Portões serão abertos
às 14 horas
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A visão da Volks para o fututo do Golf: um híbrido de 400 CV |
Um dos mais
importantes eventos em seu segmento, o Salão Internacional do Automóvel de São
Paulo abre suas portas para o público nesta quinta, dia 10, a partir das 14
horas. Este ano, o salão acontece no São Paulo Expo, localizado na rodovia dos
Imigrantes. Principal vitrine das montadoras para o lançamento de veículos
novos, o evento vai até o dia 20 deste mês.
Entre os dias
11 e 19, os portões ficarão aberto das 13 às 22 horas (entrada até às 21
horas). No encerramento, dia 20, os
portões abrem das 11 h até as 19 h, mas a entrada só será permitida até as 17
horas.
Segundo o G1, portal de notícias da Globo, o
primeiro dia (10/11) costuma ser o menos cheio. De segunda a sexta, as
tardes tendem a ter menos gente do que à noite, quando muitos fãs saem do
trabalho e seguem para o evento. Os fins de semana são os dias de maior
público. Se não puder evitar, procure chegar na primeira hora após a abertura:
quanto mais tarde, mais gente.
O primeiro fim de semana deve ser
o mais lotado, pois coincide com a realização do GP Brasil de Fórmula 1, em
Interlagos, e também com o feriado prolongado de 15 de Novembro (que cai numa
terça). Fique atento: só é possível entrar até uma hora antes do horário
de fechamento do salão. No último dia, esse limite vai até duas horas antes do
encerramento.
Novo local
Após 46 anos no pavilhão do
Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, a feira acontece pela 1ª vez no São
Paulo Expo, na Zona Sul. O São Paulo Expo fica no início (km 1,5) da Rodovia
dos Imigrantes, na Zona Sul de São Paulo. O antigo Centro de Exposições
Imigrantes foi reformado e ficou com uma área de 90 mil m² de pavilhão com
ar-condicionado e 20 mil m² de área externa, onde haverá um espaço para
test-drive - Chevrolet, Land Rover, Peugeot, Nissan e Volkswagen terão carros à
disposição dos visitantes.
A partir da estação Jabaquara do
Metrô (Linha Azul), onde também há um terminal rodoviário, haverá ônibus
gratuitos para o salão. A distância até o local do evento é de 850
metros. Aos sábados, domingos e no feriado prolongado de 15 de Novembro
haverá transporte grátis saindo também da estação Santos-Imigrantes (Linha
Verde). Os ônibus começarão a circular uma hora antes da abertura do salão até
uma hora após o fechamento do evento.
Novidades
Em ano de crise econômica e
retração na produção de veículos, as montadoras apresentam poucas novidades. A
grande aposta é um evento do porte do Salão Internacional do Automóvel de São
Paulo. Tradicionalmente, o salão é a grande vitrine da indústria
automobilística nacional e onde são apresentados os novos lançamentos, contando
ainda com a participação de modelos de sonho, como os superesportivos.
Agora, se
normalmente o salão já concentra os lançamentos, imaginem em tempos de crise.
Muitas novidades foram mostradas, assim como alguns carros conceituais, e
algumas boas notícias foram divulgadas. Nesta segunda e terça-feira, o salão
foi aberto para imprensa e convidados.
A Volkswagen anunciou
nesta terça-feira que investirá 7 bilhões de reais até 2020 no Brasil, para uma
nova família de carros compactos, que inclui um SUV.
Focando no futuro, a montadora
não trouxe nenhum grande lançamento para o evento, mas apostou em conceitos. Um
dos destaques foi o elétrico Budd-e. É uma "nova Kombi" com interior
futurista, que foi apresentada em janeiro deste ano na feira de tecnologia CES,
nos Estados Unidos.
Outro conceito é o Gol GT (foto), que
recupera uma lenda dos anos 1980. Ele foi desenvolvido pelo time brasileiro de
design e tem detalhes de um verdadeiro esportivo, como bancos em concha, saídas
de ar e pedais em alumínio. Para os fãs de supercarros, a maior atração é outro
conceito, o Golf GTE Sport, um híbrido com 400 cavalos de potência. Ele é
empurrado por um motor 1.6 TSI, derivado do propulsor usado no mundial de rali,
aliado a dois motores elétricos.
O modelo, que aponta para o futuro do Golf GTI, acelera a
100 km/h em 4,3 segundos e atinge 280 km/h de velocidade máxima, segundo a
fabricante.
Voltando ao presente,
a montadora aproveita o evento para iniciar as vendas do Golf GTE 2017, que
também será híbrido e muito potente.
Ainda sem preço definido, a
versão híbrida do Golf começará a ser oficialmente distribuída pela marca. A
ideia do Golf GTE é manter o apelo esportivo da versão GTI, assim como todas as
qualidades atribuídas ao Golf, em um modelo a gasolina e eletricidade. O carro
contará com dois motores e uma série de tecnologias que o tornarão um dos mais
econômicos do mercado.
Por fora, o Golf GTE
2017 não terá nenhuma diferença em relação à linha 2017, senão pequenos
detalhes da versão. Linhas decorativas em azul claro marcam o carro por fora e
pro dentro. É desta cor, por exemplo, que são feitas as costuras do veículo,
indicando sua proximidade ecológica e tecnologia limpa.
O VW Golf GTE funcionará com um
sistema de motorização dupla. Um de seus motores será um 1.4 TSI BlueMotion,
capaz de render 150 cavalos. Este será um motor de combustão praticamente igual
ao que se utiliza em qualquer outro carro.
