quarta-feira, 31 de julho de 2019

Duas mil pessoas foram atendidas pela campanha do agasalho

Arrecadação superou os números do ano passado

Menina recebe agasalho

          A Campanha “Aquece Coração”, organizada pelo Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Itapetininga, ultrapassou as projeções e arrecadou este 65 mil peças, superando a campanha de 2018, quando foram arrecadadas 60 mil unidades.
          As peças foram entregues em julho para cerca de duas mil pessoas cadastradas nos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS) do município, que atendem famílias em situação de vulnerabilidade social. O Tiro de Guerra e a Guarda Municipal participaram da entrega.
Neste ano, segundo a prefeita Simone Marquetto, a iniciativa possui um apelo maior. O resultado foi positivo, pois superou o total arrecadado no ano passado que ficou em 60 mil peças. “Temos um clima com temperaturas baixas, mas que caíram ainda mais neste mês de julho. Isso aumenta a nossa preocupação e a solidariedade do nosso povo. Nossa intenção é garantir conforto para as famílias que não estão preparadas para enfrentar o frio rigoroso”, afirmou a chefe do Executivo.
A diarista Margarida de Borba, moradora da Vila Arruda, foi uma das beneficiadas. “Para mim é muito importante. É difícil comprar uma blusa. É caro”, conta Margarida. “Faço bico, ganho R$ 300 a R$ 350 por mês”, contava enquanto separava as peças para sua família num saco de 50 litros. Já o desempregado Luis Eduardo Limeira, que tinha dois sacos de roupas separadas, estava contente e ainda buscava para o filho menor. “Qualquer coisa para nós, serve”, diz Limeira.
         A gestão Simone Marquetto tem recebido apoio de empresas privadas, entidades e voluntários na Campanha “Aquece Coração”. “Também quero agradecer a solidariedade dos moradores de Itapetininga que participam ativamente da campanha “Aquece Coração”, que compreendem o nosso objetivo: de aquecer com amor aqueles que mais necessitam”, acrescentou.

CRAS
Segundo a prefeitura,Itapetininga possui 5 CRAS sendo 4 fixos e um volante. Cada região da cidade possui uma unidade e a equipe móvel, o CRAS Itinerante, percorre as áreas rurais, um serviço inédito criado pela gestão Simone Marquetto para atender as áreas mais distantes. As doações são destinadas às pessoas que fizeram o cadastro prévio nestas unidades. Elas recebem o acompanhamento de uma assistente social, que faz a conferência das necessidades de cada família. “Um agasalho pode parecer pouco, mas para quem não tem é muito importante. Sentimos que nosso trabalho foi realizado com carinho”, diz Simone Marquetto.
Ainda de acordo com a prefeitura, quem não recebeu o agasalho deve procurar a unidade do CRAS mais próxima de sua casa para fazer o cadastro. O Fundo Social de Solidariedade continuará recebendo doações, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas em sua sede que fica à Praça Gaspar Ricardo, 01, na antiga Estação Ferroviária, no Centro da cidade. Se você não doou um agasalho durante a campanha, ainda pode fazê-lo, pois o inverno só acaba em setembro e um nova frente fria deve chegar em nossa região entre quinta-feira e sábado, fazendo as temperaturas despencarem.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Festa de São Joaquim e Santa Ana começa hoje

Haverá parte recreativa e religiosa; encerramento será no domingo



Começa nesta quinta, 25, a festa em louvor a São Joaquim e Sant'Ana, no Jardim Fogaça, em Itapetininga. O evento será aberto com a realização de uma missa, a partir das 19h30, na igreja da comunidade, localizada à rua Samuel Venturelli, 77. A festa vai até domingo, 28, quando acontece a missa de encerramento, a partir das 10 horas, com procissão pelas ruas do bairro. Em seguida, haverá almoço festivo beneficente e bingo. No cardápio, arroz carreteiro e feijão gordo. O preço é R$ 15, para consumir no local ou pegar uma marmitex e saborear em casa.
Além da parte recreativa, com jogos e brincadeiras, além de barracas e doces e comidas como bolinho de frango e mini pizzas (na quinta, sexta e sábado), na parte religiosa haverá missa com benção dos avós (a partir das 19h30 desta sexta-feira) e missa no sábado, 27, a partir das 19h30.

Pais de Maria
Segundo a tradição da igreja católica, São Joaquim e Santa Ana são os pais da Virgem Maria. Ambos eram estéreis e de idade avançada quando receberam a graça divina de conceber Maria. A menina foi levada para o templo, onde foi educada até seu noivado com José.
O culto a São Joaquim e Santa Ana começou no século VI e o dia em que se comemora a lembrança do casal é 26 de julho.
Em Itapetininga, um dos bairros mais tradicionais, a Vila Santana, começou a se formar justamente em torno de uma pequena capela, erguida no alto do morro após o Ribeirão da Serra (atualmente Ribeirão dos Cavalos). A vila é berço do samba e da cultura afro na cidade.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Novas ferramentas em oficinas trazem inovações

Tecnologia avança também dentro das oficinas

Customizar carros e motos é um grande mercado

          Personalizar (customizar) um carro é uma atitude que visa dar um certo grau de individualidade a um produto de massa. A ideia não é nova; certamente no tempo do seu pai ou avô já havia quem desejasse dar um toque pessoal no carango, seja através de uma roda mais bonita ou com peças diferenciadas.
          Com o avanço da tecnologia nos veículos modernos, é natural que as oficinas também se modernizem, acompanhando a tendência e visando oferecer serviços cada vez melhores.
          Customizar carros ou motos é hoje um segmento que movimenta milhões dentro do setor automotivo. Um exemplo claro disso é o ex-piloto Tarso Marques, considerado expoente da customização no País, Marques possui sua empresa em Curitiba, Paraná.
          Recentemente, ele conquistou o campeonato mundial de customização, apresentando uma moto que usa um motor Rolls Royce de aviação, com seis cilindros, fabricado na década de 1960. Um dos muitos detalhes da personalização é que as marcas RR e do estúdio de Tarso Marques foram gravadas a laser em partes do motor, um trabalho feito no próprio estúdio de Marques, por uma máquina especialmente desenvolvida para gravar em qualquer superfície metálica, acrescentando um toque de originalidade a peça.

Tecnologia e extremos
Marca do estúdio de Marques gravada a laser em motor

Em seu estúdio, Marques possui uma máquina de solda que ele considera a “Fórmula um da máquina de soldar”. Um equipamento que pode soldar metais diferentes, como cobre e ferro, por exemplo, possui programa e memória e ainda uma máscara para o soldador com vários ajustes, para que ele possa ver melhor o trabalho sendo feito. É como soldar a olho nu, segundo o empresário.
A tecnologia realmente está presente em tudo: da impressão do motor à manutenção dos motores em modelos off road extremos, com pneus gigantes e suspensão elevada. O mercado desenvolveu uma rampa que pode ficar com até 2 metros de altura. Uma tábua se projeta na horizontal, permitindo que o profissional tenha acesso fácil a praticamente todo o motor. Esta ferramenta facilita até a pintura do teto do veículo, pois o pintor pode ficar deitado acima do teto na hora pintar, o que garante que cara parte do teto do carro seja alcançada.
          Cada vez mais, a tecnologia caminha para auxiliar os mecânicos, e cada vez mais estes profissionais precisam ter conhecimentos de informática. Com o auxílio de um programa de computador e uma máquina especializada em fazer moldes para peças de fibra, os profissionais conseguem maior precisão em seu trabalho. Os mais antigos devem se lembrar que estes moldes – atualmente produzidos em madeira – eram feitos manualmente em argila. Um trabalho artesanal e não muito preciso.
          O mercado de personalização cresce e as novidades que surgem neste segmento podem se espalhar para outras áreas. O certo é que cada vez mais as oficinas e os profissionais devem se atualizar e se adequar ao futuro mais tecnológico, ou correm o risco de ficar no passado.

Veja matéria completa na revista Hadar (www.revistahadar.com.br)

quinta-feira, 18 de julho de 2019

CEU das Artes apresenta peça teatral nesta quinta-feira

Encenação será do Grupo Tapanaraca



          Uma das histórias infantis mais conhecidas, a fábula da cigarra e da formiga, será apresentada na noite desta quinta-feira, 18, no CEU das Artes, no Parque São Bento, em Itapetininga, a partir das 20 horas, com entrada franca.
          A história da formiguinha que trabalhava o tempo todo para guardar comida para o inverno, e da cigarra, que só pensava em cantar, sem maiores preocupações. é uma das mais encantadoras e consagradas fábulas de Esopo e La Fontaine e exerce uma influência positiva no emocional infantil e adulto. Ela ensina importantes lições de vida e despertam o interesse pelo cultivo de valores positivos, ao mesmo tempo em que desenvolve a capacidade de fantasia. Ao se divertir, a criança aprende enriquecendo, assim, seu mundo interior. A apresentação será às 20 horas. A entrada é de graça e livre para todos os públicos. O CEU das Artes fica à rua Francisco Senger, 420, no Parque São Bento.

