segunda-feira, 15 de novembro de 2021

República: uma conquista com mais de 130 anos

 Democracia e república andam juntas e não podem ser ameaçadas

País comemora hoje proclamação da República


 

            Neste 15 de novembro de 2021, completam-se 132 anos da Proclamação da República em nosso país. Um evento marcante, que decretou o fim da monarquia brasileira e colocou o Brasil no rumo da democracia republicana, ao lado das principais nações do planeta.

            Mas não é fácil consolidar um regime democrático em um país onde existem tantas e tão profundas desigualdades sociais, que parecem remeter à Europa Medieval. Construir uma nação que ofereça oportunidades, direitos e justiça de maneira equilibrada para seus habitantes não é uma tarefa que se execute da noite para o dia.

            Não é porque a elite decidiu o fim do regime imperial, que a república e a democracia caíram do céu e se consolidaram plenamente já nos primeiros anos da chamada Velha República. Até porque, a Proclamação da República não ocorreu porque a elite brasileira queria um país melhor para todos, mas sim porque essa elite estava insatisfeita com o imperador Dom Pedro II. Afinal, foi sob o seu reinado, por exemplo, que a escravatura foi abolida; também durante este reinado aconteceu a Guerra do Paraguai. Foi a partir deste conflito que os militares brasileiros começaram a exigir aumento salarial e uma maior participação política.

            A confluência de interesses entre a elite escravagista e os militares insatisfeitos tinha como objetivo assumir o poder. Mas para isso, era preciso derrubar a monarquia. E foi isto que aconteceu em 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república.

            Para alguns historiadores, o marechal (que estava doente na ocasião) foi manipulado pelos políticos, que o fizeram acreditar que só queriam derrubar o gabinete do Visconde de Ouro Preto (Afonso Celso de Assis Figueiredo), composto por vários ministros e quem, de fato, decidia os rumos da política no país. Como se pode notar, a república brasileira teve início para atender aos interesses de um pequeno grupo da sociedade.

            Hoje, passados mais de 130 anos da Proclamação da República, ainda há muito para se fazer para que este país se torne uma nação melhor. Uma parcela da elite brasileira continua pensando e agindo exatamente como século 19. E a nossa democracia, que vem se consolidando desde a Constituição de 1988, raras vezes foi tão atacada como atualmente.

Vivemos um tempo de grande desenvolvimento tecnológico. Mas e as relações humanas? Como estamos vendo o nosso semelhante? Como um ser humano que merece respeito e dignidade, ou como um inimigo? Um obstáculo desagradável sobre o qual não hesitarei em passar por cima, como um rolo compressor, para atingir meu objetivo? Nossa sociedade está mesmo interessada em criar uma nação com oportunidades e justiça para todos? Ou vivemos como na idade Média, quando havia os senhores feudais e os vassalos? Que país deixaremos para as futuras gerações? Reflitamos sobre isso.

sábado, 30 de outubro de 2021

Clima extremo pode afetar produção de alimentos?

 Mudanças climáticas são aceleradas pela ação humana

Ilha de lixo localizada no Oceaano Pacífico

 

            Nos últimos anos, mudanças climáticas extremas, provocadas pelo aquecimento global (que por sua vez é acelerado pela ação do homem) têm feito os cientistas se debruçarem sobre o assunto, alertando sobretudo para os perigos de o planeta enfrentar um futuro sombrio. O assunto é tão importante que foi abordado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro último. Ele destacou a necessidade da humanidade se unir para “combater as mudanças climáticas”, e ainda deu um puxão de orelha no mundo. “esta geração se comporta como adolescentes. É preciso amadurecer”.

            O alerta de Johnson, que no passado chegou a duvidar do aquecimento global e das mudanças climáticas, mostra como este tema está ligado à própria existência da raça humana. Temperaturas extremas, secas, desmatamentos, incêndios florestais que consomem grandes extensões de mata e até cidades, chuvas torrenciais. Tudo isso foi registrado no planeta em 2021. E é claro que tudo isso afeta a vida na Terra. Por isso, cientistas e lideranças afirmam que algo precisa ser feito desde já.

            Neste domingo, 31, começa a COP 26, em Glasgow, na Escócia. O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), reunirá as maiores potências mundiais para discutir as mudanças climáticas. Até o próximo dia 12 de novembro, serão discutidos assuntos como: financiamento e compensações por perdas (assuntos que interessam principalmente aos países pobres) e a implementação efetiva do Acordo de Paris, sobre transações internacionais de carbono e o regramento do novo Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável, que deverá nortear os rumos da economia mundial.

            Autoridades de todo o planeta alertam que as mudanças estão próximas de um patamar irreversível e que ações precisam ser adotadas desde já ou a própria existência da espécie humana estará ameaçada.

 

Alimentação

            A produção de alimentos, por exemplo, que depende sobremaneira do clima, pode ser afetada pelas mudanças climáticas extremas. No caso do Brasil, especialistas ouvidos pela reportagem descartam a hipótese de desabastecimento, mas apontam para uma mudança no perfil de consumo de alimentos, em razão da alta de alguns produtos. Eles alertam ainda que os pequenos produtores são os mais afetados pelas mudanças, já que dependem muito da água, por exemplo, e o país está passando por uma grave crise hídrica. Mas os profissionais apontam caminhos para superar o problema e conciliar produção com preservação ambiental e gerar renda para as famílias no campo.

            Para o Engenheiro florestal Fábio Spina França e o pesquisador Orlando Freire, do Instituto Florestal em Itapetininga, “as mudanças climáticas têm e terão influência direta na produção de alimentos, quer seja através da redução e da distribuição das chuvas ao longo do ano, quer seja no aumento da temperatura média. Estas variações, afetam o ciclo fisiológico das plantas interferindo diretamente na sua produção e produtividade da cultura”, afirmam os especialistas.

Sobre a possibilidade de haver desabastecimento, França é taxativo: “não acredito no desabastecimento de alimentos. Deveremos ter sim redução na oferta, que levará a mudança no perfil de alimentos consumidos e da redução de desperdícios ao longo da cadeia produtiva, de distribuição (CEASA e, supermercados) e do consumidor final”.

Embora descarte o desabastecimento, França ressalta que os preços dos produtos podem subir no mercado interno e isto se deve, em parte, ao fato do Brasil exportar boa parte de sua produção.

“É a lei da oferta e da demanda”, explica o engenheiro, “a exportação é excelente para o país, gerando divisas. Porém, com a geração de divisas deveria ter redução dos impostos pagos em todos os produtos, principalmente com a gasolina e diesel, que impactam no custo da produção e distribuição de alimentos; e redução nos impostos sobre alimentos”, diz Fábio França, acrescentando: “e por que temos que ter essa carga absurda de impostos? Para compensar a ineficiência do Estado?”.

 

Desmatamento e queimadas

Área de queimada em Itapetininga


Sobre a questão do desmatamento (que ultrapassou os 10 mil km2 em 2020) e das queimadas, que no final de setembro atingiam quatro estados e o Distrito Federal, destruindo milhares de hectares de mata, França explicou que “há desmatamento que é permitido e o desmatamento criminoso. O agricultor sabe que precisa de água para produzir alimentos, carne etc. O que precisamos é coibir o desmatamento ilegal, aquele que não respeita os limites estabelecidos para preservação ambiental e que são feitos criminosamente". 

Completando o pensando do colega, Orlando Freire diz que “as queimadas são outro problema a ser analisado. Existe o incêndio natural. Veja, por exemplo, a formação florestal denominada cerrado, as árvores possuem modificações adaptativas, como a casca mais grossa, pois ocorre o fogo espontâneo, devido ao calor, falta de água e plantas secas. Outro incêndio é aquele que, numa situação de extrema seca, o fogo passa a gerar suas próprias condições de propagação e se torna em uma situação devastadora. Os governos deveriam ter um sistema nacional de combate a incêndios, com aviões, helicópteros e equipes capacitadas e treinadas para combater qualquer incêndio no começo. Veja que o combate ao fogo em áreas declivosas é extremamente difícil por causa da topografia e de não existir estradas que cheguem próximo ao local de incêndio, todo esse atraso para início do combate é favorável para aumento da área queimada e de suas consequências negativas para avifauna e a vegetação natural”.

Segundo os especialistas, existem caminhos para que os produtores rurais consigam produzir sem degradar a natureza. Mas o primeiro passo é distinguir os pequenos agricultores dos médios e grandes. “Precisamos aqui distinguir o pequeno, médio e grande produtor rural, pois o perfil de degradação em cada um dos casos é diferenciado”, explica Fábio França, acrescentando que “apesar de existirem esses diferentes tipos de produtores, o objetivo é o mesmo: obter lucro em sua propriedade”.

“Os pequenos agricultores são os mais frágeis socialmente, buscando sobreviver do que a terra lhes fornece. Usam métodos antigos de produção; poucos aprimoram suas técnicas, quer seja devido à resistência a novos conhecimentos e técnicas, ou ao fato de terem pouco capital de giro para implementar aumento de sua produção”, ressalta Orlando Freire.

Para o engenheiro Fabio Spina França, “com toda certeza, é possível conciliar a produção com o meio ambiente. É a combinação harmônica desses dois elementos que geram riqueza e sustentabilidade. A temática atual é a neutralização de carbono na produção de bens de consumo, seja qual for este bem, e esta tendência ganha força principalmente no setor dos agronegócios”, afirma França.

De acordo com esta fonte, entre as atividades do setor agropecuário, “uma das mais impactantes é a pecuária, pois o metano, gás que é liberado durante o processo digestivo dos animais é um dos principais causadores do efeito estufa, responsável pelas mudanças que vem sendo sentidas no clima”.

Para amenizar este problema, Fábio França cita como exemplo “os sistemas de produção em consórcio, onde se produz árvores e pecuária, por exemplo, que têm se mostrado eficazes pra conseguir a neutralização. Outra tendência já consolidada é o plantio direto nas palhadas da cultura anterior. Não se faz o revolvimento do solo tradicional com arados e grades. Está prática, tem sido responsável principalmente pela conservação do solo, sem perdas excessivas de solo e de umidade, condições suficientes para o estabelecimento das novas culturas, aumentando significativamente a produtividade, principalmente as que puxam a balança comercial brasileira; isto é constatado anualmente pela quebra sucessiva dos recordes de produção agropecuária”, afirmou o engenheiro

Segundo o pesquisador Orlando Freire, os pequenos agricultores são os mais afetados pelas mudanças no clima, “porque são mais frágeis socialmente e tecnicamente”.

 

Iniciativas

            O pesquisador afirma que “qualquer pessoa sobrevive produzindo dinheiro. Então, o produtor rural adotando medidas de proteção ambiental, deve e necessita receber por esse serviço. Na propriedade rural. o meio ambiente faz parte de um todo maior, porém não é um bem público. Tem ainda, o repasse de verbas do estado a título do ICMS verde, que beneficiam os municípios que preservam e conservam suas áreas naturais e nestes casos, vários municípios da nossa região são beneficiados, principalmente os da região de Casa Bonito e Itapeva, e os do vale do Ribeira”, diz Freire.

 

Leia matéria completa na revista Hadar (www.revistahadar.com.br)

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A imigrante sérvia que fugiu do Nazismo e veio para o Brasil

Livro conta a história de Nevenka Paunovic



            Uma jornada pela vida e pela liberdade. Assim pode ser definida a história da imigrante sérvia Nevenka Paumovic, que deixou sua terra para escapar dos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, e chegou ao Brasil, onde constituiu família e viveu em paz.

            Para contar a trajetória de Nevenka e relembraar os 80 anos da invasão nazista na Sérvia, o delegado aposentado Jorge Paumovic, filho de Nevenka, lança nesta quinta-feira, dia 28, às 19:30 no Teatro do SESI, o livro O Danúbio Vermelho.

            A obra também propõe uma reflexão sobre as raízes das famílias e os impactos da guerra em nossas vidas. Haverá ainda um debate com o autor, mediado pelos jornalistas Carla Monteiro, Fábio Arruda Miranda e Guto Nunes, bem como a exposição de objetos pessoais de Nevenka Paunovic durante seu período de refugiada. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas.

 

Protocolos

Por conta da pandemia do COVID 19 serão seguidos todos os protocolos de segurança e será obrigatória a reserva prévia do ingresso para a entrada, bem como a utilização de máscara durante todo o evento. O teatro do SESI de Itapetininga está localizado na Avenida Padre Antônio Brunetti, 1.360.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Sesi recebe exposição de arte popular

 Mostra acontece no Sesi até 11 de dezembro

Esculturas da mostra


 

            A cultura popular brasileira e suas diferentes manifestações é o tema central de exposição que acontece na unidade do Sesi de Itapetininga. A mostra foi aberta oficialmente na sexta-feira, 22, e pode ser visitada até o dia 11 de dezembro. A entrada é gratuita.

