Filhos e netos de Venâncio Ayres Monteiro instalaram placa em trilha
Filho de
família tradicional de Itapetininga, o farmacêutico Venâncio Ayres Monteiro foi
um dos profissionais mais conhecidos e queridos não apenas em Itapetininga, mas
em várias cidades da Região, nas quais trabalhou e viveu. Ao longo da vida,
teve aproximadamente 15 farmácias. Prático, fazia suas próprias fórmulas de
remédio. Monteiro faleceu em 2013, aos 83 anos, vítima do Mal de Alzheimer.
Carismático
e dono de um grande coração, tratou e ajudou muita gente. Entre os anos 60, 70
e 80, muitos moradores de Itapetininga buscavam o auxílio com o seu Venâncio.
E para quem tem dúvida: sim, ele é parente de Venâncio Ayres, patrono do centenário
clube do mesmo nome. Republicano e abolicionista, Ayres deixou Itapetininga e
se radicou no Rio Grande do Sul, onde hoje há a cidade de Venâncio Ayres, que
recebeu este nome em homenagem ao advogado itapetiningano.
Homenagem
Venâncio Ayres Monteiro foi
casado com Terezinha Silva Monteiro (atualmente com 92 anos) e teve cinco
filhos: Elvira Aparecida Silva Monteiro, Benedito Henrique Monteiro Neto (Didi),
Ana Elisa Monteiro, Marco Antonio Silva Monteiro e Antônio Cesar Silva Monteiro
(Nenê).
O patriarca
era apaixonado pela natureza e passou essa paixão para os filhos. Há mais de 30
anos a família possui propriedade no Vale do Ribeira. Didi também compartilhava
desse amor pela natureza e, até os anos 90, acompanhava o pai e os irmãos nos
passeios pela mata. Ele faleceu em 2018, aos 64 anos, de enfarte. Desde então,
a família vem planejando homenagear pai e filho, colocando uma placa na trilha
que leva às terras da família. Devido à pandemia, o projeto foi adiado, mas,
após um planejamento de três meses, finalmente foi realizado no último mês de
junho. Saiba agora como foi essa aventura no relato de Marquinho Monteiro,
filho de Venâncio e irmão de Didi.
Marconews - Como
surgiu a ideia de uma expedição em família para homenagear seu pai e seu irmão?
Marco Monteiro - Logo após o
falecimento do meu irmão Didi, meu irmão Nenê mandou fazer uma placa em inox
para a homenagem, isso há mais de 2 anos, mas daí veio a pandemia e só agora
conseguimos fazer a homenagem.
Marconews- Quantas
pessoas participaram da expedição? Todas da família? Como foi o planejamento
para esta aventura? Quantos dias durou a expedição?
Marco Monteiro |
Marco Monteiro - Foram 4 participantes ao todo, se fosse toda família teria de
ser um ônibus, foram eu e minha filha mais velha e meu irmão com sua filha mais
velha, o planejamento estava sendo feito desde abril, quando decidimos e
acertamos a data, após isso feito foram praticamente 3 meses acertando o que
comprar e o que levar, mantimentos e equipamentos.
Marconews - Por
que escolheram o Petar? No vídeo você aparece colocando uma placa em homenagem
ao seu pai e irmão. Onde exatamente a placa foi colocada?
Marco Monteiro - Na Verdade não
escolhemos o Petar, apenas faz parte de nosso caminho para chegar em nossas
terras que temos há mais de 30 anos no sertão; por meu pai e irmão adorarem o
local, onde muitos passeios fizemos juntos e no mesmo local, então foi lá que
homenageamos os dois, a placa foi colocada no alto e no final da trilha, local
onde acampamos e ficará como referência para próximas expedições.
Marconews - Fale um
pouco de seu pai e de seu irmão. Seu pai foi figura de destaque em
Itapetininga, mas as novas gerações não o conhecem. Quem foi Venâncio Ayres
Monteiro?
Marco Monteiro - Meu pai foi um
Farmacêutico muito conhecido em nossa cidade e região, era querido por muitos,
ajudou muita gente, fazia suas próprias fórmulas de remédio, teve ao longo do tempo
aproximadamente 15 farmácias: em Sete Barras, São Miguel, Gramadinho, Rechã e
aqui em nossa cidade todas em épocas diferentes. Faleceu em julho de
2013 com 83 anos vítima do mal de Alzheimer.
Belas paisagens compõem a trilha
Meu irmão Didi foi o cara, amigo, irmão, companheiro,
ajudava a todos mesmo sem poder, adorava estar com a gente nessas aventuras e
fez muita falta nessa. Faleceu em setembro de 2018 com 64 anos, de enfarte
Marconews - Qual a
sensação após realizar a expedição? Ela vai se tornar uma tradição?
Marco Monteiro - A sensação de
missão cumprida, foi emocionante, isso porque tínhamos como missão atingir o
lugar mais alto que conseguíssemos chegar, foram mais de 3 horas com bagagem pesando
aproximadamente 25kg, caminhando sobre pedras e água, subindo a montanha no
meio do sertão. Na verdade, essa expedição já é tradição em nossa família, pois
a fazemos desde final dos anos 90 ainda com meu pai e o Didi, mas
aproximadamente 5 anos atrás que resolvemos tornar frequente, pois além de
gostarmos da aventura temos de cuidar do que é nosso.
Marconews - Agora
fale um pouco de você
Parabéns pela atitude agradeço por poder fazer parte dessa família amada por todos. Espero que possam abrir o local para turismo devido sua rica fauna e flora. Deus os abençoe grandemente, linda homenagem que ficará no coração de todos
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