País bate recordes em desmatamento e focos de incêndio
A cena é
dantesca, digna de um filme sobre o fim dos tempos. Paredões de chamas se
erguem do chão em várias partes do país, principalmente no Pantanal, na
Amazônia e em outras áreas onde a seca marca presença há meses.
Animais
morrendo carbonizados, outros tentando escapar, mas muito feridos, diversas
lavouras perdidas, devastação do meio ambiente e enormes colunas de cinza e fumaça
que viajam por milhares de quilômetros e atingem estados como Santa Catarina
(onde causou um fenômeno conhecido como Chuva Preta) e São Paulo. Até outros
países estão sendo atingidos pela fumaça gerada pelas queimadas no Pantanal, como Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Um desastre
ecológico de proporções bíblicas e que, certamente, irá afetar o Brasil em
diversos aspectos, que vão desde a questão ambiental propriamente dita até a
saúde das pessoas, inclusive de quem mora a milhares de quilômetros de lá, como
nós. A economia também pode (e certamente será) afetada por este verdadeiro
crime contra a natureza. Além da perda de muitas culturas (e até cabeças de
gado) investidores estrangeiros podem sair do Brasil graças à nossa atual
política ambiental, que parece não enxergar o óbvio e ter foco em buscar
(outros) culpados, ao invés de arregaçar as mangas e realmente fazer uma
política ambiental que faça o Brasil voltar a ser respeitado em todo o mundo.
Ou seja, praticamente todos os setores do país sentirão, mais cedo ou mais
tarde, os efeitos deste crime, que tem por trás um único culpado: o próprio
homem. Estudos indicam que o Pantanal (maior planície alagável do mundo), pode
levar até 50 anos para se recuperar das inúmeras queimadas que sofreu – e ainda
está sofrendo – em 2020.
Triste recorde
A área do
Pantanal apresentou em agosto e setembro sucessivas altas no número de focos de
incêndio, em comparação ao mesmo período de 2019 a informação é do portal G1,
com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).
Nenhum comentário:
Postar um comentário