Recursos atendem
mais de 100 famílias de baixa renda
Iniciativa lançada pela Secretaria
de Recursos Hídricos e Saneamento em 2011, o Programa Água é Vida tem por
objetivo levar água e esgoto para comunidades carentes e de difícil acesso,
localizadas na área rural dos municípios paulistas.
“O foco do programa é a zona rural”,
contou o deputado e ex-secretário Edson Giriboni, que estava à frente da
secretaria quando do lançamento do programa.
Segundo ele, há 26 anos a situação
de diversos bairros da Região, e do vale do Ribeira é a mesma: as comunidades
sofrem com a falta de saneamento (esgoto). O
município de Alambari assinou o convênio em 2012 e depois foi feito um aditivo
em meados de 2013, atendendo famílias de quatro bairros: Perobal – 16 unidades;
Riberãozinho – 29 unidades (programa sendo concluído); Vila Maciel (31
unidades, a inauguração das obras no bairro aconteceu em setembro de 2014,
segundo a Prefeitura) e Sitinho (41 unidades instaladas). No total 117 famílias
(quase 470 pessoas) serão beneficiadas pelo convênio, que tem recursos da ordem
de R$ 654 mil.
Segundo o site da Prefeitura de
Alambari, no bairro Sitinho o sistema compreende um poço profundo, cerca de 3
mil metros de redes, casa de química e um reservatório de 35 mil litros.
Ainda
conforme a prefeitura local, na Vila Maciel também haverá um poço profundo,
cerca de 1.400 metros de redes, casa de química e um reservatório de 15 mil
litros. Com as duas obras concluídas serão beneficiados cerca de 300 moradores,
somente nestas duas comunidades, conforme informou a administração municipal.
“O
Programa beneficia o Meio Ambiente e a Saúde Pública, reduzindo a poluição e
esgoto a céu aberto e a transmissão de doenças”, observou Giriboni.
O que é o programa
Criado em novembro de 2011 pelo
Governo do Estado, o Água é Vida tem o nome oficial de Programa Estadual de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário para Pequenas Comunidades
Isoladas. Na primeira etapa, o programa tinha como foco 81 comunidades de 30
municípios das regiões do Alto Paranapanema e do Vale do Ribeira.
Os recursos são repassados às
Prefeituras pelo Estado, conforme anunciado pelo governador Geraldo Alckmin no
lançamento do programa. "A Sabesp vai levar, por sua conta, água tratada,
de qualidade, para essas comunidades rurais. E nós vamos, através de recursos
do Tesouro, passando para as prefeituras coletar os esgotos", declarou
Alckmin.
Região
Na
região do Alto Paranapanema, os municípios contemplados são: Angatuba, Barão de
Antonina, Campina de Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Guareí,
Itaberá, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Nova Campina, Pilar do Sul,
Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, São Miguel Arcanjo, Sarapuí,
Taquarituba.
“Desde
quando fui vice-prefeito de Itapetininga, em 1989, as comunidades rurais mais
distantes sofrem com a falta de saneamento”, explicou o deputado. A ideia do
programa é instalar unidades sanitárias individuais nas propriedades,
beneficiando as famílias. O lodo resultado do processo de tratamento do esgoto
é recolhido pela Sabesp, a quem cabe também o levantamento dos bairros onde não
há saneamento e a viabilidade de ser implantado o programa na comunidade. Após
ser recolhido, o lodo é transportado à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Como
o custo de implantação de uma estação na zona rural é alto, o programa visa
levar uma alternativa para tratamento de esgoto nas comunidades mais distantes.
Em Itapetininga, por falta de licitação, os
recursos do convênio, firmado entre o governo estadual e a atual administração
municipal em julho de 2014, correm o risco de serem devolvidos ao Estado.
Segundo o deputado Edson Giriboni, mais de 500 famílias (cerca de duas mil
pessoas) poderiam ser beneficidas em nove bairros da área rural. A Prefeitura
não comenta os motivos de não ter realizado a licitação até o momento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário