de dois anos, especialmente com acupuntura e medicina chinesa. Destaco este caso, não pelo caso clínico em si. Mas pelo carinho e dedicação que sua “mãe” teve em trazê-la todas as semanas para as sessões de acupuntura, pelo empenho e amor a ela oferecidos".
 
 

sábado, 7 de setembro de 2013

Brasil: Independência ou morte!


Somos mesmo independentes?

            Há muitas razões para se amar o Brasil: a beleza de suas paisagens, a riqueza de suas terras férteis, o calor de seu povo. Mas também há muitos motivos para se repensar este país: sua imensa desigualdade social, concentração de riqueza na mão de poucos, as mazelas e desmandos de sua classe política. Mas não devemos odiar o nosso país! Devemos sim, olhar de frente para nossos problemas, nossas limitações e nossos erros e acertos. Somente assim poderemos buscar soluções, ainda que á longo prazo, para os problemas que afligem a grande maioria do povo brasileiro. Maioria esta, aliás, composta por gente humilde, honesta, trabalhadora e respeitosa. Gente que deseja apenas viver com dignidade.
            Neste dia 7 de setembro, aproveitemos o momento patriótico para refletir sobre o nosso papel na construção de uma sociedade melhor. Sim, todos nós temos o nosso papel neste grande teatro chamado vida. E não adianta relutar, pois cada um oferece sua contribuição, seja ela boa ou má.
            O Brasil – e talvez o mundo – carece atualmente de grandes líderes, de estadistas que vejam todo o espectro de um imenso arco-íris chamado futuro. O mundo vive hoje de superficialidade. Os 15 minutos de fama que todo mundo teria um dia, segundo o artista Andy Warhol, já devem ser considerados como um tempo absurdamente longo para algumas pessoas acostumadas com a internet ultra-rápida.
            Mas um país não pode ser construído dessa forma. Ele deve ser construído a cada dia, por cada indivíduo, por cada geração. Cidadania não é apenas uma palavra, mas sim uma forma de vida; um direito de todos.
            Mais conhecido pelo grito de “Independência ou morte” dado ás margens do rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822, e por suas aventuras amorosas, Dom Pedro I não era um governante intempestivo, como podem pensar alguns, muito menos um desequilibrado que, à primeira admoestação do pai (no caso, a Coroa portuguesa), sai berrando independência aos quatro cantos. Alguns historiadores sustentam que ele era um homem de visão modernizadora, que queria desenvolver o Brasil e fez o que pôde, enquanto pôde. Mas, mesmo ele enfrentou desafios.
            Há 191 anos o Brasil deu um basta ao domínio português, que durante 300 anos sugou nossas riquezas. O grito foi dado. Mas somos verdadeiramente independentes? Como podemos ser independentes quando há irmãos nossos massacrados por um sistema político, econômico e social que transforma quem tem muito em semideuses e referência de vida e quem não tem nada em pária, a escória da humanidade? Por acaso não nascemos todos iguais? Não nascemos todos nus e sujos?
O Brasil não será verdadeiramente independente
enquanto houver crianças vivendo do lixo
            Como podemos ser independentes quando há semelhantes nossos dormindo ao relento nas noites geladas, quando há crianças como fome ou sendo exploradas, agredidas e destruídas?
            Sim, eu sei que o mundo não é perfeito. Mas ele pode ser melhorado! Cabe a nós, aos nossos filhos. Enfim, todos devem fazer a sua parte. E fazer a sua parte vai muito além de protestar ou fazer atos de vandalismo. Contribuir para uma vida melhor significa viver com dignidade, encarando o próximo não como inimigo ou concorrente, mas como um ser humano que merece respeito, que merece uma vida plena.
            A independência deve ser construída e conquistada a cada dia, com o suor, o trabalho e as lágrimas e os sonhos de um povo. Um dia, concretizaremos o desejo de um país realmente independente.
 
Marco Antônio Vieira de Moraes
Jornalista
Colaboração: Cleo Silva e Dirce Maria

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Exposição mostra a realidade dos refugiados pelo mundo

Evento é realizado pela organização Médicos Sem Fronteiras
 
 
Mostrar a realidade e o universo dos campos de refugiados pelo mundo. Esta é a proposta da exposição Campo de Refugiados no Coração da Cidade, que acontece entre os dias 6 e 15 de setembro das 10 às 17 horas, na Arena de Eventos do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Segundo a MSF, existem atualmente mais de 15,4 milhões de refugiados no mundo, além de 28,8 milhões de pessoas que, embora não tenham deixado seus países, deixaram tudo para trás e vivem se deslocando de um lugar para o outro, em busca de segurança. Para mais informações, Acesse www.msf.org.br/campoderefugiados.
 
