Mais de cinco mil
crianças aguardam na fila de adoção
Adotar é um ato de amor |
Existe
uma frase que diz: adotar um filho é
fazer a opção consciente de que desejamos criar aquela vida. Essa decisão
faz toda a diferença, segundo alguns. Diferença na vida de quem decidi adotar
e, claro, na vida de uma criança que anseia por uma família. Neste mês de maio, no dia 25, é comemorado o
Dia Nacional da Adoção. Um ato de amor consciente de muitas famílias e que vem
crescendo no Brasil, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Este
caminho passa pela mudança de comportamento por parte de quem deseja adotar um
filho. Enquanto a imensa maioria das crianças que esperam por um lar têm mais
de cinco anos, na outra ponta da fila, somente 11% das pessoas que desejam
adotar aceitam filhos adotivos nessa faixa etária, segundo dados do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) referentes a junho do ano passado. Mas graças ao
trabalho de autoridades e instituições do setor, a situação começa a mudar.
Números
Segundo dados
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em todo Brasil há 5.624 crianças aptas a
serem adotadas. Para cada uma delas há seis adotantes (casais ou pessoas
sozinhas) que poderiam ser seus pais (33.633), mas não são. E o motivo é
que a maioria dos pais deseja adotar recém-nascidos de pele branca. Um
comportamento que instituições e movimentos querem mudar.
Conforme o
levantamento do CNJ apenas 6% das crianças aptas a serem adotadas têm menos de
um ano de idade, enquanto 87,42% têm mais de cinco anos, faixa etária aceita
por apenas 11% dos pretendentes. A questão racial também pesa: 67,8% das
crianças não são brancas, mas 26,33% dos futuros pais adotivos só
aceitam crianças brancas.
A preferência
por crianças menores se explica, em parte, pelo desejo de o pai adotivo ter uma
experiência considerada completa com a criança. O perfil das crianças na fila
da adoção pode ser explicado por sua origem. A maior parte delas vem de setores
vulneráveis da sociedade. Segundo especialistas, os principais motivos que
levam famílias a perderem seus menores são a negligência, o abandono e a
violência física e sexual.
Grupos
Para
ajudar e orientar os pais que desejam adotar, surgiram os grupos de apoio à
adoção. Seu objetivo é trocar informações e experiências entre seus integrantes
e servir como um elo de ligação entre todos os segmentos envolvidos no processo
de adoção.
A ação desses grupos, bem como a experiência de quem já
adotou um filho, você lê na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br).
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