segunda-feira, 23 de abril de 2018

O Brasil que queremos (e precisamos)

Brasileiros revelam seus desejos em campanha



          Nos últimos dias, temos assistido vários vídeos de brasileiros nos quais pessoas de todas as regiões do país revelam seus desejos, reivindicações e até problemas enfrentados por suas comunidades.
          O projeto Brasil que eu quero é uma iniciativa da TV Globo e visa, neste ano de eleição, expor o que os brasileiros desejam para o futuro da nação. Uma iniciativa sem dúvida louvável, ainda que a emissora seja frequentemente criticada por alguns setores da sociedade.
          Os vídeos já exibidos mostram que os brasileiros estão cada vez mais conscientes da realidade do país e dispostos a realizar mudanças. Saúde, Educação, Segurança e honestidade dos homens públicos são os pontos comuns entre tantas reivindicações. O combate à corrupção e o bom uso do dinheiro público, sem desperdício, também estão entre os pedidos, assim como melhor distribuição de renda, mais empregos e oportunidades iguais para todos e a proteção ambiental.
          O problema é que a classe política parece desconectada da realidade brasileira. Quem se importa se não há saneamento básico, mas a conta no exterior está recheada de dinheiro? Recursos esses, aliás, na maioria das vezes desviados de obras públicas, como saneamento básico.
          Talvez por estarem confortavelmente instaladas no Planalto Central, praticamente isoladas da plebe, nossas lideranças se sintam como os antigos senhores feudais, que se refestelavam em seus castelos, cercados de abundância; fartura obtida através da exploração dos camponeses. Claro que os camponeses se revoltaram e deram um fim nesse sistema tão injusto.
          A história está repleta de exemplos de governantes que subestimaram a vontade do povo. Último monarca absoluto da França, Luís XVI, pagou caro por representar um regime que oprimia o povo. Foi executado na guilhotina após a Revolução Francesa de 1792.
          Claro que não é o caso do Brasil. Tudo o que queremos são lideranças e governos que respeitem o cidadão e tratem com um mínimo de respeito o dinheiro dos impostos, investindo onde realmente precisa.
          O Brasil que queremos (e precisamos) é um país onde haja paz, respeito e seriedade. Um país onde as leis sejam para todos. Um país onde o famoso jeitinho brasileiro seja sinônimo da nossa criatividade e não de malandragem e gambiarra.
          Certamente já está na hora do Brasil crescer, passar pela puberdade e amadurecer. Porque não adianta criticar os políticos, o sistema como um todo, se muitas vezes também agimos pensando somente nos nossos interesses. É como furar a fila da lotérica para pagar uma conta ou mesmo estacionar indevidamente em vaga de idoso ou deficiente. Resumindo: todos nós precisamos fazer a nossa parte.
          E fazer a nossa parte significa um comprometimento com questões como o combate à corrupção, em fiscalizar e cobrar o trabalho de vereadores, deputados e outras lideranças, em se preocupar com o bem da comunidade, do seu vizinho, dos animais. Chega de querer levar vantagem (a famosa Lei de Gérson) e está mais do que na hora do Brasil se tornar um país melhor. Só depende de nós. Por último, vale lembrar que essa Lei de Gerson (de levar vantagem em tudo) é uma injustiça com o famoso jogador. A fase é de um comercial de cigarros dos anos 70, onde Gérson aparecia dizendo que quem fumasse determinada marca de cigarro estaria levando vantagem, pois o cigarro em questão era mais longo do que os de outras marcas e que por isto proporcionava prazer por mais tempo. O comercial encerrava com Gérson afirmando: “leve vantagem você também”. Tirada de seu contexto, a frase virou sinônimo de maracutaia.

Texto: Marco Antonio Vieira de Moraes

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Pedestres e ciclistas podem ser multados por infrações de trânsito

Ficar no meio da rua e atravessar fora da faixa podem gerar multa



          O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou para março do ano que vem a entrada em vigor de resolução que define as regras de multas para pedestres e ciclistas que andarem fora das áreas permitidas. As multas podem chegar a mais de R$ 40 para pedestres e R$ 130 para ciclistas. As punições já estavam previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997, mas nunca foram praticadas porque não havia regulamentação de como seriam feitas.
          A Previsão era de começar no final de abril, mas o Contran adiou para março de 2019 para que os órgãos de trânsito possam se preparar melhor. A multa para o pedestre que ficar no meio da rua ou atravessar fora da faixa, da passarela ou passagem subterrânea será de R$ 44,19 - o equivalente a metade do valor da infração leve atual. A mesma autuação vale para quem utilizar as vias sem autorização para festas, práticas esportivas, desfiles ou atividades que prejudiquem o trânsito.


Bicicletas

          Quem já não foi surpreendido por uma bicicleta na contramão? Ou andando na calçada? Bem, a partir do ano que vem, infrações cometidas por ciclistas poderão resultar em multa de R$ 130,16. Entre as infrações estão: andar na calçada quando não há sinalização permitindo, andar de maneira agressiva, andar em vias de trânsito rápido, que não têm cruzamento, pedalar sem as mãos, andar na contramão na pista dos carros.
De acordo com a resolução, quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, o ciclista deve andar na lateral da pista, no mesmo sentido dos carros. Ainda segundo as novas normas, o auto de infração será elaborado com nome completo, documento de identificação (RG) CPF e endereço do infrator. Além disso, a bicicleta poderá ser removida.