            A exposição Criar, Fazer, Viver, tem por objetivo, segundo a curadora Vera Cardim, “mostrar um pequeno panorama da cultura brasileira e sua diversidade; o que a gente chama de cultura brasileira tem várias facetas, e o que nos une é também essa diversidade, estas facetas, esse contatos”, afirmou Vera. Ela destaca que muitos trabalhos mantêm “suas características de grupos distintos e muito específicos, e outros já apresentam aquela mistura; a intenção é mostrar como nós temos uma produção cultural dos povos indígenas, da arte e cultura cabocla e da cultura popular, que não fica devendo em nada ao mercado da arte”, comentou a curadora.

            Embora não haja nenhuma obra especifica da comunidade quilombola nesta mostra, a curadora afirma que “com certeza temos peças aqui ligadas à cultura quilombola”. Vera Cardim ressalta ainda que “quando você pensa em cultura popular, a mistura da matriz afro está muito presente”.

 

Transformação

            Vera Cardim afirma que “a cultura (popular) nunca desaparece como um todo; ela pode se transformar”. De acordo com a curadora, “a cultura pode ser preservada através de sua divulgação, como uma exposição, por exemplo”. Vera também afirma que existem manifestações de cultura popular também nas grandes cidades, com festas como a do Divino Espírito Santo. “Se você for em uma igreja de bairro, as festas estão lá acontecendo”.

            “As expressões populares estão sempre em um campo de disputa com os grandes meios de comunicação. E quando falamos nos grandes meios, pensamos no mercado, que impõe uma produção distante da cultura popular, mas eu acredito que ela (cultura popular) persiste e de tempos em tempos temos de promover este contato, principalmente para as crianças e jovens, para que conheçam a história que tem a ver com seus antepassados”, afirma Vera. Ela ainda se surpreendeu ao saber que que o folclorista e historiador Rossini Tavares de Lima, um dos criadores do Centro de Pesquisas Folclóricas Mário de Andrade, vinculado ao Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, e do Museu de Artes e Técnicas Populares Mário de Andrade, é nascido em Itapetininga. A curadora disse "ser possível que parte (das peças da mostra) tenha sido colhida diretamente por ele, Rossini, mas não tenho como afirmar".

 

Obras

            A exposição Criar, Fazer, Viver, traz para o Espaço Galeria, no Sesi, 53 obras de arte indígena, peças da cultura caipira e cabocla, e de tradições de matrizes africanas. A mostra é uma oportunidade de ampliar o acesso do público a` cultura popular e ao repertório visual tradicional de regiões distintas do país. Os bens culturais expostos – em tela, papel, barro ou madeira – documentam poéticas das mais variadas, confirmando a diversidade de referências e a potência instintiva do povo brasileiro”, ressalta a curadora Vera Cardim.

As criações selecionadas fazem parte do acervo do Museu das Culturas Brasileiras, pertencente ao Departamento de Museus da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, instituição referência em pesquisa e difusão do patrimônio cultural, material e imaterial, do povo brasileiro.

SERVIÇO: 
Exposição Criar, Fazer, Viver

LOCAL: Sesi Itapetininga – Av. Padre Antônio Brunetti, 1360 – V. Rio Branco

PERÍODO: de 22 de outubro a 11 de dezembro de 2021

HORÁRIO: terça a sábado, das 9h às 20h

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

INFORMAÇÕES: (15) 3275-7952

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Sorria! E viva mais e melhor!

 O ato de sorrir traz benefícios físicos e mentais



 

            Encarar a vida com um sorriso no rosto pode não resolver todos os seus problemas, mas certamente deixa a jornada mais leve. Afinal, quem não gosta de receber um sorriso, seja em um simples bom dia ou ao encontrar aquele velho amigo que há tempos não vê? Quem não sorri ao chegar em casa e ser recebido com todo amor por seu cachorro?

            Os cientistas já sabem que sorrir faz bem para o corpo, pois libera hormônios que ajudam na sensação de prazer. Então, realmente rir é o melhor remédio! E não precisa apreciar com moderação! Ao contrário: ria muito. Sua saúde agradecerá.

            O sorriso é algo tão importante que tem seu próprio dia para ser festejado: 1º de outubro é o Dia Mundial do Sorriso. Quando sorrimos, nosso cérebro recebe as informações e, de lá, manda reações motoras. Quando sorrimos, comunicamos ao nosso cérebro que estamos felizes. Nosso corpo reage com gestos mais leves.

Segundo Abilene Rodrigues, jornalista e especialista em Neurociência em Performance Humana, mesmo quando se está triste, ao emitir um sorriso “forçado”, comunicamos ao nosso cérebro que estamos bem. Esse sorriso foi estudado e defendido em meados do século XIX pelo neurologista Guillaume Duchenne, como um sorriso diferente.

Nada de ruim tem nele, tampouco falso. É um tipo de sorriso que se origina com a contração dos músculos zigomáticos maior e menor próximo à boca, que, por sua vez, elevam os cantos dos lábios. Quando você começa a praticá-lo, o cérebro entende que você está feliz e todo o seu corpo reage com emoções positivas. Ele libera dopamina e endorfina, responsáveis pela sensação do prazer ou de anestesiar os sofrimentos que estamos passando. Isto, por sua vez, reduz a liberação de cortisol, o hormônio do estresse. Lógico que é melhor estarmos felizes para sorrir, mas independente se ele for natural ou espontâneo, o sorriso oferece uma série de benefícios. Inclusive é um grande amortecedor. “Quando chegamos em um lugar e ninguém nos conhece, o sorriso é um grande amortecedor, pois passamos a sensação de otimismo, simpatia e leveza”, afirma a jornalista". Veja matéria completa na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br)


quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Tecidos antivirais para carros

 Tecnologia inovadora tem ação bactericida e antiviral

Os tecidos retém sujeira e vírus


             Um dos efeitos da pandemia do coronavírus na indústria automobilística é o aumento da preocupação das montadoras com a saúde das pessoas, principalmente em veículos de uso coletivo ou famílias grandes que usam o carro todo dia. Nesta linha de pensamento está o uso de materiais que combatem inimigos invisíveis, como bactérias, vírus e até gases nocivos, como os que saem do escapamento.

