sexta-feira, 27 de julho de 2018

Quando a busca pela beleza pode ser perigosa

Morte de bancária levanta questões sobre cirurgia plástica

Implante de silicone é o segundo procedimento mais procurado no país

 
A morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, ocorrida no dia 15 de julho, após se submeter a um procedimento estético na cobertura de um médico em um bairro nobre do Rio de Janeiro, mostrou quão perigosa a busca pela perfeição estética pode ser, ainda mais se as pessoas não tomarem os devidos cuidados, como procurar um profissional capacitado (geralmente indicado por outro profissional) e estar atenta para o local e as condições onde tal procedimento será realizado.
          O Brasil é o segundo país no ranking mundial da cirurgia plástica, com mais de um milhão, duzentas e vinte e quatro mil cirurgias plásticas realizadas em 2015, segundo levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética. A lipoaspiração é o procedimento mais realizado no país, com mais de 182 mil cirurgias, seguido pelo implante de silicone nos seios, com quase 159 mil procedimentos. Embora sejam números impressionantes, as estatísticas já foram maiores: em 2013, o Brasil ocupou o primeiro lugar no ranking, com quase 1,5 milhão de cirurgias, desbancando os Estados Unidos (atuais líderes).
          Como se vê, este e um assunto muito sério e por isso mesmo as pessoas devem tomar o maior cuidado na hora de decidir por um procedimento cirúrgico. Afinal, com a saúde e a vida não se pode brincar.
          O Brasil teve um dos maiores nomes da cirurgia plástica: o renomado médico Ivo Pitanguy, conhecido mundialmente. Com seu trabalho, ele colocou o Brasil entre os destaques nessa área, inspirando muitos profissionais e elevando a autoestima de milhares de pessoas. Afinal, deixar as pessoas de bem com o próprio corpo é um dos objetivos da cirurgia estética praticada por profissionais competentes e responsáveis.
          O site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica disponibiliza informações para quem deseja encontrar um bom cirurgião. Basta acessar o link: http://www2.cirurgiaplastica.org.br/encontre-um-cirurgiao/.


Motivos
          Segundo o cirurgião plástico Rodrigo Fulini Brasil (CRM 139426) existem vários motivos e razões para a pessoa fazer plástica.
          “Todos nós temos algo que gostaríamos de mudar na nossa aparência, às vezes pequenos detalhes, que podem incomodar tanto, que aquele pequeno “defeito” que muitas vezes só a pessoa vê, se torna algo insuportável, levando a um prejuízo social devido a não aceitação da própria imagem”, afirma o cirurgião.
          Segundo ele, “é fundamental que haja um equilíbrio entre Saúde mental e aparência física. É muito comum esses pacientes atribuírem todo o fracasso da vida particular e social à sua aparência física, depositando assim, toda solução dos seus problemas no cirurgião plástico, como se o cirurgião plástico fosse um psiquiatra com um bisturi na mão. Seguramente, esses pacientes nunca ficarão satisfeitos e vão pingar de consultório em consultório até que encontrem algum médico disposto a operá-lo novamente.  O cirurgião plástico, dentro de sua ética profissional, deve identificar esses pacientes compulsivos e encaminhá-los sim a um profissional da saúde mental”.
          Fulini destaca os casos em que o médico pode indicar cirurgia plástica. “O intuito numa cirurgia plástica, seja estética ou reparadora, é tentar devolver ao paciente sua autoestima, assim como melhorar sua qualidade de vida. Então em primeiro lugar deve haver indicação médica correta, que muitas vezes não é aquilo que o paciente espera, por isso é de suma importância que durante a consulta o cirurgião esclareça todas as suas dúvidas e acrescente as informações necessárias”.
O cirurgião ressalta a grande variedade de procedimentos abrangidos pela cirurgia plástica. “Há uma tendência popular em separar a cirurgia plástica como estética e reparadora. A cirurgia plástica é uma especialidade única, que engloba um leque muito grande de procedimentos. Sem dúvida é uma das especialidades médicas com maior diversidade de tratamentos, motivo pelo qual exige tantos anos de estudo e dedicação do profissional da área. Nós atuamos no corpo todo, da unha do dedo do pé até o fio de cabelo. Relacionamo-nos com diversas especialidades médicas e, também, com outros profissionais de saúde, essa sincronia é fundamental para o sucesso do tratamento cirúrgico”.

Cuidados
           De acordo com o médico, “todas as pessoas podem ser candidatas à cirurgia plástica, porém devem ter condições de saúde, mesmo os pacientes com alguma patologia crônica como, por exemplo, hipertensão e diabetes desde que devidamente controlados e liberados pelo seu médico, podem realizar cirurgia plástica”. Ele ressalta que este tipo de cirurgia não deve ser indicada “em pacientes compulsivos, como comentei anteriormente, em pacientes fumantes inveterados, obesos, e pacientes com qualquer doença de base que não esteja devidamente controlada e acompanhada pelo seu médico. Nestes pacientes a cirurgia plástica está contraindicada”.
          Rodrigo Fulini observa que “nenhuma cirurgia plástica deve ser indicada quando os riscos superem os benefícios. Em geral, desde que seja corretamente indicada a cirurgia plástica traz muito pouco risco ao paciente. Não há idade limite para cirurgia plástica, pois existem patologias congênitas que o resultado do sucesso depende do tratamento cirúrgico precoce, como por exemplo: fissuras lábio-palatinas (lábio leporino), algumas síndromes crânio faciais, entre outras. Em contrapartida, é muito comum o câncer de pele em pessoas idosas, além de outras condições que exigem tratamento cirúrgico especializado”.
          Ainda segundo o cirurgião, as mulheres representam 80% das pessoas que procuram cirurgia plástica, “mas progressivamente os homens cada vez mais estão procurando cirurgião plástico, esse número se deve também à grande procura dos homens na cirurgia do transplante capilar”.

