quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O Brasil depois da eleição


País deve enfrentar novos desafios

 

            Como será o Brasil depois desta eleição? Esta deve ser a pergunta que muitos brasileiros estão fazendo hoje. Independente de quem seja o novo presidente da República, é certo que o país deve enfrentar novos desafios. O primeiro – e o mais óbvio – será fazer com que o novo mandatário da nação cumpra suas promessas, ou pelo menos a maior parte delas.
            Mas o grande, o imenso desafio para o futuro do nosso país é fazer com que a sociedade brasileira encare seus medos, suas qualidades e, principalmente, suas mazelas.
            Sim, este é um país de povo acolhedor, simpático e com um grande coração, mas também é um povo que possui baixa autoestima, um povo que não leva a sério sua própria história e um povo que simplesmente ignora os desmandos e os conluios que alguns de seus líderes e pseudorepresentantes praticam na vida pública, trocando favores e benesses para favorecer e atender a vontade de grupos, em detrimento das necessidades da população.
            Um país sério é construído no dia a dia, no respeito às leis, ao idoso, à criança, ao doente que espera para ser atendido no hospital público, respeito às diferentes maneiras de ser e pensar. Respeito à vida, enfim. Sem isso, nenhum país pode ser considerado sério.
E o respeito à mulher? Claro que este também não pode faltar. Em um país latino-americano, onde o machismo é recorrente, respeitar a mulher como ser humano, que merece ser tratada com dignidade e respeito, não diminui a masculinidade do homem. Ao contrário! Grande é o homem que ama e respeita sua mulher.
E o nosso Brasil se encontra hoje em uma posição privilegiada. Graças a uma democracia estável, embora tenha seus problemas, o país teve a oportunidade de contar com duas mulheres disputando a Presidência da República. Duas histórias de vida diferentes, mas ao mesmo tempo com pontos em comum, como a determinação da pessoa em construir seu próprio futuro, superando obstáculos e indo contra todas as probabilidades,
Marina Silva e Dilma Roussef são a prova viva de que a mulher conquista mais e mais espaço na sociedade. Também provam que, apesar dos pesares, o Brasil oferece oportunidades para quem quer vencer na vida. A sociedade brasileira possui suas mazelas, é verdade, mas o fato de duas mulheres disputarem a eleição presidencial ao mesmo tempo é um sinal de que o país caminha na direção certa. E a mulher está mesmo por cima! Basta ver a chanceler alemã, Ângela Merkel, que comanda a maior economia da Europa, ou as ministras que integram o Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte brasileira.
Em uma análise bairrista, o Brasil dá exemplo aos Estados Unidos, a maior potência do planeta (e também a maior democracia). Os americanos ainda não escolheram uma mulher para ser presidente. Até mesmo candidatas mulheres são raras para disputar o cargo. E (quase) todo mundo por aqui acha que o Brasil não tem nada a ensinar aos americanos....Felizmente, essas pessoas estão enganadas.

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