Balé

          O CEU está também com inscrições abertas para aulas de Balé para crianças e jovens de 6 a 14 anos. As inscrições e aulas são gratuitas. As aulas acontecem semanalmente no Ceu Artes, no Parque São Bento:
Segundas e quintas
9 horas – primeira turma – de 6 a 9 anos
9h45 – segunda turma – de 10 a 14 anos
Terças e quintas
13h30 – primeira turma
14h15 – segunda turma
As aulas são gratuitas e para participar basta se inscrever pelo (15) 3272-3161, de segunda a sexta, das 9 às 17 horas. Não custa lembrar: o CEU das Artes fica à rua Francisco Senger, 420, no Parque São Bento.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Violência custa mais de 370 bi aos cofres públicos

Valor equivale a 6% do PIB

Nossa juventude é a maior vítima da violência

Segundo o Atlas da Violência 2019, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a violência custa muito para os cofres brasileiros. Em 2016 (últimos dados disponíveis), o gasto com a violência, incluindo custos privados e públicos, ficou em torno de 5,9% do Produto interno Bruto (PIB) ou R$ 373 bilhões. Como o PIB é a soma de tudo que um país produz, pode-se afirmar que 6% de toda a riqueza produzida aqui vai para custear uma situação que poderia ser evitada (a violência) e afeta principalmente os jovens, os desfavorecidos, os discriminados e as mulheres.
O estudo aponta ainda que “a morte prematura de jovens (15 a 29 anos) por homicídio é um fenômeno que tem crescido no Brasil desde a década de 1980. Além da tragédia humana, os homicídios de jovens geram consequências sobre o desenvolvimento econômico e redundam em substanciais custos para o país”.
Os pesquisadores lembram que “as mortes violentas de jovens custaram ao Brasil cerca de 1,5% do PIB nacional em 2010”. Menos de uma década depois, essa fatia aumentou quatro vezes, passando para 6% do PIB. Um crescimento assustador.
Ainda segundo o Atlas, “em 2017, 35.783 jovens foram assassinados no Brasil. Esse número representa uma taxa de 69,9 homicídios para cada 100 mil jovens no país, taxa recorde nos últimos dez anos. Homicídios foram a causa de 51,8% dos óbitos de jovens de 15 a 19 anos; de 49,4% para pessoas de 20 a 24; e de 38,6% das mortes de jovens de 25 a 29 anos; tal quadro faz dos homicídios a principal causa de mortes entre os jovens brasileiros em 2017”.

Momento de transição
O relatório alerta que “esse recorde nos índices da juventude perdida se dá exatamente no momento em que o país passa pela maior transição demográfica de sua história, rumo ao envelhecimento, o que impõe maior gravidade ao fenômeno. As taxas por 100 mil habitantes jovens permitem a comparação da magnitude desse fenômeno nos diferentes estados do país. Em 2017, 15 UFs (Unidades Federativas) apresentaram taxas de homicídios de jovens acima da taxa nacional de 69,9 por 100 mil. A comparação entre os estados também evidencia a heterogeneidade do fenômeno entre as unidades federativas, com taxas variando de 18,5 até 152,3 para cada 100 mil habitantes jovens. Em 2017, os estados com as menores taxas de homicídios entre jovens foram São Paulo (18,5), Santa Catarina (30,2) e Piauí (38,9). Já as três taxas mais elevadas foram as dos estados de Rio Grande do Norte (152,3), Ceará (140,2) e Pernambuco (133,0).”.

150 mil mortos em duas décadas
Em 20 anos, mais de 155 mil jovens foram mortos por armas de fogo no país. A informação consta de levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria, divulgado no mês de março, e aponta quase 10 mil vítimas em 2017 (9.936). Em 2016, segundo a SBP, foram registrados 9.517 óbitos. Ou seja, em apenas dois anos, quase 19,5 mil pessoas jovens foram assassinadas no Brasil por armas de fogo.
          Este triste número de vidas jovens ceifadas pela violência é maior do que a população de Itapetininga registrada no último Censo do IBGE, que foi de 144.377 habitantes, no ano de 2010, e também chega próximo à população do município estimada para o ano de 2018, que é pouco mais de 162 mil pessoas.
          Ainda para efeito de comparação, o número de vítimas supera em quase 35 mil a população estimada da cidade de Tatuí, que é de pouco mais de 120 mil pessoas.
Não é à toa que, segundo o levantamento da SBP, em nosso país, a cada 60 minutos uma criança ou adolescente morre em decorrência de ferimentos por arma de fogo. Nas últimas duas décadas, mais de 155 mil jovens, com idades entre zero e 19 anos, faleceram em consequência de disparos acidentais ou intencionais, como em casos de homicídio ou suicídio.
Segundo o levantamento da entidade, que considerou os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2016, foram registrados 9.517 óbitos. O número é praticamente o dobro do identificado há 20 anos (4.846 casos, em 1997), representando em números absolutos o pico dessa série histórica.
Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, é imprescindível que as autoridades assegurem a paz e a integridade dos jovens e daqueles que cuidam de seu bem-estar. “O País precisa de medidas efetivas para aumentar a segurança das nossas crianças e adolescentes, e também dos profissionais que os acompanham nas escolas, nas unidades de saúde, nos centros desportivos e outras instalações do tipo”, defendeu Luciana.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Vendas de veículos sobem no 1º semestre

