Reação ainda é fraca, mas o governo diz que o pior já passou
Embora o Brasil ainda enfrente uma situação difícil em sua economia, agravada recentemente por um rombo de quase R$ 60 bilhões nas contas do Governo Federal (que já pensa em subir impostos) e pelo impacto negativo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que fez com que as exportações diárias brasileiras caíssem 20% na última semana, em relação ao volume registrado na semana anterior à operação. A boa notícia, nesta terça, é que Hong Kong, um dos maiores compradores da carne brasileira, voltou a comprar, mantendo o veto apenas aos 21 frigoríficos investigados na operação. O problema da carne acontece justamente em um momento de produção recorde de frango e carne suína, segundo o IBGE. A economia brasileira, contudo, começa a esboçar uma reação; uma luz no fim do túnel já pode ser vista, ainda que muito tênue.
Depois de um início de ano desalentador, com mais de 12 milhões de desempregados, o mercado de trabalho está mostrando uma reação, ainda que tímida, e os empregos com carteira assinada apresentaram uma leve melhora. Outra boa notícia para a economia é a liberação do dinheiro de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que deve injetar bilhões de reais na economia. Mais de três milhões de trabalhadores já sacaram seu dinheiro. Muitos vão usar para pagar contas em atraso, mas o mercado de imóveis e de material para construção deve receber boa parte do dinheiro.
Infração menor
A infração no país está desacelerando, segundo o IBGE. Em nota divulgada no dia 22 deste mês, o órgão informa que "o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,15% em março, bem menos do que os 0,54% de fevereiro. Desde março de 2009, quando o índice situou-se em 0,11%, não há registro de resultado mais baixo para os meses de março". Ainda segundo o IBGE, "considerando os resultados mensais, essa foi a menor taxa desde agosto de 2014, com o IPCA-15 em 0,14%. Em relação aos últimos doze meses, o índice desceu para 4,73% e ficou abaixo dos 5,02% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016, a taxa foi 0,43%".
Economistas e empresários, porém, ainda vêem com cautela este início de recuperação. Para muitos, 2017 será "um ano estável", ou seja: sem crescimento, mas a economia se estabilizará, mas crescimento mesmo só a partir de 2018.
Veja matéria completa na edição de abril da revista Hadar
Nenhum comentário:
Postar um comentário