Com o mundo se transformando rapidamente, é preciso
estar aberto às mudanças
Dois mil e
vinte chegou! Para muitos, parece um sonho que o mundo tenha chegado tão longe.
Basta lembrar que, há pouco mais de 20 anos, muitos davam como certo o fim dos
tempos, durante a passagem do milênio.
Em 1999, o
grande fantasma do fim do mundo era caracterizado como o Bug do milênio, uma
pane nos computadores que poderia levar a economia mundial a um colapso. O
temor era de que os computadores da época não entendessem a mudança de data. De
fato, houve um ou dois problemas, mas foram pontuais e sem gravidade. O mundo,
obviamente, não acabou.
O nosso
querido planeta azul não acabou, mas mudou muito nos últimos anos. O
aquecimento global é um fato que não pode ser ignorado e tem como principal
fator propulsor a ação do homem.
Mudanças
profundas na política mundial criaram um novo quadro geopolítico: o atentado às
Torres Gêmeas em setembro de 2001, a caçada
à Osama Bin Laden, o surgimento do Estado Islâmico, os atentados de
Paris, as guerras na Síria e no Iêmen (esta última, com bem menos visibilidade,
mas tão horrenda quanto a outra, ou até pior), o franco atirador que atacou uma
mesquita na Nova Zelândia. Tudo isso – e muito mais – aconteceu nos últimos 20
anos.
O mundo tem assistido a escalada da extrema direita, que avança na Europa
e em outras nações, como o Brasil. Aqui, embora não seja extremista, a direita
chegou ao poder com o discurso de combate à corrupção, à velha política e
prometendo mudanças. Mas estas mudanças, cheias de viés ideológico (embora o
presidente negue) parecem ter como objetivo desconstruir tudo o que foi feito
por governos anteriores, ainda que muitas dessas ações estejam funcionando.
Para 2020, há
sinais claros que o país começa a se recuperar da crise. Esta é uma das
certezas que temos, pelo menos para o primeiro semestre do ano. Como vivemos em
um mundo globalizado, com mudanças acontecendo a toda hora e muito rápido, é
difícil prever como chegaremos em 2021.
No cenário
político internacional, as incertezas são ainda maiores. A saída da Inglaterra
da União Europeia parece uma novela sem fim. e o final, se houver, pode ser
surpreendente. Em Israel, a incapacidade de se formar um governo resultou na
dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições. Nos Estados Unidos,
cresce a pressão para um processo de impeachment do presidente Donald Trump. Se
a história do mundo fosse um livro de mistério (e quem disse que não é?) seria
um best seller com final desconhecido até pelo autor.
Diante de
tantas incertezas, algumas certezas se mostram claramente. Novas lideranças
estão surgindo no mundo todo, como a ativista Greta Thunberg, que certamente
deu novo folego à luta pelo meio ambiente, ou a nova primeira-ministra da
Finlândia, Sanna Marin, de apenas 34 anos, a mais jovem a ocupar o cargo.
Também podemos ter a certeza de que o discurso de ódio,
seja de esquerda ou de direita, não resistirá por muito tempo. Basta ver as
milhares de pessoas que apoiaram a senadora italiana Liliana Segre, de 89 anos,
sobrevivente do Holocausto, que recebeu ameaças. E o ano começou com o recrudescimento da tensão entre os Estados Unidos e irã, após o presidente Donald Trump ordenar o ataque que matou o general Qassem Soleimani, o segundo homem mais poderoso do Irã. O mundo aguarda com grande expectativa o desenrolar dos fatos. Podemos esperar então um ano
cheio de surpresas. E, em um piscar de olhos, já estaremos em 2021!
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