Alta foi de 12%; apesar disso as vendas no ano devem ser menores



          O Brasil ainda não saiu totalmente da pior crise econômica de sua história e os reflexos dessa crise podem ser vistos em praticamente todos os segmentos, inclusive o mercado de automóveis.
          É por isso que, apesar do aumento de 12% nas vendas de veículos novos no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as projeções para o ano todo caíram, segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados no começo deste mês.
          De acordo com a entidade, foram emplacados 1,3 milhão de veículos entre janeiro e junho, contra 1,16 milhão há 1 ano (alta de 12%). Por outro lado, a Federação revisou para baixo a projeção de vendas para o ano. Agora, espera uma alta menor do que estimava no começo do ano. Para a Fenabrave, os emplacamentos serão 8,37% maiores do que em 2018, quando foram vendidos 2,56 milhões de veículos. A expectativa é de que 2019 se encerre com 2,78 milhões de unidades emplacadas. Em janeiro, a previsão era de alta de 11,15% (2,85 milhões).
No balanço mensal, as vendas de junho foram 10,5% maiores em relação ao mesmo período do ano anterior, com 2 dias a úteis a menos, nesta comparação. Sobre maio, houve queda de 9%: o mês anterior teve 3 dias úteis a mais do que junho. A Fenabrave destacou o crescimento de 23% nas vendas diretas, como as que são feitas para locadoras de veículos. O estoque de veículos também aumentou, refletindo, inclusive a crise na Argentina, que está afetando as exportações.

Carros
A venda de automóveis e comerciais leves cresceu 10,8% no semestre em relação ao 1º semestre de 2018. Foram emplacadas 1,24 milhão de unidades. Em junho, a alta foi de 9,4%, com 234 mil carros vendidos.

Motos
Contado à parte, o segmento de motos teve alta de 16% nos emplacamentos no 1º semestre, comparado a 1 ano antes. Foram vendidas 530 mil unidades. Em junho, houve alta de 8%, com 80 mil motos vendidas.
Ao contrário de outros segmentos, a previsão da Fenabrave para 2019 em motos foi revisada para cima. A expectativa agora é de que seja 10,6% maior do que no ano passado, totalizando 1,04 milhão de unidades. Em janeiro, era esperado um crescimento de 7,3% no ano (1 milhão de motos vendidas).

