Pedalar
com os amigos com o objetivo de melhorar o condicionamento físico, emagrecer,
ou simplesmente passear e curtir a paisagem. Cada vez mais pessoas estão se
unindo em grupos de ciclistas para rodar pelas ruas da cidade e estradas da
Região.
Maneco, Cacaio e Elias: Ciclistas se reúnem para o passeio |
Além de melhorar a qualidade de vida
dos adeptos deste esporte, o ciclismo contribui para a Saúde do planeta, pois
reduz a emissão de gases poluentes. Para muitos esportistas, a tendência é
aumentar o número de pessoas que usam as bicicletas como meio de transporte, o
que significa uma melhora no tumultuado trânsito das cidades brasileiras. A falta de estrutura nas cidades e
desrespeito por parte de alguns motoristas, porém, são apontados como as
principais dificuldades enfrentadas pelos ciclistas.
“O condicionamento físico e a
qualidade de vida melhoraram 100%”, garante Elias Souza, que há seis anos
pratica o esporte. “É a sensação de liberdade na estrada; o vento batendo no
rosto e o desafio” conta o ciclista quarentão, ressaltando que o ciclismo é uma
paixão desde os tempos de criança.
O grupo de Elias pedala pelo menos
duas vezes por semana, mais frequentemente nos finais de semana. “A gente faz
um alongamento básico (antes de começar o passeio)”, conta Elias. Eles já
participaram em duas edições da prova conhecida como Audax, de longa distância
e resistência, nas cidades de Florianópolis (SC) e Boituva. “Participamos das
etapas de 200 e 300 km”, disse o ciclista.
Outro integrante do grupo, Manuel
(conhecido como Maneco) revela que os participantes já foram até cidades como
Cananéia e Iguape. O uso de equipamento de segurança, como capacete e roupas
refletivas, é obrigatório.
Perigo
Apesar de andarem pelas estradas da
Região (usando o acostamento) os ciclistas afirmam que o perigo maior está na
área urbana das cidades, pela falta de estrutura (ciclovia), mas principalmente
pela falta de respeito de alguns motoristas. “Não respeitam nem o ciclista e
nem o pedestre”, afirma Maneco.
“O ideal seria que uma ciclovia
acompanhasse os principais corredores de tráfego da cidade”, observa Elias.
Para ele, a tendência é de aumentar o uso de bicicletas nas cidades em todo o
mundo, “Mas para isso é preciso que o ciclista tenha a segurança de uma
ciclovia”.
Mulheres
Meninas da Equipe Dedo de Moça |
Fundada por três amigas em 2011, a
equipe Dedo de Moça Ciclismo conta atualmente com 50 integrantes, ou Pimentas, como elas se denominam. E o
número continua aumentando, inclusive com a chegada dos homens. O objetivo da
equipe é “a melhoria da qualidade de vida, através do ciclismo, promovendo a
união, aumentando as amizades e a participação de mulheres no ciclismo”,
segundo Lílian Ferreira, uma das fundadoras da equipe, ao lado de Adriana
Rodrigues e Bruna Milena.
Entre as atividades exercidas pelo grupo
estão: passeios ciclísticos pela cidade com visitação a vários pontos,(praças, comércio
que queiram participar dos passeios etc...) em sítios e chácaras da redondeza, em
finais de semana e passeios noturnos.
Apesar de participarem de competições e
eventos, as meninas têm seu foco voltado para o Cicloturismo e já realizaram
viagens longas, indo para cidades do litoral, como Santos e Cananéia. Para
divulgar suas atividades, a equipe usa as redes sociais, como o Facebook,
Twittere Instagram.
Começo
A semente do que viria a ser a equipe foi
plantada lá atrás, no ano de 1992, quando Lílian e Adriana estudaram juntas. O
tempo passou e cada uma seguiu seu caminho até que, em 2009, Adriana conheceu
Bruna, que comçou a andar de bike
para emagrecer; enquanto isso, Lílian procurava companhia feminina para seus
passeios. Não demorou para o trio se encontrar em uma rede social. Assim, em
março do ano passado as três Pimentas
realizaram o primeiro passeio juntas, dando a pedalada inicial na equipe, que
já conta até com patrocínio de algumas empresas da cidade.
Texto: Marco Antonio
Fotos: Marco Antonio e Equipe Dedo de Moça
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