            Alguns veículos usam filtro de ar-condicionado com uma camada de carvão ativado, que segura o mau cheiro e parte da poeira, fungos e bactérias. Mas, por ser uma matéria-prima cara, o carvão ativado só é usado em veículos topo de linha. Mesmo assim, seu uso tem aumentado, devido à alta capacidade de absorção e desintoxicação. Essas caraterísticas fazem com que o carvão ativado seja usado em inúmeros produtos, incluindo pasta de dente e enxaguante bucal.

Por esta razão, os fabricantes estão buscando alternativas para o uso do material, como por exemplo, em tecidos e revestimentos de várias partes do veículo.



            Estudos estão sendo feitos para avaliar a eficácia do produto em revestimentos. Em alguns casos, a capa que recobre o tecido dos bancos do carro, feito em poliamida, conta com um fio de ação bactericida e antiviral, inclusive contra o coronavírus. Este fio possui poros onde é introduzida prata. Com isto o fio pode ser transformado em diferentes texturas e cores; até roupas já estão sendo fabricadas com esta tecnologia. Este tecido tem ação duradoura (mesmo após muitas lavadas) e as montadoras já estudam oferecer bancos feitos com este material. Também estão sendo desenvolvidos tecidos voltados para o transporte coletivo

 

Mais tecnologia

Em alguns veículos, sensores monitoram o nível de poluição das ruas por onde o automóvel está passando. Em caso de números altos, o sistema fecha automaticamente a entrada de ar e ativa a recirculação no interior do carro, impedindo a entrada de poluição e sujeira. Outra tecnologia que está sendo testada usa altas temperaturas para eliminar inimigos invisíveis que possam estar se escondendo no interior do seu carro. Tudo isso em nome da saúde das pessoas!

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Engenheiro florestal: especialista fundamental nos dias de hoje

 Profissional atua para promover produção sustentável


            Neste dia 12 de julho, é comemorado o dia do Engenheiro Florestal, profissional que promove o uso sustentável dos recursos naturais. Em tempos onde a questão ambiental e o crescimento econômico devem andar lado a lado para proporcionar um desenvolvimento sustentável, o papel do engenheiro florestal torna-se a cada dia mais importante.

            Profissional com larga experiência na área, Antônio Orlando da Luz Freire Neto trabalha no Instituto Florestal de Itapetininga, localizado no bairro do Barro Branco. Em entrevista ao Marconews, ele conta como é a profissão que exerce

“O engenheiro florestal é o profissional que promove o uso sustentável dos recursos naturais”, explica Orlando Freire.

Ele ressalta que “nesta época de aquecimento global e mudanças climáticas, (o engenheiro florestal) tem papel fundamental na captura de carbono emitido pela atividade humana, com o plantio e manutenção de áreas florestais naturais e florestas para fins econômicos”. Freire lembra que “as árvores, através de seu metabolismo, conseguem capturar o carbono emitido e presente na atmosfera e transformá-lo em madeira e produtos que não sejam madeira, de larga aplicação para benefício do homem”.

“Neste contexto, além de promoverem a conservação e a preservação de matas e florestas nativas, constroem e arquitetam maciços florestais com fins comerciais. Trabalham com o intuito de melhorar a produção e promover a produção sustentável de produtos florestais”, diz Orlando Freire sobre o papel do engenheiro florestal, acrescentando que estes profissionais “são responsáveis por estudar e interpretar ecossistemas florestais naturais, de modo a propor estratégias sustentáveis para a utilização racional destes recursos: produção de água, prospecção de fármacos, conservação de fauna e flora, turismo e lazer entre outras atividades”.

 

Pesquisas

Ainda de acordo com Freire, os engenheiros florestais “selecionam plantas potenciais, identificam e classificam espécies botânicas e analisam sua adaptação ao ambiente, promovendo sua multiplicação. Neste sentido, essencialmente, realizam pesquisas e experimentações, indo do melhoramento genético, formas de implantação e condução florestal; bem como seu uso sustentável”.

 

Papel importante

“Através das pesquisas florestais aliadas à legislação florestal, o Brasil tem importante papel no mercado internacional; é responsável por parte significativa da produção de celulose e papel de eucalipto. Recentemente, vem se formando como grande produtor de resina de pinus, ocupando a segunda posição no mercado mundial com tendências fortes de alcançar a primeira posição nesta matéria-prima; fonte de produtos utilizados largamente nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, de tintas e solventes entre outras”, afirma Orlando Freire. Esta situação se deve, segundo ele “ao conhecimento, expertise das técnicas de produção e implantação florestal, bem como o fato das florestas serem plantadas. Tanto o eucalipto, como o pinus, têm papel de destaque no nosso município e região e isto alavanca o desenvolvimento regional. O pinus principalmente tem promovido significativas mudanças em municípios da nossa região: melhorando a qualidade de vida, arrecadação, geração de renda e postos de serviços e, principalmente fazendo surgir pequenos e microempresários voltados a exploração; isto significa melhoria dos Índices de desenvolvimento humano destas cidades”.

 

Mais atividades



Orlando Freire cita outras atividades inerentes ligadas à profissão de engenheiro florestal, com destaque para “a arborização de áreas urbanas, ruas, praças e jardins e avaliação dos impactos ambientais de atividades humanas”.

Na avaliação de Freire, “em função do trabalho deste profissional e dos objetivos e compromissos assumidos é possível conciliar a manutenção e aumento das áreas naturais bem como o desenvolvimento econômico como já discorremos. Mais que tudo, é possível assistir e presenciar o retorno de espécies da fauna regional como onças, tamanduás, lobos, aves e outras antes difíceis de serem notadas. É preciso também o comprometimento da sociedade para alcançar estes objetivos e aí outro papel que o engenheiro assume através da educação ambiental e programas específicos voltados principalmente aos escolares”.

 

Região

Freire aponta ainda a interação “com outras produções do agronegócio pelo consórcio com outras atividades: agricultura e pecuária. Nossa região é um importante polo na produção de mel, oriundos deste trabalho nas florestas de eucalipto e nas áreas naturais ao redor destes povoamentos”.

Finalizando. E danda uma dica para quem se interessar pela profissão, Orlando Freire explica que “as escolas de engenharia florestal estão distribuídas no país, especificamente próximo a Itapetininga podemos elencar a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz em Piracicaba; UNESP de Botucatu; UFSCar de Sorocaba e FAIT em Itapeva”.

