sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Saiba os cuidados com o documento digital

 CRLV-e pode ser alvo de golpes

            O mundo hoje cabe quase inteiramente no seu celular, não é mesmo? Você pode fazer compras on line, receber e transferir dinheiro com um simples clique, justificar seu voto, receber seu auxílio emergencial. Isso sem falar nas redes sociais que conectam você com o planeta todo.

            E então, nada mais natural que documentos oficiais também tenham sua versão eletrônica, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou mesmo os documentos necessários para registrar o automóvel e para transferência, em caso de venda.

            Desde o início do ano, o documento eletrônico do carro passou a ser emitido no Brasil inteiro. O CRLV-e (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo Eletrônico) e o ATPV-e (Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo Eletrônica) substituem os antigos CRLV e CRV e podem ser acessados pelo aplicativo oficial CDT — Carteira Digital de Trânsito. Apesar de a novidade já ter sido implementada por muitos estados desde 2018, ainda há muitas dúvidas sobre o tema. Veja agora algumas das principais dúvidas que os motoristas ainda possuem sobe o tema.

 

- Qual a diferença do CRLV-e e do ATPV-e?

O CRLV-e é o substituto do documento do carro, aquele que você recebe todo ano após fazer o licenciamento. Já a ATPV-e fica no lugar do antigo CRV (Certificado de Registro de Veículo), o outro papel que o proprietário recebe assim que compra o carro. Esse documento é aquele que precisava ser assinado em cartório sempre que o veículo era vendido — e que muita gente acabava perdendo.

 

- Tirar os novos documentos digitais custa mais caro?

Não. Você pode imprimir quantos documentos quiser em sua própria casa. Os proprietários ainda devem pagar IPVA, licenciamento e DPVAT (isento em 2021), mas não precisarão desembolsar novas quantias para acessar os documentos eletrônicos. Mas fique atento: só é possível acessar o CRLV-e se o veículo não tiver nenhum débito pendente.

 

- Dá para usar diferentes aplicativos para acessar o CRLV-e?

Não, o único aplicativo oficial que deve ser usado para baixar e acessar os documentos eletrônicos é o CDT (Carteira Digital de Trânsito). Preste atenção no nome do fornecedor do aplicativo na loja oficial de Google e Apple: sempre deve estar escrito "Governo do Brasil". Não use outros aplicativos, que podem roubar seus dados particulares.

 

- Como faz a transferência de veículo a partir de agora?

Veículos que foram licenciados até o dia 4 de janeiro de 2021 ainda devem seguir o procedimento antigo, de preenchimento do CRV em cartório. Modelos licenciados após essa data já terão o ATPV-e. Para fazer a transferência é preciso acessar o site do Detran do seu estado e colocar os dados do futuro proprietário no sistema, que fará a emissão do documento com o QR Code. Em alguns estados ainda é necessário fazer o reconhecimento de firma do ATPV-e, mas gradualmente todo esse processo será 100% digital.

 

Fonte: AutoEsporte/G1

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Equipe de Itapetininga vence maratona nacional de trânsito

 Jovens, com idades entre 28 e 32 anos, criaram módulo que ajuda motoristas profissionais a marcar exame toxicológico


            Criar um módulo integrado à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) que auxilie motoristas profissionais a marcar e a realizar exames toxicológicos, facilitando também a fiscalização. Esta foi a ideia vencedora da Hackatran 2020, maratona que busca ideias inovadoras para a questão do trânsito no país. O evento, obviamente de nível nacional, é promovido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério da Infraestrutura e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e abordou o tema: Perceba o risco. Proteja a vida. A ideia vencedora é da equipe GM2, de Itapetininga, composta por Marlon Ribeiro da Silva, 28 anos, Mayara Shiguemi Nanini Horiy, 28, Gabriel Moreira Ragazzi, 29, e Thiago Leme da Silva, 32 anos.

 

Problema

A equipe se debruçou sobre um problema que atinge os motoristas profissionais brasileiros: a dificuldade em fazer exames toxicológicos, tendo em vista que vivem viajando. Segundo levantamento feito pelos jovens, grande parte dos acidentes envolvem esses motoristas, além de fiscalização deficiente (sem ferramentas adequadas para verificar a regularidade do exame).

A solução encontrada pela equipe foi criar um módulo no app da CNH digital que permite agendar o exame em qualquer laboratório credenciado junto ao Denatran – com o resultado acessado pelo app, facilitando a fiscalização. Além disso, os motoristas com exame em dia recebem benefícios em lojas e empresas de conveniência parceiras da iniciativa.

 

Como funciona

O módulo criado para o app CNH digital informa o vencimento do exame toxicológico. Através do módulo, o motorista pode encontrar o laboratório mais perto de onde estiver e agendar o exame de acordo com o dia e horário disponibilizados pelo laboratório para a realização do exame. Agilização no agendamento é feita de maneira simples e prática. Com o número do exame, o motorista tem acesso à integra do resultado, sem a necessidade de retirar o exame no laboratório.