Veja matéria completa na edição deste mês da revista Hadar

terça-feira, 2 de julho de 2019

Crimes Virtuais: o perigo está on line

Furto de dados e informações pessoais está na raiz de vários golpes

É preciso ter cuidado com aa segurança do celular

          A sociedade humana tem mudado a uma velocidade nunca vista antes. O avanço da tecnologia e dos computadores, a chegada da rede mundial de informação (internet), o acesso a esta rede e a conexão cada vez mais rápida e acessível. Tudo isto tem transformado a cultura. Estar conectado (on line) passou a ser quase uma questão de sobrevivência, principalmente para os jovens. Quem não está no mundo virtual corre o risco de ser esquecido no mundo real.
É claro que este avanço trouxe comodidades e benefícios, mas também trouxe perigos. Golpes virtuais têm crescido e se diversificado. O crime marca presença na internet sob várias formas, sendo a mais comum a ação de hackers, pessoas que usam suas habilidades e conhecimento de tecnologia para invadir dispositivos alheios e roubar dados e informações, com o objetivo de cometer crimes, como sacar dinheiro da cota do outro ou mesmo chantagem para não divulgar informações pessoais, como fotos intimas.
Os hackers também podem agir divulgando informações sigilosas de autoridades e governos, com objetivos políticos.
Nos últimos meses, o assunto tem estado em alta no país, sobretudo com a divulgação de conversas e mensagens entre o então juiz Sérgio Moro e promotores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que desarticulou o que pode ser o maior esquema de corrupção já registrado no Brasil.
Muita gente pode estar s perguntando: “se até um juiz federal teve seu celular invadido, como posso estar seguro e proteger meus dados da ação de bandidos?”.
O assunto realmente é sério e é por isso que o Marconews e a revista Hadar abordam o tema nesta reportagem, com dicas sobre como proteger seu dispositivo da ação de criminosos.
Uma das coisas que você precisa saber é que a internet não é uma terra sem lei e muitos países estão adotando legislação mais adequada para punir este tipo de crime. No Brasil, desde agosto de 2018, existe lei específica para proteção de dados pessoais.
A lei 13.709 dispõe, em seu artigo 1º, sobre “tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural”.
Mais adiante, em seu artigo 2º, a lei diz quais são os fundamentos da “disciplina de proteção de dados pessoais”. São eles: o respeito à privacidade; a autodeterminação informativa; a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. Essa lei também altera outra, de 2014, que estabeleceu o Marco Civil da Internet.

Advogado orienta usuários
          O advogado itapetiningano Carlos Eduardo Monti Júnior, com experiência na área de segurança digital, explica o que as pessoas podem fazer para deixar seus aparelhos mais seguros e, no caso de um ataque hacker, como a vítima deve agir para tentar reparar os danos. Ele também fala sobre as leis que visam proteger os internautas.
          Monti lembra que “indiscutivelmente, vivemos na era da alta tecnologia, a qual tem revolucionado a vida em sociedade como um todo, desde a estrutura da produção e do trabalho, o consumo de bens, o intercâmbio de informações, até chegar às relações interpessoais. Um dos demonstrativos dessa era tecnológica que estamos vivenciando é a grande importância do aparelho celular smartphone na vida de todos nós. Na realidade, a nossa vida real (dados bancários, contatos, conversas, trabalho, planejamento pessoal e dos negócios, etc.) se mistura com a nossa vida virtual (redes sociais, principalmente) na palma de nossa mão, em nosso aparelho de celular. Diante desse contexto, na hipótese de termos nosso telefone celular invadido, é melhor agir o mais rápido possível. O problema é que, muitas vezes, não conseguimos identificar os sinais da invasão a tempo”, afirma o advogado.
          Ele aponta “alguns indícios e dicas que podem nos ajudar na solução do problema: lentidão do aparelho - se o aparelho começa a travar ou funcionar de um modo mais lento do que o de costume, isso pode ser um sinal de que algum programa malicioso ou malware esteja em ação. Essa modalidade de vírus piora o desempenho do dispositivo, o que reflete também na velocidade em que ele se conecta à internet. Aquecimento excessivo da bateria do aparelho: se o aparelho aquecer mais do que o normal, de modo desproporcional ao seu uso, isso pode ser sinal de que algum aplicativo malware está sendo executado em segundo plano, provocando o superaquecimento do aparelho. Rápido esgotamento da bateria: o mesmo motivo que causa superaquecimento pode provocar o desgaste da bateria, sendo um indício de que algum programa malicioso ou malware esteja em ação no seu aparelho. O recebimento e/ou envio de mensagens estranhas e desconhecidas: no caso desse indício, o provável é que seus amigos ou familiares percebam esse sinal antes de você, caso seu celular esteja enviando sozinho mensagens por SMS ou WhatsApp. Às vezes, são ofertas com armadilhas transmitidas na forma de vírus, de um celular para outro. O mesmo pode acontecer com os e-mails. Nessas circunstâncias, jamais clique nos links e apague imediatamente as mensagens”.
          Monti prossegue com sua lista de indícios. “A abertura constante das janelas "pop-ups" no navegador de internet do celular é um sinal claro, na maioria das vezes, de que algo está errado. Assim como acontece nos computadores, alguns malwares geram janelas pop-up que o convidam a executar diferentes ações e conseguem a invasão no aparelho. Surgimento de aplicativos sem a instalação: se começarem a aparecer aplicativos no aparelho, sem que você os tenha instalado, isso pode ser um sinal da ação de hackers. Bom salientar que o fabricante ou a operadora podem ser autorizados a instalar aplicativos de vez em quando para atualizar o seu telefone. Todavia, se novos programas aparecem de repente, é melhor você garantir que eles sejam legais, verificando o nome do aplicativo instalado e o que outros usuários dizem sobre ele”.

Leia matéria completa na edição deste mês da revista Hadar