O assunto já parece com aquelas eternas franquias do
cinema
Imagem do novo coronavírus
Quem é fã
de cinema sabe que algumas histórias e personagens rendem filmes e continuações
que parecem não ter fim. E mesmo que uma parcela do público esteja saturada da
história, muita gente vai assistir, rendendo mais alguns milhões de dólares aos
estúdios.
A série
Rambo (com Sylvester Stallone) é um bom exemplo disso. Sempre tem uma nova
história para contar. Não se espantem se tivermos um filme com o título: O
Filho de Rambo, ou Rambo: a nova geração!
Querem mais
exemplos de sagas intermináveis? Jason (Sexta-feira 13), Freddy Kruger (A Hora
do Pesadelo), Rocky (outra do Stallone), Predador, Exterminador do Futuro, a Saga
Crepúsculo, Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas (a série que virou filme)
e uma infinidade de personagens e histórias.
Assim está
a história do novo coronavírus com o mundo. Como uma boa trama hollywoodiana, a
história começa com uma ameaça que surge em uma terra distante. Tão distante e
isolada que parece não oferecer grande perigo à humanidade. Então, de repente,
o vírus letal surge do nada (seria mesmo?) no assim chamado mundo
civilizado (existe tal lugar?).
E a trama
começa a deslanchar com todos os ingredientes necessários para fazer sucesso.
Parece que o mundo se tornou uma grande sala de cinema e nós o público, com os
olhos fixos na tela da vida.
Essa
história tem de tudo: mocinhos (no caso, profissionais de saúde) que arriscam
tudo para salvar as pessoas. Primeiro arriscam a reputação, ao alertar sobre os
perigos do novo vírus e os procedimentos necessários para contê-lo, como o
distanciamento social. Então aparecem os céticos, personalistas e
negacionistas, que desdenham do potencial da nova doença, questionam se há
mesmo uma pandemia, negam os dados científicos e consideram o vírus Uma
gripezinha. Nesta altura do filme, aparecem os adeptos de várias teorias de
conspirações, afirmando com todas as letras que o vírus foi desenvolvido em um
laboratório (sendo que o vírus existe na natureza) e que a covid-19 nada mais é
do que uma arma fabricada por um determinado país e que este país fez isso para
ampliar sua hegemonia no mundo, fornecendo ele mesmo os produtos necessários
para enfrentar a crise. Muita gente tem certeza disso, mas cabe lembrar que são
apenas teorias, muitas sem qualquer base real. “Tudo altamente teórico”, como
diria do cientista Walter Bishop, da série Fringe, ótima para quem gosta de
ficção científica e teorias conspiratórias.
Ah sim,
como toda boa história, existe um vilão (ou vilões), que neste caso em
particular são as notícias falsas (Fake News) confeccionadas e
divulgadas pelos gabinetes de ódio que existem nos porões do poder. Seu único
objetivo é gerar desinformação e pânico entre os pobres mortais. O problema é
que muitos acreditam nessas notícias. Parecem optar por informações que vêm
sabe-se lá de onde e com que objetivo, a ouvir fontes oficiais e profissionais.
E tem
também uma trama ao fundo, que corre paralelamente a história principal: a
guerra de egos e pelo poder que pode fazer com que o combate à pior crise de
saúde pública deste século seja perdido, simplesmente porque alguns líderes e
governantes consideram a pandemia uma coisa sem importância e que o vírus,
claro, é comunista (na opinião deles) e por isso vai ser derrotado se todo
mundo for trabalhar. Bem, a história julgará o papel de cada um nesta tragédia
mundial, pena que este julgamento será feito às custas das vidas de muitos
inocentes. E isto jamais deverá ser esquecido!
Nenhum comentário:
Postar um comentário