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Golf GTE Híbrido |
O segundo grupo propulsor é um
motor elétrico de 75 kW, capaz de oferecer outros 102 cavalos de potência. Em
conjunto, já considerando as perdas para adaptação, o modelo supera os 200
cavalos de potência (204 cv, mais precisamente). Isso garante uma velocidade
máxima superior a 220 km/h, fazendo a aceleração de 0 a 100 em apenas 7,6
segundos. Para quem associa carros híbridos a performances modestas, certamente
é hora de rever alguns conceitos. Outro carro conceito apresentado no salão é o
T-Cross Breeze, um SUV conversível.
Poucos lançamentos
De novidades concretas, a
Volkswagen mostrou novas versões Track para Gol e Up!, que trazem acabamento
com visual "aventureiro". Foram exibidos também o CrossFox Urban White,
o Golf com motor 1.0 turbo e a linha 2017 da picape Amarok, que renovou o
visual, mas manteve os mesmos motores 2.0 turbodiesel, de 140 cv ou 180 cv,
associados a câmbio manual de 6 marchas ou automático de 8. O novo motor V6,
lançado na Europa neste ano, deve aparecer na Amarok brasileira só em 2017.
Novo motor na picape
Toro
A Fiat apresentou
na última a nova motorização de sua picape média, a Toro. Na versão Freedom, a
picape ganha a opção de motor 2.4 Tigershark flex, de 186 cavalos e torque de
24,9 kgfm. A transmissão é a mesma da versão diesel: automática de 9 marchas. O
preço também é o mesmo da configuração diesel, R$ 98.730. A Toro 2.0 diesel tem
170 cv e 35,7 kgfm.
Além do novo motor, a Toro 2.4
terá sistema start-stop e partida a frio, que elimina o tanquinho auxiliar. A
Fiat também incluiu uma tecla Sport, que promete comportamento mais esportivo,
com um mapa de calibração do motor diferente.
Na comparação com a versão Freedom 1.8, que continua sendo
oferecida a partir de R$ 82.930, a 2.4 ganha equipamentos como capota marítima,
retrovisores com rebatimento elétrico, luz de caçamba, sensor de pressão nos
pneus, rodas de 16 polegadas, além da nova cor, branco Polar. A única diferença
visual entre a Freedom 1.8 e a 2.4 é a inscrição AT9, referente ao câmbio. Na
1.8, há uma plaqueta AT6.
Uno
A Fiat
confirmou ainda que lançará o Uno 2017 com um inédito motor 1.0 de 3 cilindros
que já produz em Betim (MG). A nova família de motores GSE, sigla em
inglês para Global Small Engine, ou
pequeno motor global, é formada por 2 propulsores: o outro é um 1.3 de 4
cilindros, que prometem ser mais eficientes do que os atuais. Eles vão equipar
o Uno na linha 2017, que será lançada neste mês de dezembro. A
montadora não deu, no entanto, nenhum dado sobre performance. O carro passará
por reestilização.
Com o novo 3 cilindros, o modelo
ficará em linha com concorrentes que também usam esse tipo de motor, como
o Volkswagen Up!. Este motor de 3 cilindros terá 6 válvulas, e não deve
alcançar os 80 cavalos. A ideia da marca é oferecer mais torque em faixas de
rotação entre 1.500 e 2.500 rotações por minuto. O torque máximo, obtido em
rotações mais elevadas, deve ser de mais de 10 kgfm.
O Mobi, "irmão"
caçula do Uno, deve ganhar o 1.0 GSE, mas ainda não há uma data definida. Ele
inclusive pode ter os dois motores de 1 litro ao mesmo tempo - o atual, Fire,
seria aplicado nas versões de entrada e o GSE, nas mais caras.
Honda
Após a
apresentação do novo Civic, que ganhou um visual mais arrojado, a Honda traz
uma de suas estrelas globais no Salão de São Paulo. É o WR-V (foto), um novo crossover
compacto e menor do que o HR-V, este último já conhecido dos brasileiros. A apresentação
em São Paulo contou com a presença do CEO mundial da Honda, Takahiro Hachigo.
A plataforma
e conjunto mecânico do WR-V são emprestados do Fit, com quem ele compartilha
também a plataforma de construção. De acordo com a empresa, o modelo foi o
primeiro desenvolvido completamente no Brasil e se baseou nas demandas dos
consumidores daqui e de outros países da América Latina. A Honda não divulgou
detalhes técnicos do WR-V, nem mesmo o interior. O motor deve ser o já
conhecido 1.5, de 116 cavalos de potência, aliado a câmbio automático do tipo
CVT. O preço ficará entre o Fit, que começa em R$ 57 mil, e o HR-V, que tem
preço inicial de R$ 79.900.
Segundo a Honda, o WR-V será a
porta de entrada de um novo grupo de consumidores no mundo dos SUVs. Mas ele
pode também pegar uma parte dos consumidores do HR-V.
Hyundai
Ainda no
segmento dos SUVs, a coreana Hyundai está lançando o Creta, equipado com motores 1.6 ou 2.0. fabricado em Piracicaba, no
interior paulista, o carro também foi mostrado no Salão do Automóvel, mas as
vendas só começam no ano que vem.
O propulsor
terá tecnologia de duplo comando variável de válvulas (D-CVVT), que visa
otimizar o desempenho tanto em baixas como em altas rotações. O 1.6 é o mesmo
do HB20, mas também vai contar com esse recurso.
A montadora não divulgou a potência nem o torque desses
motores para o SUV. No HB20, o 1.6 desenvolve 128 cavalos com álcool e 122 cv
com gasolina.
A Hyundai também vem
mantendo segredo sobre o desenho final do modelo para o mercado brasileiro.
Texto: Marco Antônio
Fotos: Internet