quinta-feira, 24 de junho de 2021

A verdade e a ciência devem prevalecer

 Negacionismo já custou milhares de vidas

Não devemos subestimar este vírus


            Estamos quase no sétimo mês do ano e a pandemia da Covid-19, chamada de gripezinha por alguns, mostra que de gripezinha não tem nada. É uma doença grave que já ceifou milhares de vidas em nosso país. E não adianta espernear e dizer que ela pode ser prevenida por remédios, como a cloroquina ou outro do gênero. Ou que o isolamento e o uso da máscara não funcionam.

            Se assim fosse, o mundo inteiro estaria usando cloroquina não é mesmo? Até quem desdenhava da doença no início se rendeu ao óbvio: este é um problema grave de saúde mundial e deve ser combatido com a ciência e a verdade, não com ideias estapafúrdias de grandes conspirações ou de que a ciência não é o melhor caminho.

            O tempo, que é o senhor de todas as coisas, está mostrando que o vírus não negocia com ninguém, não tem ideologia ou preferência por este ou aquele, pobres ou ricos. O vírus aproveita toda e qualquer oportunidade para se espalhar! Afinal, este é seu propósito: espalhar-se e sobreviver.

            Claro que todos vamos morrer um dia, mas isso não significa que tenhamos de morrer antes da hora, por descuido nosso, ou incredulidade de outrem, que despreza o vírus até que ele venha bater à sua porta. Ou contamine algum ente querido.

            Pior que desdenhar a doença, é a falta de empatia com seu semelhante! Você pode até não apresentar sintomas da Covid-19, mas você pode transmitir o vírus para alguém que pode ser muito afetado ou até mesmo morrer em função desta doença. E precisamos pensar nisso! Qual pai gostaria de transmitir uma doença ao filho, podendo evitar? Que jovem gostaria de ver seus pais e irmãos adoecerem, após ele ter ido em uma balada e contrair o vírus, trazendo o mal para dentro de casa?

            Sim, precisamos trabalhar e procurar levar uma vida normal, dentro do possível. Mas este novo normal deve seguir novas regras de comportamento, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento social. A economia pode sofrer com o fechamento de alguns setores e com o isolamento social. Mas uma pessoa que segue os protocolos de segurança, pode superar esta fase difícil e voltar a consumir, a sair, quando tudo isso passar. Já quem se arrisca pode pagar um preço muito alto. E nunca se ouviu falar de mortos que voltassem a comprar em supermercados ou frequentar bares! Até porque, ninguém ficaria em um local se, de repente, um zumbi aparecesse para tomar uma cerveja!

            Seguir a ciência ainda é o melhor caminho. E os governos têm por obrigação buscar meios de ajudar toda a população, principalmente a parcela mais necessitada, a superar este momento difícil. Governo do povo, para o povo e pelo povo! Sabemos que isto é um ideal quase impossível de ser alcançado, mas antes um governo sensato, que um governo obscurantista. Ao final, a história julgará a todos!

terça-feira, 15 de junho de 2021

Fisioterapia auxilia na recuperação pós-covid

 Procedimento não possui contraindicações

Fisioterapeuta Ana Rachid


            A fisioterapia pode ajudar no tratamento para a recuperação de pacientes que contraíram a Covid-19, tanto na forma leve quanto na forma mais grave. A informação é da fisioterapeuta Ana Flávia Rachid de Medeiros (Crefito – 2111-66). Desde o início da pandemia, ela atende até cinco pacientes novos por mês, “com resultados surpreendentes”. Com consultório em Alambari, ela também recebe pacientes de outras cidades. Saiba mais nesta entrevista exclusiva ao blog Marconews.

 

Marconews - Em quais casos a fisioterapia é recomendada para tratamento pós-covid? Existe alguma situação em que ela não é recomendada?

Ana Flávia Rachid - A fisioterapia é recomendada para a grande maioria dos pacientes pós-Covid 19, desde aquele paciente que desenvolveu a doença da maneira leve até aquele paciente que desenvolveu a doença de maneira grave e permaneceu internado em unidades de terapia intensiva. O importante para saber se há necessidade da Reabilitação com a fisioterapia pós COVID-19 é entender se aquele paciente desenvolveu sequelas, como dispneia (falta de ar), fadiga (cansaço), tosse intermitente, dores articulares e fraqueza. Não há contraindicações da Reabilitação, o importante é entender qual a necessidade do paciente e ai realizar a reabilitação adequada, de forma individualizada.

Marconews - Quantos pacientes você já atendeu? São todos de Alambari ou de outras cidades?

Ana Flávia - Desde o início da pandemia, já atendi diversos pacientes pós Covid-19, a cada mês recebo em torno de 4 a 5 pacientes novos, a grande maioria de Itapetininga.

Marconews - Como tem sido os resultados do tratamento? A recuperação é completa?

Ana Flávia - Os resultados têm sido surpreendentes, cada vez mais a ciência vem nos trazendo métodos eficazes de reabilitação e o tempo de recuperação depende do quadro clínico do paciente, alguns se recuperam em semanas, outros têm uma recuperação mais lenta, podendo levar 4 a 6 meses de cuidados.  A grande maioria tem recuperação completa, com um protocolo bem montado o paciente voltará a sua rotina diária, trabalho e atividades de lazer.

Marconews - A fisioterapia é usada em conjunto com outros tratamentos? Quais?

Ana Flávia - Sim, para uma melhor recuperação de nossos pacientes há uma grande importância de um acompanhamento multidisciplinar, isso dependerá da severidade da doença. Pacientes mais graves precisam de acompanhamento com fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros.

Marconews - Há quanto tempo você realiza este tipo de tratamento? Como surgiu a ideia de atender pacientes pós-Covid?

Ana Flávia - Desde 2015, após minha pós-graduação em Reabilitação Cardiopulmonar no Hospital Israelita Albert Einstein venho trabalhando com pacientes idosos e com problemas cardíacos e pulmonares. A ideia da Reabilitação pós-Covid-19, veio com o pico da pandemia, onde busquei me aprimorar e estudar sobre a doença, para poder levar um melhor tratamento aos meus pacientes.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Imprensa livre é fundamental na democracia

 Liberdade de informação consolida regime democrático


            Neste dia 7 de junho, é comemorado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Em tempos conturbados como os que vivemos atualmente, uma imprensa livre, independente e responsável é fundamental para fiscalizar e denunciar os desmandos de autoridades públicas em qualquer esfera de governo.

            Ao expor as mazelas da sociedade, o jornalismo livre e profissional certamente contribui para que estes problemas sejam denunciados, debatidos pela própria sociedade e, na medida do possível, soluções sejam buscadas.

            Ninguém gosta de ver seus pecados estampando a primeira página dos jornais ou o feed de notícias de uma rede social. O ser humano gosta de ver o outro se dando mal, mas quando se trata de seus defeitos pessoais....Ah, estes estão trancados não a sete chaves, mas a 70 chaves, no mínimo.

            Não são apenas as pessoas que mantém segredos que não gostam de ser revelados! Países e governos também procuram ocultar seus desmandos, suas falcatruas e seus erros.

            Não gostar de uma imprensa livre é o ponto comum entre as ditaduras, mas esta situação também acontece em democracias, por mais sólidas que elas sejam.

            Vejam por exemplo o caso Watergate, que levou à renúncia, em 1974, o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, acusado de espionar o comitê do Partido Democrata, instalado no edifício Watergate, que acabou dando nome ao escândalo.

            A renúncia de Nixon (que era do partido Republicano) foi o ponto alto do escândalo, investigado pelos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein desde 1972, quando houve a invasão e assalto à sede do partido Democrata. A ação na verdade pretendia fotografar documentos e instalar escutas ilegais no local.

            Graças a uma fonte confiável, chamada de Garganta Profunda, os jornalistas conseguiram estabelecer as ligações entre os invasores e a Casa Branca (sede do governo americano) comprovando que Nixon sabia da tentativa de espionar o partido rival.

            O trabalho dos jornalistas do Washington Post (jornal que apoiou os dois profissionais) rendeu um filme: Todos os homens do Presidente, no qual a história é contada com maestria. E mostra a pressão que o jornal sofreu, bem como os repórteres.

            Este é o melhor exemplo da importância de uma imprensa livre, corajosa e independente. E de como isto é importante para uma sociedade livre e que respeite o estado democrático de direito. Uma imprensa livre pode não resolver os problemas da sociedade, mas é essencial para que estes problemas sejam denunciados, discutidos e enfrentados, sempre buscando soluções que visem minimizar o sofrimento das parcelas mais necessitadas e excluídas dessa mesma sociedade que se diz impoluta, quase sem mácula. Sabemos que isto não é verdade e a imprensa livre cumpre seu papel ao pôr o dedo na ferida, doa a quem doer. Viva a liberdade de imprensa!