terça-feira, 28 de maio de 2013

Agronegócio mostra sua força

Plantação de soja em Itapetininga
Levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola, órgão ligado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, mostra que o agronegócio tem contribuído para manter o equilíbrio nas contas relativas ao comércio exterior, tanto em nível estadual quanto nacional.
            Segundo técnicos do IEA, quando os números do agronegócio são excluídos das contas – que já apresentam déficit em relação a 2012 – o desempenho da balança comercial brasileira é ainda pior. A força de São Paulo nesse segmento pode ser percebida quando se nota que o estado responde por quase um quarto das exportações do setor. E o Sudoeste Paulista contribui para este quadro, já que o 1º PIB agrícola do estado está aqui, no município de Itapetininga.
            Mas, segundo empresários e técnicos, o bom desempenho do setor poderia ter mais reflexos positivos na economia das cidades se houvessem mais políticas públicas de incentivo à produção agropecuária e mais atenção com setores como citricultura e cafeicultura, por exemplo, que são grandes gerados de riqueza.
 
Opiniões
           Para Fábio Miranda, publicitário e empresário do setor de agronegócio, o salto do segmento se deve à maior exportação. “O Brasil está exportando grande parte da produção agrícola e pecuária. O resultado reflete diretamente no saldo da balança comercial. Infelizmente, o mercado interno não é beneficiado pela produção recorde (mais uma vez)”.
            O empresário lembra que Itapetininga possui o primeiro PIB agrícola de São Paulo e o sétimo do Brasil. “Mas o problema é o pouco valor agregado na cidade. Poderia haver, por parte dos poderes públicos, uma visão gerencial para perceber a verdadeira vocação da cidade e região, implantando centros de comercialização, programas de incentivo à instalação de agroindústria e, ainda, investimentos da formação de mão-de-obra específica para o Agronegócio. Registre-se o belo trabalho da FATEC com curso de tecnólogo em Agronegócio – recente, mas promissor”.
            Miranda ressalta ainda que, no caso de Itapetininga, “Grande parte da economia está ligada ao agronegócio. Existe um avanço no comércio e serviços, devido ao capital injetado pelo agronegócio, mas poderia ser muito maior se houvesse políticas públicas de incentivo à verdadeira vocação da região”. Apesar dos pesares, o empresário está otimista com relação aos próximos meses, confiante na demanda do mercado internacional, apenas ressalva que “poderia haver maior valor agregado à produção de alimentos”
 
Mais atenção com alguns setores
            Luís Carlos Magaldi Filho, gerente comercial da Technes Agrícola Ltda, na cidade de Tatuí, avalia que “A balança do agronegócio paulista é medida principalmente em função daquilo que o estado exporta, e de quanto isso contribui na balança comercial nacional. No primeiro quadrimestre, houve um grande saldo positivo nas exportações do setor sucroalcooleiro, do complexo soja, nos produtos florestais ligados à matriz energética e até nos sucos, onde se destaca o suco de laranja, apesar da imensa crise em que se encontram os citricultores de São Paulo. O saldo positivo é muito importante, porque obviamente movimenta a economia, mas é muito importante que alguns setores (citrícola e cafeeiro, por exemplo), grandes geradores de riqueza, tenham uma atenção totalmente diferente da que estão tendo por parte do governo hoje, sob pena de sérias distorções na economia em um curto prazo”.
 
Veja matéria completa na edição de junho da revista Hadar

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