Atividade é
prazerosa e bem desenvolvida no país
Se você é uma pessoa que ama os animais, principalmente os
pássaros, e deseja iniciar uma criação, o primeiro passo é adquirir indivíduos
saudáveis, de criadores devidamente registrados na Federação Ornitológica
Brasileira (FOB). A dica é do criador Marcos Tadeu de Oliveira Santos, da
cidade de Capão Bonito. Proprietário do criadouro Marcos Santos, registrado na
FOB desde 1996, sócio fundador do clube UCCI (União dos Criadores de Canários
de Itapetininga) desde 2006 com anel NA 016, atualmente exercendo o cargo de
secretário. Neste domingo, dia 8, a UCCI promove concurso na quadra coberta do
Clube dos Bancários de Itapetininga, com a participação de criadores de toda a
Região.
Outras dicas importantes do criador são: colocar as aves em
espaços suficientes para sua movimentação, oferecendo alimentos como: mistura
de sementes, verduras, farinhada, água limpa, eventualmente banho de sol, uma
vasilha com água para banho e um local escuro sem movimentação de pessoas à
noite para descanso.
Marcos Tadeu lembra que “como em qualquer tipo de criação alguns
elementos são mais sensíveis que outros. Tanto o frio como o calor não
interfere na vida devidamente cuidada, o canário é muito sensível a corrente de
ventos que comumente gera problemas respiratórios como asma, bronquite,
rouquidão, ocasionando perda de canto e até morte”. Portanto, muito cuidado na
escolha do local onde colocar a gaiola, evitando as correntes de ar.
Criatório com instalações adequadas |
Sobre o lado comercial da criação, ele afirma que a atividade “tem
sim o interesse comercial, como qualquer outra, mas hoje a maioria são
criadores amadores que a praticam como hobby, lembrando-se sempre no equilíbrio
de despesas para que não onere o orçamento familiar”. Segundo Marcos Tadeu. “a
legislação brasileira considera o canário de cor, de porte ou de canto (belga,
roller) como animal doméstico como um cão, gato, assim podemos criá-los sem
necessidade de autorização do Ibama ou outro órgão”.
História
Segundo Marcos Tadeu, “O canário selvagem, precursor de toda
a gama de variedades conhecidas hoje em dia, é um pássaro verde e pequeno. Seu canto
é bonito, porém estridente. Ainda hoje é encontrado nas Ilhas Canárias e
Madeira, a oeste da costa africana. Levado para a Europa por vários navios mercantes,
o canário primitivo logo foi posto em cativeiro pelo homem”, conta o criador.
Ele afirma também que, quando o
pássaro começou a ser vendido em gaiolas, “adquiriu grande valor como pássaro
cantor. Conta a lenda que em tempos de guerra, os carvoeiros se refugiavam em
cavernas muito escuras, levando consigo animais. Favorecidos pelo ambiente
pouco iluminado, aprendendo a cantar baixo, afinando o tom e dando origem ao
chamado “Roller”, canário de canto clássico, de excelente afinação. Da primeira
mutação surgiu o canário amarelo, entre 1677 e 1718, provavelmente em função da
mudança do seu habitat natural para o regime de cativeiro em que vivia na
Europa”, observa Marcos Tadeu.
Segundo ele, através de cruzamentos
foram surgindo outras cores como “o canela, branco etc. Mais tarde os
holandeses provocaram a hibridação com o pintassilgo da Venezuela, aparecendo
então os canários vermelhos. A partir do sucesso das experiências realizadas
com as cores, o homem começou a investir nas variações de porte, onde os
ingleses levam os maiores méritos. Border, Norwich, Lizard, Frizado, Gloster
são alguns tipos enquadrados neste segmento”.
“Hoje a canaricultura respeita três classificações
distintas: canto, porte e cor, de maneira que cada criador tenta melhorar o seu
plantel de acordo com as exigências de cada linha. É comum criar aves de porte
e cor num mesmo compartimento, mas os de canto devem ser mantidos em separados.
Eles aprendem a cantar ouvindo os mais velhos, e se estiverem na presença de
pássaros menos afinados serão bastante prejudicados”, diz Marcos Tadeu. Finalizando, o criador ressalta “a criação de canários é
dinâmica, prazerosa, sendo que a canaricultura brasileira é muito respeitada
mundialmente”.
Fotos: Divulgação
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