O grande diferencial desta ideia inovadora é a desburocratização do agendamento do exame e ainda proporcionar ao motorista em situação regular benefícios como um local para descansar e tomar um café. Veja agora os principais trechos da entrevista com a equipe que obteve uma conquista inédita para Itapetininga.

Marconews - O que é a Hackatran e qual seu objetivo? Quais as categorias existentes? Como pretendem usar o prêmio?

Equipe GM2 - Hackatran é um hackathon (estilo maratona de hackers), que consiste em buscar ideias inovadoras. Este hackathon foi voltado para a área de trânsito. Por este motivo, recebeu o nome de “HACKAtran”.  Tivemos 06 (seis dias) para solidificar nosso projeto. Durante esse período solidificamos a ideia, realizamos apresentação do pitch (apresentação rápida do projeto, em vídeo), fizemos reuniões com mentores e coordenadores do projeto e desenvolvemos o contexto e software do produto. A abertura aconteceu no dia 18 de novembro, e a live de encerramento foi em 25 de novembro de 2020.

Foram classificadas 03 (três) equipes, onde os prêmios se deram da seguinte forma: R$25.000,00 para a primeira equipe classificada, R$15.000,00 para a segunda e R$10.000,00 para a terceira equipe. Como somos em 04 integrantes, iremos dividir o prêmio em partes iguais (R$ 6.250,00 para cada um). Gabriel e Mayara estão pensando em investir na construção ou em uma viagem já planejada. Marlon irá guardar um pouco, tal como realizará investimentos, enquanto Thiago comprará coisas para seu apartamento.

Marconews - Vocês esperavam ganhar o prêmio ou foi surpresa? Já participaram dessa maratona antes?

Equipe GM2 - Nossa equipe, diferente de tantas outras (as quais participaram do evento), NUNCA participou de um hackathon. O Marlon já deteve uma premiação no âmbito da tecnologia e projetos. Mas de um hackathon, foi a primeira vez. Diante da falta de experiência em um desafio de âmbito nacional, tal como o prazo de 06 dias, articulado ao desenvolvimento do nosso trabalho, julgamos ser inviável deter o 1º lugar. Nosso pitch parecia simples, quando comparado aos demais vídeos de apresentação. Enquanto uns realizaram edições maravilhosas, nós tivemos como recurso a nossa voz, imagem e ideia, tão somente. Na segunda-feira, dia 23 de novembro, até às 12h00, precisávamos entregar todos os documentos, códigos e link do pitch no youtube. Das 40 equipes inscritas, apenas 21 entregaram o projeto desenvolvido no tempo estipulado. Neste mesmo dia foram classificadas 10 equipes para a próxima etapa, a qual consistia na seleção para apresentação do projeto na live de encerramento. Tivemos a surpresa de encontrar o nome da nossa equipe neste rol. Para nós, não estaríamos entre as 05 equipes. Em 24 de novembro, aguardamos mensagens da organização, a fim de saber se obteríamos alguma classificação. Após às 18h00, o único com esperança era o Marlon. Após às 19h00, ao verificar meu e-mail, encontrei uma mensagem da organização. Nós estávamos entre as 05 equipes finalistas e precisaríamos realizar uma apresentação de 03 minutos, para a live de encerramento. No dia seguinte, com uma enorme ansiedade, realizei, em nome da equipe, a apresentação, junto com as 04 equipes classificadas. Diante desse contexto, julgamos que poderíamos ficar em 3º lugar -visto que as equipes eram ótimas. Estávamos ao vivo e o único com esperança era o próprio Marlon. Após ser anunciada a 3ª equipe classificada, ele pediu para mantermos a calma, pois estaríamos em 1º lugar.  Ao ouvir que nossa equipe era a vencedora, pulamos e gritamos. Estávamos incrédulos. O Marlon, por alguma razão já sentia, mas Gabriel, Thiago e eu, ficamos surpresos.

Marconews - Como surgiu a ideia de criar um módulo dentro do app da CNH digital para motoristas profissionais agendarem exames toxicológicos? Por que escolheram este tipo de público e não motoristas em geral? O módulo pode ser usado por motoristas que não sejam profissionais?

