Ação seria uma retaliação contra a
morte de suposto integrante
Ônibus queimado na tarde desta teça, em São Paulo |
A morte de um suposto integrante da
facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas, ocorrida na
noite do último domingo, seria o estopim para uma nova onde de ataques contra
ônibus e policiais, segundo boatos que circularam hoje por bairros da Zona
Norte da Capital paulista e através de mensagens de áudio enviadas pelo
aplicativo Whatsapp.
Embora a autenticidade das mensagens
não tenha sido confirmada pelas autoridades, o Marconews recebeu quatro desses áudios. Em um deles, um homem que
se identifica como irmão do rapaz assassinado “convoca” outros integrantes da
facção para os ataques. "Quero dizer aí pra todo o pessoal que faz parte
da facção que hoje (...) vai reunir todo mundo aí e a gente vai fazer uma
'alvoraça', hein? Só lembrando que o pessoal que mora aí na redondeza, pra
guardar carro, o que for. A gente vai sair tacando fogo em tudo".
Ainda conforme a mensagem, o encontro
seria no cruzamento da Avenida Ede com Avenida Conceição na noite desta terça.
Até o fechamento desta matéria, entretanto, não havia a confirmação se houve
algum ataque.
Em outra mensagem, um homem que
parece ser policial avisa que os bandidos tentariam assassinar um policial
militar que mora em um conjunto habitacional na Zona Leste. “Fica ligeiro aí”,
avisa o homem.
Morte em pizzaria
Segundo
o G1, portal de notícias da Globo, todos os arquivos de áudio citam a morte de
Jeorge Vieira Ponciano, conhecido como JJ, no domingo. Ele é
identificado como o homem de 39 anos que morreu após ser baleado em uma
pizzaria, no Jardim Brasil, Zona Norte de São Paulo. Ele estava no
estabelecimento, na esquina da Rua Tosca com a Avenida Roland Garros, quando
dois homens passaram em duas motos atirando, de acordo com a polícia.
Ordem
A ordem para atacar policiais teria
partido do chefe do tráfico no Jardim Ângela, segundo uma outra mensagem de
texto que também circulou nesta terça-feira e à qual o blog também teve acesso.
De acordo com a mensagem, a missão – matar três policiais até sexta-feira –
teria sido dada a dois novos integrantes da organização criminosa. Também não
há como confirmar a veracidade dessa mensagem.
Toque de recolher
Ainda conforme o G1, o comércio
fechou mais cedo em bairros da Zona Norte da cidade de São Paulo na tarde desta
terça-feira após boatos de toque de recolher circularem entre lojistas e também
por grupos de Whatsapp. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP)
diz que não tem detalhes, mas que apura os boatos de que criminosos decretaram
toque de recolher. Pelo Twitter, a PM diz que o policiamento está reforçado na
região "a pedido de usuários, garantindo sensação segurança e silenciando
boatos".
Os
comerciantes de bairros como Jardim Brasil, Parque Edu Chaves, Vila Ede, Vila
Medeiros, Vila Sabrina e Vila Guilherme fecharam as portas a partir das 15h.
A cerca de 10
km de distância do ponto onde o comércio encerrou as atividades mais cedo, um
ônibus foi incendiado na Avenida Zaki Narchi, 125, no Carandiru. A Polícia diz
que ninguém ficou ferido e apura os motivos do ataque.
Por
conta dos boatos, o comércio e até instituições e serviços fecharam mais cedo
nos bairros citados nas mensagens. Pessoas passavam apressadas pelas ruas e
policiais de armas em punho abordavam suspeitos. Até escolas liberaram os pais
para pegar os filhos mais cedo, se desejassem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário