segunda-feira, 5 de julho de 2021

Projeto quer destinar celulares apreendidos para escolas públicas

 Iniciativa é de professora itapetiningana e foi encaminhada ao Senado


            Inspirada em uma notícia de que o governo de Minas Gerais iria doar para alunos carentes os celulares apreendidos nos presídios estaduais, a professora itapetiningana Luciana Abreu (foto) encaminhou ao Senado Federal proposta para tornar esta iniciativa em lei nacional. O projeto precisa ter pelo menos 20 mil assinaturas, até setembro, para entrar em discussão.

            Por esta razão, Luciana tem pedido nas redes sociais para que amigos acessem o projeto e apoiem a ideia. O link é: Ideia Legislativa - Doação de celulares apreendidos nos presídios para os alunos das escolas públicas :: Portal e-Cidadania - Senado Federal .

            Ao atingir o apoio de 20 mil pessoas, a ideia se torna uma sugestão legislativa e pode ser debatida pelos senadores. O prazo se encerra no dia 14 de setembro.

            Nesta entrevista exclusiva ao Marconews, Luciana Abreu conta como surgiu a ideia e afirma: “é importante ter novos olhares sobre antigos problemas, a sociedade tem o poder de transformar vidas. O futuro com igualdade, equidade e soberania só é possível através do cuidado que temos com nossas crianças e jovens. Gratidão, se não conseguir, espero que alguém tenha um olhar sobre o assunto e possa proporcionar essa mudança. E que todos os alunos possam ter as mesmas possibilidades”.

            Segundo a professora, a ideia de doar os celulares apreendidos nos presídios para as escolas públicas, auxiliando os alunos mais carentes a terem acesso à pesquisa e tecnologia, “surgiu de um artigo no jornal que abordava justamente isso: os celulares apreendidos nos presídios de Minas Gerais seriam doados para os alunos carentes. Há internet nas escolas, contudo, com o cenário da pandemia, os alunos estão acompanhando as aulas em casa através do app do centro de mídias, além das aulas disponibilizadas pela SEDUC (Secretaria de Estado da Educação), toda a escola está transmitindo as aulas dos nossos professores pelo CMSP (Centro de Mídias de São Paulo), mas para tanto, é preciso um celular ou notebook, e há alunos que não possuem celulares ou há apenas um celular disponível na família, geralmente o dos pais, e, desta forma os alunos só tem acesso após a chegada dos pais do trabalho, e foi pensando neste público que decidi  propor essa ideia de Lei. Em uma reportagem do g1 de 2018, falava-se de 10 mil celulares apreendidos em São Paulo”.

            Luciana afirma que não contatou pessoalmente nenhum senador. “Propus diretamente no site do Senado, sim, o tempo é muito curto, e nós é que somos os responsáveis por angariar as assinaturas, por isso, conto com a ajuda dos amigos para divulgação, e tentar dar visibilidade para os alunos que necessitam de aparelhos para a inclusão digital”.

 

Quem é a autora

            Filha de professores, Luciana Abreu é Engenheira Química de formação pela Universidade de Ribeirão Preto, com licenciatura em Química pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduação no Ensino de Química pela UNESP, foi tutora presencial do curso de Engenharia Ambiental da UFSCAR- UAB, professora efetiva da Secretaria da Educação, trabalhou na Diretoria de Ensino como PCNP de Química e hoje atua como Coordenadora Geral no PEI.

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