País deve enfrentar novos desafios
Como será o Brasil depois desta
eleição? Esta deve ser a pergunta que muitos brasileiros estão fazendo hoje.
Independente de quem seja o novo presidente da República, é certo que o país
deve enfrentar novos desafios. O primeiro – e o mais óbvio – será fazer com que
o novo mandatário da nação cumpra suas promessas, ou pelo menos a maior parte
delas.
Mas o grande, o imenso desafio para
o futuro do nosso país é fazer com que a sociedade brasileira encare seus
medos, suas qualidades e, principalmente, suas mazelas.
Sim, este é um país de povo acolhedor,
simpático e com um grande coração, mas também é um povo que possui baixa
autoestima, um povo que não leva a sério sua própria história e um povo que
simplesmente ignora os desmandos e os conluios que alguns de seus líderes e
pseudorepresentantes praticam na vida pública, trocando favores e benesses para
favorecer e atender a vontade de grupos, em detrimento das necessidades da
população.
Um país sério é construído no dia a
dia, no respeito às leis, ao idoso, à criança, ao doente que espera para ser atendido
no hospital público, respeito às diferentes maneiras de ser e pensar. Respeito
à vida, enfim. Sem isso, nenhum país pode ser considerado sério.
E
o respeito à mulher? Claro que este também não pode faltar. Em um país
latino-americano, onde o machismo é recorrente, respeitar a mulher como ser
humano, que merece ser tratada com dignidade e respeito, não diminui a
masculinidade do homem. Ao contrário! Grande é o homem que ama e respeita sua
mulher.
E
o nosso Brasil se encontra hoje em uma posição privilegiada. Graças a uma
democracia estável, embora tenha seus problemas, o país teve a oportunidade de
contar com duas mulheres disputando a Presidência da República. Duas histórias
de vida diferentes, mas ao mesmo tempo com pontos em comum, como a determinação
da pessoa em construir seu próprio futuro, superando obstáculos e indo contra
todas as probabilidades,
Marina
Silva e Dilma Roussef são a prova viva de que a mulher conquista mais e mais
espaço na sociedade. Também provam que, apesar dos pesares, o Brasil oferece
oportunidades para quem quer vencer na vida. A sociedade brasileira possui suas
mazelas, é verdade, mas o fato de duas mulheres disputarem a eleição
presidencial ao mesmo tempo é um sinal de que o país caminha na direção certa.
E a mulher está mesmo por cima! Basta ver a chanceler alemã, Ângela Merkel, que
comanda a maior economia da Europa, ou as ministras que integram o Supremo
Tribunal Federal, a mais alta corte brasileira.
Em
uma análise bairrista, o Brasil dá exemplo aos Estados Unidos, a maior potência
do planeta (e também a maior democracia). Os americanos ainda não escolheram
uma mulher para ser presidente. Até mesmo candidatas mulheres são raras para
disputar o cargo. E (quase) todo mundo por aqui acha que o Brasil não tem nada
a ensinar aos americanos....Felizmente, essas pessoas estão enganadas.
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