Dia 12 de julho é destinado a comemoração do dia do engenheiro Florestal pois é dedicado a São João Gualberto que no início do século XI começou um trabalho de reflorestamento ao redor do mosteiro que dirigia.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Família homenageia pai e filho com expedição ecológica

 Filhos e netos de Venâncio Ayres Monteiro instalaram placa em trilha


Família Monteiro

            Filho de família tradicional de Itapetininga, o farmacêutico Venâncio Ayres Monteiro foi um dos profissionais mais conhecidos e queridos não apenas em Itapetininga, mas em várias cidades da Região, nas quais trabalhou e viveu. Ao longo da vida, teve aproximadamente 15 farmácias. Prático, fazia suas próprias fórmulas de remédio. Monteiro faleceu em 2013, aos 83 anos, vítima do Mal de Alzheimer.

            Carismático e dono de um grande coração, tratou e ajudou muita gente. Entre os anos 60, 70 e 80, muitos moradores de Itapetininga buscavam o auxílio com o seu Venâncio. E para quem tem dúvida: sim, ele é parente de Venâncio Ayres, patrono do centenário clube do mesmo nome. Republicano e abolicionista, Ayres deixou Itapetininga e se radicou no Rio Grande do Sul, onde hoje há a cidade de Venâncio Ayres, que recebeu este nome em homenagem ao advogado itapetiningano.

 

Homenagem

Venâncio Ayres Monteiro foi casado com Terezinha Silva Monteiro (atualmente com 92 anos) e teve cinco filhos: Elvira Aparecida Silva Monteiro, Benedito Henrique Monteiro Neto (Didi), Ana Elisa Monteiro, Marco Antonio Silva Monteiro e Antônio Cesar Silva Monteiro (Nenê).

            O patriarca era apaixonado pela natureza e passou essa paixão para os filhos. Há mais de 30 anos a família possui propriedade no Vale do Ribeira. Didi também compartilhava desse amor pela natureza e, até os anos 90, acompanhava o pai e os irmãos nos passeios pela mata. Ele faleceu em 2018, aos 64 anos, de enfarte. Desde então, a família vem planejando homenagear pai e filho, colocando uma placa na trilha que leva às terras da família. Devido à pandemia, o projeto foi adiado, mas, após um planejamento de três meses, finalmente foi realizado no último mês de junho. Saiba agora como foi essa aventura no relato de Marquinho Monteiro, filho de Venâncio e irmão de Didi.

 

Marconews - Como surgiu a ideia de uma expedição em família para homenagear seu pai e seu irmão?



Marco Monteiro - Logo após o falecimento do meu irmão Didi, meu irmão Nenê mandou fazer uma placa em inox para a homenagem, isso há mais de 2 anos, mas daí veio a pandemia e só agora conseguimos fazer a homenagem.



Marconews- Quantas pessoas participaram da expedição? Todas da família? Como foi o planejamento para esta aventura? Quantos dias durou a expedição?

Marco Monteiro

Marco Monteiro - Foram 4 participantes ao todo, se fosse toda família teria de ser um ônibus, foram eu e minha filha mais velha e meu irmão com sua filha mais velha, o planejamento estava sendo feito desde abril, quando decidimos e acertamos a data, após isso feito foram praticamente 3 meses acertando o que comprar e o que levar, mantimentos e equipamentos.

Marconews - Por que escolheram o Petar? No vídeo você aparece colocando uma placa em homenagem ao seu pai e irmão. Onde exatamente a placa foi colocada?

Marco Monteiro - Na Verdade não escolhemos o Petar, apenas faz parte de nosso caminho para chegar em nossas terras que temos há mais de 30 anos no sertão; por meu pai e irmão adorarem o local, onde muitos passeios fizemos juntos e no mesmo local, então foi lá que homenageamos os dois, a placa foi colocada no alto e no final da trilha, local onde acampamos e ficará como referência para próximas expedições.

Marconews - Fale um pouco de seu pai e de seu irmão. Seu pai foi figura de destaque em Itapetininga, mas as novas gerações não o conhecem. Quem foi Venâncio Ayres Monteiro?

Marco Monteiro - Meu pai foi um Farmacêutico muito conhecido em nossa cidade e região, era querido por muitos, ajudou muita gente, fazia suas próprias fórmulas de remédio, teve ao longo do tempo aproximadamente 15 farmácias: em Sete Barras, São Miguel, Gramadinho, Rechã e aqui em nossa cidade todas em épocas diferentes. Faleceu em julho de 2013 com 83 anos vítima do mal de Alzheimer.

Belas paisagens compõem a trilha


Meu irmão Didi foi o cara, amigo, irmão, companheiro, ajudava a todos mesmo sem poder, adorava estar com a gente nessas aventuras e fez muita falta nessa. Faleceu em setembro de 2018 com 64 anos, de enfarte

Marconews - Qual a sensação após realizar a expedição? Ela vai se tornar uma tradição?

Marco Monteiro - A sensação de missão cumprida, foi emocionante, isso porque tínhamos como missão atingir o lugar mais alto que conseguíssemos chegar, foram mais de 3 horas com bagagem pesando aproximadamente 25kg, caminhando sobre pedras e água, subindo a montanha no meio do sertão. Na verdade, essa expedição já é tradição em nossa família, pois a fazemos desde final dos anos 90 ainda com meu pai e o Didi, mas aproximadamente 5 anos atrás que resolvemos tornar frequente, pois além de gostarmos da aventura temos de cuidar do que é nosso.

Marconews - Agora fale um pouco de você

Meu nome é Marco Antônio Silva Monteiro, 58 anos, separado, 4 filhos, trabalho na área de segurança patrimonial, amante da vida, da paz, tento levar a vida dia a dia, sorrindo, feliz, agradeço a cada minuto vivido, sou simples e um amante da mãe natureza no qual tenho maior respeito e admiração. Aos interessados nessa aventura e informações entrar em contato comigo pelo cel15 99729-1706(Zap) agendamos grupos com 8 pessoas no máximo.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Projeto quer destinar celulares apreendidos para escolas públicas

 Iniciativa é de professora itapetiningana e foi encaminhada ao Senado


            Inspirada em uma notícia de que o governo de Minas Gerais iria doar para alunos carentes os celulares apreendidos nos presídios estaduais, a professora itapetiningana Luciana Abreu (foto) encaminhou ao Senado Federal proposta para tornar esta iniciativa em lei nacional. O projeto precisa ter pelo menos 20 mil assinaturas, até setembro, para entrar em discussão.