Mais cuidados
          Segundo o cirurgião, as cirurgias plásticas são mais demoradas, “pois trabalhamos sempre com harmonia e simetria, portanto tudo que se faz de um lado deve-se fazer do outro, se passarmos uma linha reta dividindo o corpo em duas metades, veremos que nenhum de nós é simétrico o que exige do cirurgião muita sensibilidade para tentar deixar mais harmônico possível e isso pode levar um certo tempo. Cada cirurgião tem seu tempo, cirurgia rápida não é sinônimo de bom resultado e o contrário também é verdadeiro, o importante é sempre priorizar um tempo seguro para o paciente, por isso que muitas vezes os pacientes desejam fazer cirurgias combinadas, como por exemplo mama e abdome, mas tem cirurgião que prefere dividir em dois tempos pela segurança do paciente”.
          Outra etapa que exige cuidado e atenção é o período pós-operatório, como lembra o médico. “O mês de maior movimento na Cirurgia plástica é julho, pois a associação de frio e férias é uma excelente combinação para uma recuperação mais confortável. De um modo geral, pedimos no mínimo 15 dias de afastamento das atividades trabalhistas, mas isso pode variar de acordo com o procedimento”.

Mito
          O cirurgião observa ainda que “existe um mito que não se pode realizar cirurgia plástica em clínica. Na verdade, se a clínica tem liberação da vigilância sanitária para realização de cirurgia plástica, é porque essa obedece aos rigorosos critérios impostos por esse órgão. Em toda clínica deve ter exposto o alvará da vigilância sanitária, que é o órgão fiscalizador. É claro que cirurgias maiores e pacientes selecionados deverão sim realizar a cirurgia numa clínica com todo suporte necessário e UTI ou no mínimo convênio com uma UTI mais próxima, caso contrário estes pacientes devem ser operados num hospital com o devido suporte”.
          Ao contrário do que muitos pensam, Rodrigo Fulini garante que a anestesia hoje é muito segura. “o paciente é rigorosamente entrevistado pelo anestesista e todos os exames são checados antes da anestesia. Além de que durante toda a cirurgia o anestesista está de olho no paciente e nos parâmetros do monitor, tornando a cirurgia muito tranquila para o cirurgião”.
          Veja matéria completa na edição de agosto da revista Hadar.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Saiba evitar o acesso ao código da chave do seu carro

Método simples evita que ladrões copiem o código das chaves automáticas



          Abrir o carro à distância, com apenas um clique na chave, é uma coisa tão comum quanto elegante nos dias de hoje. Mas este conforto oferecido aos proprietários traz um risco quer pode fazer com que ladrões roubem seu automóvel sem fazer muito esforço.
          Segundo o portal G1, da TV Globo, o problema existe porque as chaves automáticas dos carros modernos estão constantemente emitindo sinais para eles. Nessa situação, ladrões podem comprar chaves "virgens" e usá-las para replicar o código de acesso de um determinado veículo.

Como evitar que isso aconteça?
A forma mais fácil de precaução contra isso é embrulhar as chaves em papel alumínio. Este método simples pode fazer com que os mais distraídos queiram levar as chaves ao forno para gratinar, mas não façam isso!!! Brincadeiras à parte, o papel alumínio bloqueia a emissão dos sinais, impedindo que os bandidos repliquem o código do veículo. A função do papel alumínio é criar uma célula para evitar que as ondas eletromagnéticas sejam registradas por outra pessoa.
Outra opção é comprar pela internet uma "bolsa de Faraday", que tem a mesma função de isolamento do alumínio e serve como um escudo contra a transferência de informações que poderiam ser usadas no roubo do carro.

Ataques ocorrem cada vez mais
Para muitos, pode parecer antiquado, no século XXI, usar papel alumínio para proteger algo tão tecnológico. Mas este método tem se mostrado eficiente e necessário, como apontam especialistas, pois este tipo de crime está cada dia mais comum. Os dispositivos necessários para este golpe são facilmente encontrados na internet e há até vídeos mostrando como usá-los.
Um problema desta dimensão não passaria desapercebido pela indústria automotiva, que busca maneiras de impedir que terceiros consigam replicar a comunicação entre uma chave e um veículo.

Alertas
Segundo o G1, este tipo de crime não acontece apenas com carros e precauções têm sido tomadas de olho nisso. Algumas pessoas, por exemplo, tomam o cuidado de proteger seus cartões de crédito em carteiras "isolantes".
Além disso, instituições governamentais dos Estados Unidos, por exemplo, entregam determinados documentos a seus usuários dentro de invólucros especiais para evitar a transferência e o roubo de dados, como é o caso do Green Card ou Cartão de Residente Permanente - o visto permanente de imigração concedido pelas autoridades do país. No caso dos carros, os roubos podem ser cometidos com bastante facilidade.
"Você chega a uma casa que tem um carro estacionado na frente, detecta uma chave a dez passos dele, dentro de uma sala, e consegue desbloqueá-lo. Enquanto as ferramentas estiverem disponíveis, o cenário para esses roubos me parece cada vez mais provável ", disse ao jornal USA Today o diretor do Centro de Segurança de Sistemas de Computadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, Clifford Neuman.
Quando leu pela primeira vez sobre o risco de seu carro ser roubado desse jeito, ele começou a guardar suas chaves à noite dentro de uma lata de café vazia. Os especialistas continuam recomendando que, até as empresas fabricantes encontrarem uma solução para o problema, é preferível usar o papel alumínio antes de deixar as chaves onde provavelmente elas estão guardadas agora: no bolso de uma calça, dentro da bolsa ou sobre uma mesa.

Fonte: Site G1