Equipe GM2 - O Gabriel é advogado especialista em trânsito e acompanha diariamente as mudanças do CTB. Após ter ciência de que, em abril, pode de fato existir uma alteração, julgou por bem pensar em algo que acompanhasse a legislação e que pudesse auxiliá-la. Sabemos que a tecnologia e o direito devem acompanhar a sociedade. Diversos acidentes de trânsito e óbitos na estrada, são derivados de tragédias as quais envolvem os profissionais de categoria C, D e E. Tais motoristas passam maior tempo na estrada do que em suas próprias casas, tendo dificuldade para encontrar um laboratório e realizar o exame. Com um módulo em aplicativo já existente, o motorista profissional poderá agendar exame, de acordo com a rota estipulada, recebendo também o resultado do exame e aviso de vencimento. O Estado, por outro lado, não tinha como fiscalizar se o motorista profissional realizava o exame no período estabelecido. Com o mesmo aplicativo, o agente de fiscalização poderá verificar se o motorista está regular. Logo, foi criado um módulo o qual pode ser usado pelos motoristas profissionais e pelo Estado (em prol da fiscalização), com a intenção de desburocratizar o sistema, garantindo a segurança viária e salvando vidas.

Marconews - Qual o custo de implantação do módulo? Quem pagar por esta implantação?

Equipe GM2 - O custo de implantação do módulo será mínimo, uma vez que o aplicativo CNH digital já existe e todos os códigos de software utilizados pela equipe foram fornecidos. Caberá ao governo verificar custeio e demais encargos, caso realize a o módulo de fato. O projeto foi cedido ao governo, pela Equipe (cedente), razão pela qual todo custeio com implantação será tão somente dos cessionários.

Marconews - O modulo já está disponível no app da CNH digital? Como está sendo a aceitação por parte dos motoristas profissionais e autoridades?

Equipe GM2 -  O concurso teve fim no dia 25 de novembro de 2020, e neste mesmo dia a Equipe assinou um termo de cessão de direitos patrimoniais.

A ideia foi cedida para o governo, razão pela qual poderão implantar ou não, de acordo com a necessidade aparente. Até o momento o módulo ainda não foi implantado, mas como idealizadores da ideia, torcemos muito para que seja realizado de fato e gere bons resultados para NOSSO BRASIL, garantindo melhor segurança viária, educação no trânsito e fiscalização.

Marconews - Vocês têm planos de montar uma empresa na área de softwares?

Equipe GM2 -Nossa equipe é composta por um programador (THIAGO), um UX (MARLON), e dois advogados (GABRIEL e MAYARA). Conseguimos unir diversas áreas, pensando sempre na sociedade e legislação. À princípio a Equipe era composta pelo Gabriel, Marlon e por mim (Mayara), sendo criado o nome GM2 (G de Gabriel e dois integrantes com inicial M). Após alguns dias de inscrição, o Marlon convidou o Thiago. Ao término do concurso, algumas propostas surgiram e nosso anseio por melhorias prevaleceu. Pensamos na hipótese de firmar parcerias e nos engajarmos em ideias, as quais possam gerar frutos positivos em nossa sociedade. Hoje, a Equipe GM2 se transformou em GM2T, com possível abertura de uma empresa na área de criação de softwares em prol das diferentes áreas do Direito.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Japão desenvolve satélite de madeira

 Equipamento ecologicamente correto deverá ser fabricado até 2023



            Um satélite ecologicamente correto e feito de madeira, que poderá estar pronto para ser lançado ao espaço dentro de dois anos. Ficção científica? Não para uma empresa japonesa que já está se debruçando sobre o assunto.

            A Sumitomo Forestry fechou uma parceria com a Universidade de Kyoto para desenvolver o que esperam ser os primeiros satélites do mundo feitos de madeira até 2023. A empresa já iniciou pesquisas sobre o cultivo de árvores e o uso de materiais de madeira no espaço. A parceria começará a experimentar diferentes tipos de madeira em ambientes extremos da Terra.

O lixo espacial está se tornando um problema crescente à medida que mais satélites são lançados na atmosfera. Satélites de madeira queimariam sem deixar resíduos nocivos na atmosfera ou detritos no solo quando voltassem para a Terra.

A preocupação com os danos ambientais causados pelo lixo espacial se justifica: segundo cientistas, todos os satélites que reentram na atmosfera da Terra queimam e criam minúsculas partículas de alumina (óxido de alumínio) que flutuam na atmosfera superior por muitos anos. Isto pode, eventualmente, afetar o meio ambiente do planeta. Em uma primeira etapa, a empresa desenvolverá o modelo de engenharia do satélite, depois será fabricado o modelo de voo.

Lixo espacial

Especialistas alertaram sobre a crescente ameaça de lixo espacial caindo na Terra, conforme mais espaçonaves e satélites são lançados. Os satélites são cada vez mais usados ​​para comunicação, televisão, navegação e previsão do tempo. Especialistas e pesquisadores espaciais têm investigado diferentes opções para remover e reduzir o lixo espacial. Existem cerca de 6 mil satélites circulando a Terra, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. Cerca de 60% deles estão extintos (são lixo espacial). Veja matéria completa na edição deste mes da revista Hadar (www.revistahadar.com.br).