            Por esta razão, Luciana tem pedido nas redes sociais para que amigos acessem o projeto e apoiem a ideia. O link é: Ideia Legislativa - Doação de celulares apreendidos nos presídios para os alunos das escolas públicas :: Portal e-Cidadania - Senado Federal .

            Ao atingir o apoio de 20 mil pessoas, a ideia se torna uma sugestão legislativa e pode ser debatida pelos senadores. O prazo se encerra no dia 14 de setembro.

            Nesta entrevista exclusiva ao Marconews, Luciana Abreu conta como surgiu a ideia e afirma: “é importante ter novos olhares sobre antigos problemas, a sociedade tem o poder de transformar vidas. O futuro com igualdade, equidade e soberania só é possível através do cuidado que temos com nossas crianças e jovens. Gratidão, se não conseguir, espero que alguém tenha um olhar sobre o assunto e possa proporcionar essa mudança. E que todos os alunos possam ter as mesmas possibilidades”.

            Segundo a professora, a ideia de doar os celulares apreendidos nos presídios para as escolas públicas, auxiliando os alunos mais carentes a terem acesso à pesquisa e tecnologia, “surgiu de um artigo no jornal que abordava justamente isso: os celulares apreendidos nos presídios de Minas Gerais seriam doados para os alunos carentes. Há internet nas escolas, contudo, com o cenário da pandemia, os alunos estão acompanhando as aulas em casa através do app do centro de mídias, além das aulas disponibilizadas pela SEDUC (Secretaria de Estado da Educação), toda a escola está transmitindo as aulas dos nossos professores pelo CMSP (Centro de Mídias de São Paulo), mas para tanto, é preciso um celular ou notebook, e há alunos que não possuem celulares ou há apenas um celular disponível na família, geralmente o dos pais, e, desta forma os alunos só tem acesso após a chegada dos pais do trabalho, e foi pensando neste público que decidi  propor essa ideia de Lei. Em uma reportagem do g1 de 2018, falava-se de 10 mil celulares apreendidos em São Paulo”.

            Luciana afirma que não contatou pessoalmente nenhum senador. “Propus diretamente no site do Senado, sim, o tempo é muito curto, e nós é que somos os responsáveis por angariar as assinaturas, por isso, conto com a ajuda dos amigos para divulgação, e tentar dar visibilidade para os alunos que necessitam de aparelhos para a inclusão digital”.

 

Quem é a autora

            Filha de professores, Luciana Abreu é Engenheira Química de formação pela Universidade de Ribeirão Preto, com licenciatura em Química pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduação no Ensino de Química pela UNESP, foi tutora presencial do curso de Engenharia Ambiental da UFSCAR- UAB, professora efetiva da Secretaria da Educação, trabalhou na Diretoria de Ensino como PCNP de Química e hoje atua como Coordenadora Geral no PEI.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

A verdade e a ciência devem prevalecer

 Negacionismo já custou milhares de vidas

Não devemos subestimar este vírus


            Estamos quase no sétimo mês do ano e a pandemia da Covid-19, chamada de gripezinha por alguns, mostra que de gripezinha não tem nada. É uma doença grave que já ceifou milhares de vidas em nosso país. E não adianta espernear e dizer que ela pode ser prevenida por remédios, como a cloroquina ou outro do gênero. Ou que o isolamento e o uso da máscara não funcionam.

            Se assim fosse, o mundo inteiro estaria usando cloroquina não é mesmo? Até quem desdenhava da doença no início se rendeu ao óbvio: este é um problema grave de saúde mundial e deve ser combatido com a ciência e a verdade, não com ideias estapafúrdias de grandes conspirações ou de que a ciência não é o melhor caminho.

            O tempo, que é o senhor de todas as coisas, está mostrando que o vírus não negocia com ninguém, não tem ideologia ou preferência por este ou aquele, pobres ou ricos. O vírus aproveita toda e qualquer oportunidade para se espalhar! Afinal, este é seu propósito: espalhar-se e sobreviver.

            Claro que todos vamos morrer um dia, mas isso não significa que tenhamos de morrer antes da hora, por descuido nosso, ou incredulidade de outrem, que despreza o vírus até que ele venha bater à sua porta. Ou contamine algum ente querido.

            Pior que desdenhar a doença, é a falta de empatia com seu semelhante! Você pode até não apresentar sintomas da Covid-19, mas você pode transmitir o vírus para alguém que pode ser muito afetado ou até mesmo morrer em função desta doença. E precisamos pensar nisso! Qual pai gostaria de transmitir uma doença ao filho, podendo evitar? Que jovem gostaria de ver seus pais e irmãos adoecerem, após ele ter ido em uma balada e contrair o vírus, trazendo o mal para dentro de casa?

            Sim, precisamos trabalhar e procurar levar uma vida normal, dentro do possível. Mas este novo normal deve seguir novas regras de comportamento, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento social. A economia pode sofrer com o fechamento de alguns setores e com o isolamento social. Mas uma pessoa que segue os protocolos de segurança, pode superar esta fase difícil e voltar a consumir, a sair, quando tudo isso passar. Já quem se arrisca pode pagar um preço muito alto. E nunca se ouviu falar de mortos que voltassem a comprar em supermercados ou frequentar bares! Até porque, ninguém ficaria em um local se, de repente, um zumbi aparecesse para tomar uma cerveja!

            Seguir a ciência ainda é o melhor caminho. E os governos têm por obrigação buscar meios de ajudar toda a população, principalmente a parcela mais necessitada, a superar este momento difícil. Governo do povo, para o povo e pelo povo! Sabemos que isto é um ideal quase impossível de ser alcançado, mas antes um governo sensato, que um governo obscurantista. Ao final, a história julgará a todos!

terça-feira, 15 de junho de 2021

Fisioterapia auxilia na recuperação pós-covid

 Procedimento não possui contraindicações

Fisioterapeuta Ana Rachid


            A fisioterapia pode ajudar no tratamento para a recuperação de pacientes que contraíram a Covid-19, tanto na forma leve quanto na forma mais grave. A informação é da fisioterapeuta Ana Flávia Rachid de Medeiros (Crefito – 2111-66). Desde o início da pandemia, ela atende até cinco pacientes novos por mês, “com resultados surpreendentes”. Com consultório em Alambari, ela também recebe pacientes de outras cidades. Saiba mais nesta entrevista exclusiva ao blog Marconews.

 

Marconews - Em quais casos a fisioterapia é recomendada para tratamento pós-covid? Existe alguma situação em que ela não é recomendada?

