quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Agricultura mostra força e inicia reação

Um dos pilares da economia nacional, setor agrícola deve crescer em 2017

Safra de grãos deve crescer este ano


          Há décadas as pessoas ouvem a frase: O Brasil é o celeiro do mundo. A extensão territorial, a qualidade de nossas terras e o clima contribuem para que a produção agrícola brasileira se mantenha entre as maiores do mundo.
          Mesmo com as idas e vindas da economia nacional, a agricultura sempre colaborou para que as crises passassem. Mesmo neste momento difícil – com a recessão que provocou quedas de emprego até neste setor – a força do campo mais uma vez reage e começa a mostrar sinais de recuperação. A boa nova é que as projeções indicam que uma super fafra vem por aí.
A safra brasileira de grãos deve avançar 16,1% este ano em relação a 2016, para 213,7 milhões de toneladas, estimou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro prognóstico para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017. Todas as regiões devem ter aumentos na produção neste ano, segundo o instituto: Norte (13,4%), Nordeste (73%), Sudeste (11,1%), Sul (5,8%) e Centro-Oeste (20,5%).
As principais influências desses aumentos são a alta de 9,6% na estimativa de produção da soja (9,2 milhões de toneladas a mais que a safra de 2016) e de 31% na produção de milho (19,6 milhões de toneladas a mais que em 2016).
O arroz, o milho e a soja representaram 92,2% da estimativa da produção e responderam por 87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2015, houve recuos na produção da soja (-1,8%), do arroz (-14,0%) e do milho (-25,7%).
Para 2016, a distribuição regional da produção de grão foi a seguinte: Centro-Oeste, 75,1 milhões de toneladas; Sul, 73 milhões de toneladas; Sudeste, 19,6 milhões de toneladas; Nordeste, 9,5 milhões de toneladas e Norte, 6,7 milhões de toneladas.
Em relação à safra passada, houve redução de 2,1% no Sudeste, de 12,5% no Norte, de 42% no Nordeste, de 16,3% no Centro-Oeste e de 3,6% no Sul. Nessa avaliação para 2016, o Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com participação de 23,9% no total do país, seguido pelo Paraná (19%) e Rio Grande do Sul (17,3%). Somados, esses três estados representaram 60,2 % do total nacional, segundo o IBGE.

Área plantada
Com dimensões continentais, o Brasil tem 72 303 327 hectares de terra cultivados, segundo o IBGE. Os dados são relativos a junho de 2016 e representam uma leve diminuição na área plantada (-0,2%) em relação a maio do ano passado, quando foram contabilizados 72 482 079 hectares.
          A soja, um dos principais produtos (comodities) das exportações brasileiras, é de longe o grão mais cultivado, com 33 021 828 hectares, apresentando uma variação positiva de 0,1% em relação ao mês de maio. Já o milho, o segundo grão mais plantado, caiu de 15.450.679 ha em maio para 15.326.098 hectares em junho de 2016, com uma redução de 0,8% na área cultivada.
         
Região
          Na área do Escritório de Desenvolvimento Rural de Itapetininga, o milho é o produto mais cultivado, de acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do Estado. Em 2015, o IEA apontou que haviam mais de 50 mil hectares dessa cultura na Região, com uma produção de 5.157.300 sacas de 60 kg cada, a soja, por sua vez, ocupava  uma área de 28.350 hectares, com uma produção de quase 1,5 milhão de sacas de 60 kg. A Região conta também com o milho Safrinha (plantado no começo do ano) com 13,5 mil hectares e produção de pouco mais de 1 milhão de sacas. A cana de açúcar para a indústria ocupa uma área de 42 mil hectares, com uma produção de mais de 3,5 milhões de toneladas. Outra cultura forte na Região é a laranja, com mais de 8,7 mil hectares e uma produção de mais de 21,4 milhões de caixas de 40,8 kg.

Produtor
Para o produtor rural Rogério Barretti, de Itapetininga, “a Safra Nacional segue um crescimento regular, apesar das variações de cambio e do mercado internacional, mesmo no auge da crise tivemos um crescimento razoável, o produtor que esta capitalizado continua trabalhando normalmente, o que ocorre é que com a crise se prolongando ele terá que se programar para uma reserva de capital com mais peso, a expectativa é que a economia se mantenha e deixe de  encolher, mas isso está mais para o segundo semestre de 2017”.
Para ele, a safra regional deve manter “a predominância da soja sobre o milho na cultura da região, como em todo o país para a safra de verão, os preços sofreram leve queda como de costume, mas a expectativa é que se recupere ao longo da colheita que já está se iniciando. Com certeza haverá aumento de produção em relação a safra anterior, mas não tão significativo assim, o crédito rural foi bastante prejudicado e aumentaram as exigências e burocracia para consegui-lo. Quanto ao preço da dava de soja ele continua favorável em relação ao milho”.
Ele acredita que uma safra recorde contribui para melhorar a economia: “o PIB agrícola é fundamental para equilibrar a economia, se o governo desse suporte ao setor logístico seria ainda melhor. Uma safra volumosa gera empregos, gera fluxo no mercado de máquinas e veículos, mesmo com os contratempos que o produtor sofre hoje em relação à falta de suporte do governo, sempre será positivo para o país. Vale a pena investir no agronegócio para que o pais retome mais rapidamente sua posição de destaque na economia global”. Veja matéria completa na revista Hadar.

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