sábado, 8 de outubro de 2011

Mais de 200 mil crianças trabalham no Estado

Lugar de criança é na escola; não recolhendo lixo
Apesar dos esforços e ações do Governo Federal, dos estados e municípios no combate ao trabalho infantil, ainda é grande o número de crianças e jovens que trabalham arduamente em nosso País.
As ações empreendidas pela União em parceria com municípios e estados contribuem para que o número de crianças com idade entre cinco e 13 anos venha diminuindo desde 2007, quando, segundo o IBGE, havia 1,2 milhão de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil, número que caiu para 993 mil em 2008 (queda de mais de 19%) e continua caindo. Mesmo assim, é um número elevado, considerando-se que a população brasileira hoje ultrapassa 190 milhões de indivíduos. Além disso, as condições de trabalho envolvendo crianças e jovens muitas vezes representam um risco à saúde deles. A situação volta à tona neste mês de outubro, quando é comemorado o Dia das Crianças, na próxima quarta-feira, 12.
            As pesquisas traçam um perfil da criança e do adolescente que trabalham no País. Por exemplo: o Nordeste concentra a maior proporção de trabalhadores infantis; no Sul, o trabalho infantil resiste como herança européia.
            Em São Paulo, dados apontam que existem 210 mil crianças trabalhando no Estado, o que faz com que ocupe o quarto lugar no ranking do Brasil. Alguns progressos, no entanto, foram conquistados.
Na capital paulista, por exemplo, mais de 1.450 crianças deixaram de trabalhar em um período de três anos, pois passaram a receber os recursos do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), em um valor de R$ 40 por mês; pouco se comparado aos R$ 30/dia que elas conseguem vendendo produtos nos semáforos da cidade, mas os especialisras afirmam que o programa não deve ser visto como um concorrente do trabalho nas ruas, e sim como a porta de entrada para que as famílias sejam inseridas em outros programas sociais.

Itapetininga
A cidade também desenvolve ações para reduzir o trabalho infantil no município. Entre elas está o projeto RADAR (Ronda de Amparo e Defesa ao Adolescente na Rua), que conta com o trabalho de monitores que percorrem as ruas da cidade, visitando estabelecimentos comerciais, distribuindo folhetos e colocando cartazes que orientam a população em geral e os proprietários do comércio local quanto ao fato de ofertar esmolas para crianças e adolescentes que circulam pelas ruas e também sobre a exploração do trabalho infantil. Veja matéria completa na edição de outubro da revista Hadar.


Texto e foto: Marco Antonio

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