Ana Flávia Rachid - A fisioterapia é recomendada para a grande maioria dos pacientes pós-Covid 19, desde aquele paciente que desenvolveu a doença da maneira leve até aquele paciente que desenvolveu a doença de maneira grave e permaneceu internado em unidades de terapia intensiva. O importante para saber se há necessidade da Reabilitação com a fisioterapia pós COVID-19 é entender se aquele paciente desenvolveu sequelas, como dispneia (falta de ar), fadiga (cansaço), tosse intermitente, dores articulares e fraqueza. Não há contraindicações da Reabilitação, o importante é entender qual a necessidade do paciente e ai realizar a reabilitação adequada, de forma individualizada.

Marconews - Quantos pacientes você já atendeu? São todos de Alambari ou de outras cidades?

Ana Flávia - Desde o início da pandemia, já atendi diversos pacientes pós Covid-19, a cada mês recebo em torno de 4 a 5 pacientes novos, a grande maioria de Itapetininga.

Marconews - Como tem sido os resultados do tratamento? A recuperação é completa?

Ana Flávia - Os resultados têm sido surpreendentes, cada vez mais a ciência vem nos trazendo métodos eficazes de reabilitação e o tempo de recuperação depende do quadro clínico do paciente, alguns se recuperam em semanas, outros têm uma recuperação mais lenta, podendo levar 4 a 6 meses de cuidados.  A grande maioria tem recuperação completa, com um protocolo bem montado o paciente voltará a sua rotina diária, trabalho e atividades de lazer.

Marconews - A fisioterapia é usada em conjunto com outros tratamentos? Quais?

Ana Flávia - Sim, para uma melhor recuperação de nossos pacientes há uma grande importância de um acompanhamento multidisciplinar, isso dependerá da severidade da doença. Pacientes mais graves precisam de acompanhamento com fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros.

Marconews - Há quanto tempo você realiza este tipo de tratamento? Como surgiu a ideia de atender pacientes pós-Covid?

Ana Flávia - Desde 2015, após minha pós-graduação em Reabilitação Cardiopulmonar no Hospital Israelita Albert Einstein venho trabalhando com pacientes idosos e com problemas cardíacos e pulmonares. A ideia da Reabilitação pós-Covid-19, veio com o pico da pandemia, onde busquei me aprimorar e estudar sobre a doença, para poder levar um melhor tratamento aos meus pacientes.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Imprensa livre é fundamental na democracia

 Liberdade de informação consolida regime democrático


            Neste dia 7 de junho, é comemorado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Em tempos conturbados como os que vivemos atualmente, uma imprensa livre, independente e responsável é fundamental para fiscalizar e denunciar os desmandos de autoridades públicas em qualquer esfera de governo.

            Ao expor as mazelas da sociedade, o jornalismo livre e profissional certamente contribui para que estes problemas sejam denunciados, debatidos pela própria sociedade e, na medida do possível, soluções sejam buscadas.

            Ninguém gosta de ver seus pecados estampando a primeira página dos jornais ou o feed de notícias de uma rede social. O ser humano gosta de ver o outro se dando mal, mas quando se trata de seus defeitos pessoais....Ah, estes estão trancados não a sete chaves, mas a 70 chaves, no mínimo.

            Não são apenas as pessoas que mantém segredos que não gostam de ser revelados! Países e governos também procuram ocultar seus desmandos, suas falcatruas e seus erros.

            Não gostar de uma imprensa livre é o ponto comum entre as ditaduras, mas esta situação também acontece em democracias, por mais sólidas que elas sejam.

            Vejam por exemplo o caso Watergate, que levou à renúncia, em 1974, o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, acusado de espionar o comitê do Partido Democrata, instalado no edifício Watergate, que acabou dando nome ao escândalo.

            A renúncia de Nixon (que era do partido Republicano) foi o ponto alto do escândalo, investigado pelos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein desde 1972, quando houve a invasão e assalto à sede do partido Democrata. A ação na verdade pretendia fotografar documentos e instalar escutas ilegais no local.

            Graças a uma fonte confiável, chamada de Garganta Profunda, os jornalistas conseguiram estabelecer as ligações entre os invasores e a Casa Branca (sede do governo americano) comprovando que Nixon sabia da tentativa de espionar o partido rival.

            O trabalho dos jornalistas do Washington Post (jornal que apoiou os dois profissionais) rendeu um filme: Todos os homens do Presidente, no qual a história é contada com maestria. E mostra a pressão que o jornal sofreu, bem como os repórteres.

            Este é o melhor exemplo da importância de uma imprensa livre, corajosa e independente. E de como isto é importante para uma sociedade livre e que respeite o estado democrático de direito. Uma imprensa livre pode não resolver os problemas da sociedade, mas é essencial para que estes problemas sejam denunciados, discutidos e enfrentados, sempre buscando soluções que visem minimizar o sofrimento das parcelas mais necessitadas e excluídas dessa mesma sociedade que se diz impoluta, quase sem mácula. Sabemos que isto não é verdade e a imprensa livre cumpre seu papel ao pôr o dedo na ferida, doa a quem doer. Viva a liberdade de imprensa!

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Padre desmistifica a violência em livro

Edevilson de Godoy aborda o tema pela ótica das vítimas



O padre Edevilson de Godoy (foto), que já esteve à frente da paróquia Nossa Senhora das Estrelas (Itapetininga) e atualmente está como pároco da comunidade da Sagrada Família, na cidade de Tatuí, lança neste dia 21 de maio o livro “O Deus das vítimas”. A obra aborda a Paixão de Cristo sob uma ótica antropológica, na qual “o Deus da Bíblia desmistifica as razões da violência coletiva, assumindo o lado da vítima e condenando a maioria perseguidora”, explica o autor.

Em Itapetininga, o lançamento será no próximo dia 12 de junho, a partir das 10 horas, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (Casa Kennedy), à rua Prudente de Moraes, 716.

Segundo o religioso, “A obra aborda a Sagrada Escritura desde o método antropológico e literário em que a Bíblia é um longo processo de revelação de Deus e do homem para o próprio homem. O Deus da Bíblia desmistifica as razões da violência coletiva, assumindo o lado da vítima e condenando a maioria perseguidora”, explica o autor.