Itapetininga
           
Mônica Guarnieri com crianças da Guiné
A médica itapetiningana Mônica Guarnieri atua junto à MSF e já trabalhou em várias partes do mundo, principalmente na África, em países como a Guiné Bissau, um dos países mais pobres do mundo. Atualmente trabalha na sede da organização, em Bruxelas, na Bélgica.
Fotos: Divulgação/Facebook

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Movimento prepara manifestação para 7 de Setembro

Assembleia do Movimento, realizada em junho
O Movimento Acorda Itapê, que realizou em junho manifestações na cidade, criticando a situação da saúde e do funcionalismo público municipal, prepara um novo ato para o dia 7 de Setembro (sábado) A partir das 14 horas, em frente ao Fórum Velho, na avenida Peixoto Gomide.
Na pauta das reivindicações, assuntos como a melhoria da qualidade de vida da população, o fim das desigualdades e por um mundo mais justo.
O movimento também luta para que a corrupção seja considerada crime hediondo e que 10% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro seja aplicado na Educação, bem como transporte público gratuito e de qualidade.
O Acorda Itapê usa o incrível poder das redes sociais para mobilizar seus integrantes e conquistar simpatizantes, além da repercussão de suas ações. O grupo é heterogêneo e pretende abrir um diálogo com a administração municipal "no momento certo", segundo um de seus integrantes.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Passeata pede paz e fim da imprudência no trânsito


Cerca de 400 pessoas participaram da manifestação

Pessoas fazem fila para assinar documento
que será encaminhado ao MP
            Cerca de 400 pessoas participaram de uma caminhada pelas ruas do centro da cidade, na tarde de sábado, 31. A manifestação pediu paz e o fim da imprudência no trânsito. Organizada pela família do garoto Matheus Mariotto, morto em acidente de trânsito no dia 15 de agosto, a passeata, pacífica e com o apoio da Polícia Militar, partiu das praça do Fórum Velho (avenida Peixoto Gomide) e seguiu até o local do acidente, no cruzamento das ruas Lopes de Oliveira com Monsenhor Soares. Flores, faixas e cartazes foram colocados no cruzamento em homenagem ao menino. Houve também orações e discursos emocionados.
            O acidente e a morte de Matheus repercutiram – e continuam repercutindo – nas redes sociais, mobilizando as pessoas contra a violência e imprudência no trânsito. Após a passeata, os participantes fizeram fila para participar de um abaixo-assinado que será encaminhado ao Ministério Público, pedindo providência no caso.
 
Câmara
            Em sua página no Facebook, o empresário Jefferson Mariotto, irmão de Matheus, postou na manhã de hoje um convite para que todos que participaram da passeata estejam logo mais, às 19 horas, na praça Marechal Deodoro (Largo dos Amores) de onde sairão para uma manifestação na Câmara dos Vereadores, que realiza sessão nesta noite. “Hoje é dia de gritar por nossos direitos, por uma Itapetininga melhor. Vem pra rua Itapetininga”, afirma o empresário. Ele dirigia o carro da família no dia do acidente e sofreu ferimentos leves.
Durante a passeata de sábado, os manifestantes usavam camisetas com a foto estampada do adolescente, e seguravam cartazes com palavras de apoio à família da vítima, e com pedidos de consciência e sensibilização dos motoristas.
 
O acidente
Homenagens a Matheus
Matheus Mariotto estava em um carro junto com o irmão e o pai dele, quando o veículo foi atingido por outro automóvel. A colisão aconteceu no cruzamento das ruas Lopes de Oliveira com Monsenhor Soares.
Segundo a Polícia Militar, o acidente foi causado pelo segundo carro que passou pelo sinal vermelho. Ainda segundo a PM, a motorista do veículo, uma mulher de 51 anos, apresentava sinais de embriaguez. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, foi levada à delegacia e em seguida liberada. A Polícia Civil investiga o caso, e aguarda o laudo da perícia técnica. Após a colisão o garoto ficou gravemente ferido e foi encaminhado para o Hospital Regional. Ele foi medicado, mas morreu 11h depois na UTI. O pai e o irmão do garoto tiveram ferimentos leves.