O tomate está mais barato |
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, que mede os preços pagos ao produtor rural, caiu 0,32% na segunda quadrissemana de setembro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os índices de preços dos produtos de origem vegetal e dos produtos de origem animal recuaram, respectivamente, 0,30% e 0,38%.
Entre os produtos analisados, 11 apresentaram queda de preços (seis do setor vegetal e cinco do setor animal), enquanto nove produtos tiveram alta (oito de origem vegetal e um da área animal). As quedas mais expressivas ocorreram nos preços da carne suína (15,15%); da batata (14,38%); da laranja para indústria (11,11%); do tomate para mesa (6,53%) e do trigo (4,06%).
A continuidade das incertezas no mercado da carne suína resultou na maior oferta de animais para o abate e empurrou para baixo as cotações no período, dizem os pesquisadores do IEA. Estas incertezas derivam-se do endurecimento das regras sanitárias impostas pela Rússia, associado ao fato de que importadores haviam se adiantado, prevenindo-se assim para a entrada em vigor do embargo.
Já a batata entra uma fase de preços cadentes por conta da regularização da colheita. Similar comportamento tem o tomate, cujos preços estão em queda, observam os analistas do IEA. Por sua vez, a queda das cotações do suco de laranja no mercado internacional, numa realidade de câmbio sobrevalorizado, levou ao recuo expressivo dos preços pagos pela caixa de laranja para indústria, atingindo patamares críticos para os produtores.
O câmbio sobrevalorizado barateia significativamente as importações de trigo, que são crescentes, relatam os pesquisadores. Isto leva os produtores nacionais a mais uma vez enfrentarem, em desvantagem, os preços baixos e em queda no período crítico da venda da safra que vem sendo colhida. A situação, entretanto, pode mudar, já que o dólar teve alta significativa esta semana.
As altas mais relevantes foram verificadas nos preços da banana nanica (19,46%); do feijão (13,36%); do café (9,53%); do arroz (8,46%); do amendoim (7,53%) e da carne de frango (6,01%).
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