Padre Edevilson afirma que “este é um fato inédito na história da civilização, por isso uma revolução antropológica”. Segundo o pároco, a Paixão de Cristo é o ponto final do “longo processo bíblico de desmistificação da violência”. O religioso lembra que, ao contrário de seus algozes, “Jesus não percorre o caminho do calvário dominado pelo ódio, mágoas, ressentimentos ou revoltas”.



            A mensagem deste Deus é clara: a entrega é por amor; Jesus não teme seus malfeitores. Ele se sacrifica por amor e esta entrega certamente abala as estruturas do poder e da sociedade da época, mostrando que o amor vence, ao mesmo tempo em que denuncia um sistema que priorizava o sacrifício humano através da violência. Com esta obra, padre Edevilson mostra a opção de Jesus pelo amor e pelas vítimas, que até então não tinham voz.

 

O autor

            O padre Edevilson de Godoy é doutor em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutor em Teologia (também pela PUC-SP) e professor de Teologia Dogmática no Instituto São Paulo de Estudos Superiores e pesquisador nas áreas de cristologia e soteriologia.

domingo, 16 de maio de 2021

Adeus, João José!



Este é um domingo muito triste para mim! Logo cedo leio a notícia da morte de João José de Moraes, aos 60 anos, vítima de sequelas da covid-19.

            Quero aqui dar meu testemunho do que não apenas o João José, mas toda sua família representou (ainda representa) para mim. No momento mais difícil da minha vida, fui acolhido de braços abertos por esta linda família a qual me adotou como um filho.

            Aos 17 anos perdi minha mãe em um terrível acidente de carro. Mas Deus abriu uma porta para mim; uma porta de um sobrado localizado no começo da rua Virgílio de Rezende. De uma hora para outra ganhei oito irmãos e uma mãe: dona Lúcia Vieira de Moraes, uma mulher maravilhosa, forte e sempre cheia de vida e com grande talento para educação e para a música. Dona Lúcia nunca esqueceu o dia do meu aniversário e fazia questão de sempre me presentear.

João José com a sobrinha, Lúcia,
e o irmão, Lucélio, em 2018


            Ela passou sua força e seu talento para seus filhos. E seus filhos homens me acolheram como um irmão mais novo. João Alcindo, Lúcio, Helinho (falecido), João José e Lucélio. Sou muito grato pela sua amizade e pelo apoio que sempre me deram. Também agradeço as meninas pelo carinho: Clara, Lis e Ceres. Quantas lembranças boas tenho daquele tempo; daquele sobrado.

Foi nesse sobrado que João José descobriu sua paixão pelo vídeo, e iniciou suas filmagens; uma paixão que passou para seu sobrinho, Alex.

            João José esbanjava alegria e simpatia. Parece que nunca envelhecia; seu coração e sua alma sempre se mantiveram jovens. Felizes aqueles que tiveram a oportunidade e o privilégio de desfrutar de sua amizade e companhia, bem como de toda sua linda família.

            Agora João está no céu, junto com seus pais e seu irmão, Helinho, que também partiu muito cedo. São perdas irreparáveis, mas fica a certeza de que estão em um lugar melhor e que um dia estaremos todos juntos.

            Adeus João José! Nos encontraremos na eternidade!

           

Marco Antonio Vieira de Moraes

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Chaves evoluem e se tornam multifuncionais

 Você pode ter muitos comandos em um só lugar


            Ter uma chave que só serve para ligar/desligar o carro e abrir portas e o bocal do tanque parece coisa do século passado, não é mesmo? E é!!! Há 30 ou 40 anos, ou seja, no século 20, as chaves dos automóveis não faziam muito além disso.

            Mas, com a evolução tecnológica, as chaves se tornaram praticamente centrais de comando, reunindo múltiplas tarefas.

            As chamadas Smart Keys (chaves inteligentes) possuem visor e podem controlar, por exemplo, a autonomia do tanque, ou programar o ar-condicionado para que, quando você chegar, o carro esteja na temperatura desejada.

            A origem das atuais chaves de veículos pode ser estabelecida a partir do chaveiro de controle remoto, passando por diversos modelos até as atuais chaves presenciais. Todas com bateria. E quanto mais botões e funções, maior o consumo da bateria. Por esta razão, a bateria da chave merece uma atenção especial.

 

Cuidados

            Existem alguns cuidados que precisam ser adotados com relação à bateria da chave, conhecida como botão moeda, e que custa a partir de seis reais. Para os esquecidos (que não lembram que a chave usa bateria), hoje existem alternativas, como carregamento por indução, disponível, por enquanto, em modelos mais sofisticados.



            A vida útil de uma bateria é de dois a três anos, dependendo do uso e do modelo. Normalmente, quando a bateria está no fim, essa informação é enviada pelo chaveiro para o painel do veículo (foto).

            Uma dica importante é não usar pinça metálica ao trocar a bateria (atenção para não inverter os polos positivo e negativo, o que pode causar curto-circuito. Isto também pode custar meses da vida útil da bateria). Algumas baterias vêm com silicone, que ajuda a manter o contato e evita a umidade; ele não deve ser removido.

 

Chaves presenciais



A troca da bateria deve ser feita usando-se apenas as mãos
Estas são o que há de moderno na atualidade. Elas funcionam da seguinte maneira: um sensor identifica a chave a partir da distância de um metro do veículo e abre o mesmo. O motorista não precisa fazer uma ação mecânica para destravar as portas. Estas chaves possuem uma antena e componentes do circuito eletrônico que não devem ser tocados, isto pode causar danos a chave.

Em caso de problemas com a chave (como acabar a bateria) quase todas têm um canivete embutido, que pode ser usado para abrir o carro, colocando-o em um lugar específico na maçaneta. Mesmo que o carro não tenha partida manual, o sensor da chave se comunica com o veículo e faz com que ele dê a partida.

O motorista deve ter cuidado para não deixar a chave no sol ou sobre o para-brisa do veículo, pois isto pode fazer com que a antena e o sensor permaneçam funcionando. Este modelo de chave pode usar o carregador por indução para ser carregada, a exemplo do que já acontece com os celulares.

 

Futuro

            O celular, por sinal, é o futuro. Com tecnologia desenvolvida no Brasil (e que já está sendo exportada) você pode usar seu celular para abrir a porta do carro, basta fazer um cadastro e a chave e o celular se reconhecerão. Mesmo que a bateria do celular acabe, você terá ainda cinco horas para usá-lo e abrir a porta do carro. A chave de acesso também pode ser enviada ao celular do motorista que vai usar o carro. Como se vê, a tecnologia não para!