Pesquisar ainda é o melhor caminho
Com o recente reajuste de preços dos
medicamentos, autorizado pelo governo no começo deste mês, o consumidor já
sente no bolso os efeitos do aumento. Além da elevação autorizada, a diferença
de preços entre estabelecimentos pode chegar a
30% em alguns casos. Ou até mais, dependendo do desconto oferecido. A
dica é pesquisar bastante.
Na última quinta-feira, a aposentada
Nely Leonel estava precisando comprar dois remédios: Naprix A 5,5 mg para
pressão e Rosuvastatina cálcica, que ajuda no controle dos níveis de colesterol.
Após ligar em quatro farmácias, ela constatou que o Naprix pode ser encontrado
por preços que variam de R$ 38,69 a R$ 71.06. No caso do outro medicamento foi
constatada também variação nos preços, que podem oscilar entre R$ 94 e mais de
R$ 100, sem desconto.
A
aposentada optou por comprar em uma farmácia que oferecia os maiores descontos.
O Naprix (foto) saiu por R$ 38 e a Rosuvastatina por R$ 53.29. “Sempre pesquiso muito
antes de comprar. Sou aposentada e minha renda não é muita”, afirma dona Nely,
acrescentando: “o que gasto com telefone (para pesquisar) não chega à metade do
que economizo”. O estabelecimento escolhido fica no começo da rua Virgílio de Rezende e apresenta um intenso movimento ontem, com grandes filas de clientes.
Preços na internet
Segundo o site www.medicamentos.med.br o preço do Naprix A 5,5mg, por
exemplo, está entre R$ 45,36 até R$ 48,53, mas em Itapetininga está sendo
comercializado a mais de R$ 70. No mesmo site, a Rosuvastatina pode ser
encontrada por R$ 78,20.
Reajuste
Desde o começo deste mês, o governo
autorizou o reajuste de até 7,7% para mais de 9 mil medicamentos. Este índice é
o valor máximo que o fabricantes podem subir os preços neste ano.
O reajuste foi definido pela Câmara
de Regulação do Mercado de Medicamentos e abrange três níveis de remédios,
conforme o perfil da concorrência dos produtos.
O
nível 1, que tem o maior percentual de reajuste, inclui remédios como omeprazol
(gastrite e úlcera); amoxicilina (antibiótico para infecções urinárias e
respiratórias). No nível 2, cujo percentual é de 6,35%, estão, por exemplo,
lidocaína (anestésico local) e nistatina (antifúngico). No nível 3, que tem o
menor índice de aumento, 5%, ficarão mais caros medicamentos como ritalina
(tratamento do déficit de atenção e hiperatividade) e stelara (psoríase).
A
autorização para reajuste leva em consideração três faixas de medicamento, com
mais ou menos participações de genéricos. O reajuste segue a lógica de que nas
categorias com mais genéricos a concorrência é maior e, portanto, o reajuste
autorizado pode ser maior.
O ajuste de preços considera a inflação
acumulada em 12 meses até fevereiro, calculada pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), e que ficou em 7,7%. Em 2014, o reajuste máximo
autorizado foi de 5,68%.
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