Em 12 meses, índice acumula alta de 4,34%
O IBGE divulgou nesta semana dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O Índice, usado para medir a inflação oficial, apresentou variação de 0,71% em janeiro, 0,34 ponto percentual abaixo da
taxa de 1,05% registrada em dezembro. Este é o maior resultado para um mês de
janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15
acumula alta de 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses imediatamente
anteriores. Em janeiro de 2019, a taxa foi de 0,30%.
Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta na passagem de dezembro para janeiro. A maior variação (1,83% ponto percentual) e o maior impacto (0,45 p.p.) ficaram com o grupo Alimentação e bebidas, embora tenha havido desaceleração em relação ao resultado do mês anterior (2,59%). A segunda maior contribuição (0,17 p.p.) veio dos Transportes (0,92%), cuja variação ficou próxima à registrada em dezembro (0,90%). No lado das quedas, o destaque ficou com Habitação (-0,14%), com impacto de -0,02 p.p. no índice de janeiro. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Artigos de residência e a alta de 0,47% em Despesas pessoais.
Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta na passagem de dezembro para janeiro. A maior variação (1,83% ponto percentual) e o maior impacto (0,45 p.p.) ficaram com o grupo Alimentação e bebidas, embora tenha havido desaceleração em relação ao resultado do mês anterior (2,59%). A segunda maior contribuição (0,17 p.p.) veio dos Transportes (0,92%), cuja variação ficou próxima à registrada em dezembro (0,90%). No lado das quedas, o destaque ficou com Habitação (-0,14%), com impacto de -0,02 p.p. no índice de janeiro. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,01% em Artigos de residência e a alta de 0,47% em Despesas pessoais.
Grupo
|
Variação
(%)
|
Impacto
(p.p.)
|
||
Dezembro
|
Janeiro
|
Dezembro
|
Janeiro
|
|
Índice
Geral
|
1,05
|
0,71
|
1,05
|
0,71
|
Alimentação
e bebidas
|
2,59
|
1,83
|
0,63
|
0,45
|
Habitação
|
0,25
|
-0,14
|
0,04
|
-0,02
|
Artigos
de residência
|
-0,84
|
-0,01
|
-0,03
|
0,00
|
Vestuário
|
0,09
|
0,10
|
0,00
|
0,01
|
Transportes
|
0,90
|
0,92
|
0,16
|
0,17
|
Saúde e
cuidados pessoais
|
0,22
|
0,35
|
0,03
|
0,04
|
Despesas
pessoais
|
1,74
|
0,47
|
0,19
|
0,05
|
Educação
|
0,09
|
0,23
|
0,01
|
0,01
|
Comunicação
|
0,66
|
0,02
|
0,02
|
0,00
|
Fonte:
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços,
Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.
|
A desaceleração do grupo Alimentação e bebidas (1,83%)
é explicada principalmente pelo resultado da alimentação no domicílio (2,30%),
cuja alta foi inferior à registrada no IPCA-15 de dezembro (3,62%).
Contribuíram para isso as carnes, que passaram de uma alta de 17,71% no mês
anterior para 4,83% em janeiro. Ainda assim, o item foi responsável pela maior
contribuição individual no índice de janeiro, com 0,15 p.p. Itens como as
frutas (3,98%) e o frango inteiro (4,96%), por sua vez, aceleraram na
comparação com dezembro (1,67% e 2,43%, respectivamente). No lado das quedas, o
destaque ficou com a cebola, com -5,43% de variação e impacto de -0,01 p.p. no
resultado do mês.
Comer fora de casa, por sua vez, ficou 0,99% mais caro, sobretudo por conta do aumento nos lanches e nas refeições, de acordo com o IBGE.
Transportes
Locomover-se pelas cidades também ficou mais caro em janeiro, principalmente devido a gasolina, que teve alta de 2,64%; e dezembro, o combustível já havia subido 1,49%. Todas as regiões pesquisadas apresentaram alta nos preços do combustível, que foram desde o 0,58% em Belém até os 4,60% em Fortaleza. Além disso, os preços do etanol e do óleo diesel também subiram (altas de 4,98% e 1,47%, respectivamente).
Ônibus
Comer fora de casa, por sua vez, ficou 0,99% mais caro, sobretudo por conta do aumento nos lanches e nas refeições, de acordo com o IBGE.
Transportes
Locomover-se pelas cidades também ficou mais caro em janeiro, principalmente devido a gasolina, que teve alta de 2,64%; e dezembro, o combustível já havia subido 1,49%. Todas as regiões pesquisadas apresentaram alta nos preços do combustível, que foram desde o 0,58% em Belém até os 4,60% em Fortaleza. Além disso, os preços do etanol e do óleo diesel também subiram (altas de 4,98% e 1,47%, respectivamente).
Ônibus
Ainda em Transportes, a alta do item ônibus urbano
(0,30%) foi puxada pelos reajustes de tarifas de 10,00% em Brasília (0,60%), em
vigor desde o dia 13 de janeiro, e de 2,32% em São Paulo (0,93%), desde 1º de
janeiro. O mesmo percentual de reajuste (2,32%) foi aplicado, na mesma data,
também às passagens de trem e metrô em São Paulo. Com isso, os
resultados gerais dos dois itens foram de 0,61% e 0,69%, respectivamente. A
variação do item táxi (0,28%), por sua vez, decorre do reajuste médio de 2,20%
nas tarifas praticadas no Rio de Janeiro (0,85%), válidas desde 2 de janeiro.
Por fim, destaca-se o reajuste médio de 14,00% nas passagens dos ônibus
interestaduais (2,91%) em Salvador (2,88%), a partir de 5 de dezembro.
Habitação
houve uma queda no índice de 0,14%, influenciada pela queda no custo da energia elétrica (-2,11%), Todas as áreas pesquisadas apresentaram variações negativas, que foram desde o -0,61% em São Paulo até os -4,46% em Fortaleza, onde houve redução da alíquota de PIS/COFINS. Em janeiro, foi mantida a bandeira tarifária amarela, que adiciona na conta de luz R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Ainda em Habitação, o resultado do item gás encanado
(0,49%) é consequência do reajuste de 2,45% nas tarifas no Rio de Janeiro
(variação de 1,01%), vigente desde 1º de janeiro. Já no item taxa de água e esgoto (0,25%),
destaca-se o reajuste de 18,00% nas tarifas em Belém (16,98%), em vigor desde
14 de dezembro. O gás de botijão, por sua vez, apresentou variação de 0,21%,
após reajuste de 5% concedido pela Petrobras no preço do botijão de 13 kg, nas
refinarias, no dia 27 de dezembro.
Alta
Alta
Nos índices regionais, todas as regiões pesquisadas apresentaram
alta de dezembro para janeiro. O maior resultado foi observado na região
metropolitana de Belém (1,13%), influenciado pela alta do frango inteiro
(9,12%). Já o menor índice foi registrado em Brasília (0,29%), por conta da
queda verificada nos preços das passagens aéreas (-7,69%).
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
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