domingo, 9 de outubro de 2011

Inflação supera os 7% nos últimos 12 meses

O dinheiro está cada dia mais curto
O índice de preços ao consumidor medido pelo IBGE variou 0,53% no mês de setembro, superando em 0,16 ponto percentual o índice de agosto, que foi de 0,37%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na última sexta-feira.Segundo o instituto, o acumulado do ano fechou em 4,97%, bem acima dos 3,60% registrados em 2010 no mesmo período.
Nos últimos 12 meses, o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superou a casa dos sete pontos percentuais, situando-se em 7,31%, o nível mais alto desde maio de 2005 e acima dos 7,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, pois em setembro de 2010, a variação foi de 0,43%, segundo o IBGE.

Alimentos e passagens puxam alta
Os preços dos alimentos aumentaram 0,64%, causando impacto de 0,15 ponto percentual. Vários produtos ficaram mais caros, com destaque para o feijão carioca (6,14%), açúcar refinado (3,82%) e cristal (3,42%), frango (2,94%) e leite (2,47%). Apesar da alta, o grupo alimentação e bebidas mostrou desaceleração de agosto (0,72%) para setembro (0,64%), o que é explicado pelo menor crescimento de preços de determinados itens, destacadamente carnes (de 1,84% em agosto para 0,99%), frutas (de 3,07% para 1,45%) e pão francês (de 0,63% para 0,57%), além das expressivas reduções nos preços do alho (de -8,96% para -16,84%), cebola (de -7,40% para -7,69%) e tomate (de -0,58% para -6,79%).
Mas foram as passagens aéreas que exerceram o principal impacto no mês, com 0,09 ponto percentual. Para viagens em setembro, os vôos disponíveis subiram, em média, 23,40% em relação à média daqueles que foram disponibilizados pelas empresas para viagens em agosto, mês em que as tarifas haviam apresentado queda de 5,95%.
O resultado do grupo foi influenciado, também, pelos combustíveis com o preço do litro do etanol indo dos 0,30% registrados em agosto para 3,00% de setembro, e o litro da gasolina, 0,50% mais caro, enquanto em agosto teve queda de 0,14%. Há que se destacar, ainda, o item conserto de automóvel (de 1,10% para 1,23%), que se manteve em alta, além do seguro voluntário (de -0,88% para 0,86%) e automóveis, tanto novos (de -0,37% para 0,18%) quanto usados (de -0,60% para 0,51%), com aumento de preços após terem se apresentado em queda. Dessa forma, o grupo alimentação e bebidas (0,64%), com impacto de 0,15 ponto percentual, somado a transportes (0,78%), também com 0,15 ponto, se apropriaram de 0,30 ponto percentual do IPCA de 0,53%, dominando 57% dele, mais da metade.
Além disso, outros itens influenciaram setembro. Enquanto os alugueis residenciais subiram 0,92%, o gás de botijão subiu 1,36% e a taxa de água e esgoto ficou 1,19% mais cara, implicando aumento de 0,71% nas despesas com habitação, bem mais do que em agosto (0,32%). O pagamento dos salários dos empregados domésticos cresceu em 1,00%, assim como os artigos de vestuário ficaram mais caros em 0,80%. Assim, os não alimentícios tiveram variação de 0,50%, acima dos 0,26% do mês de agosto.

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