quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Apresentadora é pré-candidata a prefeito

Simone Marquetto fala sobre seus planos na política

            Após assumir no começo do mês a presidência do PMDB de Itapetininga, a apresentadora Simone Marquetto (foto) revela em entrevista exclusiva à Revista Atenas, que é pré-candidata ao Paço Municipal Joaquim Aleixo Machado, sede do Executivo municipal.

            Simone, que já atuou em veículos de comunicação e Itapetininga e Região, diz que está dialogando com outros partidos políticos e busca “somar experiências. Digo sempre a todos, vamos dar passos pequenos, mas firmes”.
          A apresentadora informa ainda que “quero reunir e ouvir o máximo de pessoas, cidadãos que queiram ser representados, que possam contribuir com suas ideias e experiências, isso nos dará a possibilidade de fazer uma política participativa, forte, comprometida, que atenda as reais necessidades da população”. Veja a entrevista completa na próxima edição da revista Atenas, que chega às bancas no final do mês.

domingo, 11 de outubro de 2015

Feriado pode ter pancadas de chuva

Temperatura máxima deve chegar a 27º C

Feriadão terá tempo nublado e chuva


            O feriado de Nossa Senhora Aparecida (Padroeira do Brasil) deve ter pancadas de chuva à tarde e à noite. A previsão é do site Climatempo. O sol deve dar as caras de manhã, mas o céu permanece nublado, com muitas nuvens. De acordo com a previsão, há 60% de chance de chover na parte da tarde e à noite. As temperaturas ficarão entre 18º C e 27º C.
            O tempo deve permanecer fechado até quarta-feira, com pancadas de chuva durante todo o período, e temperaturas entre 16º C e 29º C. o maior volume de chuva é esperado para terça-feira (18 mm). Ainda conforme a previsão, a chuva deve parar na quinta, quando o sol volta com tudo, fazendo os termômetros baterem na casa dos 31º C.

Estradas
            Até o começo da tarde deste domingo, 11, o trânsito nas principais rodovias que cortam a Região estava da seguinte forma: fluindo normalmente na Castello Branco (SP 280), mas com lentidão na Raposo Tavares (SP 270) entre os km 44 e 45, próximo a Vargem Grande Paulista. A visibilidade e o tempo eram bons, segundo a Polícia Militar.

Balanço
            Em balanço parcial divulgado em seu site, a concessionária CCR SPVias, que administra rodovias na Região, informou que 229.236 veículos trafegaram pelas estradas do Sudoeste Paulista, entre 0h do dia 9 de outubro e 17h do dia 10 outubro. Nesse período foram registrados 13 acidentes.
De acordo com a concessionária, o maior movimento foi registrado na Rodovia Castello Branco (SP 280), região dos municípios de Quadra, Cesário Lange, Torre de Pedra, Porangaba, Bofete, Pardinho, Itatinga, Iaras e Águas de Santa Bárbara; com tráfego de 144.188 veículos.
Nas Rodovias Antônio Romano Schincariol e Francisco da Silva Pontes (SP 127), entre os municípios de Tatuí e Capão Bonito, o movimento foi de 28.040 veículos. Já na Raposo (SP 270), entre os municípios de Itapetininga e Araçoiaba da Serra, foi registrado movimento de 25.670 veículos. Na Rodovia Francisco Alves Negrão (SP 258), entre Capão Bonito e Itararé, o movimento foi de 13.303 veículos e 18.035 veículos passaram pela rodovia João Mellão (SP-255), região de Avaré.

O que abre e fecha
            Nesta segunda-feira, segundo nota da Prefeitura de Itapetininga, os órgãos públicos municipais estarão fechados, assim como o AME (Ambulatório Médico de Especialidades). Corpo de Bombeiros, SAMU e Pronto Socorro funcionarão normalmente, atendendo 24 horas. A coleta de lixo também será normal.

Texto e foto: Marco Antônio

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cia dos lanches: a qualidade que faz uma saborosa diferença

Jovem empresário inova na gastronomia local

O hamburguer de cebola empanda é um dos sucessos da Cia


          Oferecer ao consumidor itapetiningano uma opção no segmento gastronômico, com pratos e atendimento diferenciados, proporcionando uma experiência única, onde as pessoas pudessem comer e beber bem. Assim surgiu a ideia do Mistura Matarazzo, projeto idealizado e realizado por Marinho Matarazzo. Formado em economia, Marinho estudou e morou em São Paulo entre 2003 e 2008, ano que voltou para Itapetininga.
          “Quando voltei senti muita falta de um lanche diferenciado, uma pizza leve, com massa fina e ingredientes de altíssima qualidade”, lembra Marinho,  aí que surgiu a ideia do Mistura Matarazzo, “e a proposta era essa mesma: como diz o nome, uma mistura de gastronomia, de bebida, de gente, de decoração, uma mistura entre os restaurantes dos Jardins com bares da Vila Madalena”.
          De família tradicional no comércio, mas não no ramo de alimentação, Marinho apostou em sua ideia e abriu o Mistura no dia 18 de maio de 2010, em um local próximo à rua Virgílio de Rezende, uma das principais ruas de comércio, bares e lanchonetes da cidade. Ele lembra que poucos acreditaram em seu projeto, “Foi preciso coragem para abrir fora do eixo tradicional”, conta o empresário. “Só meu pai e poucas pessoas próximas acreditavam. Alguns diziam que eu era louco e que o Mistura não ia dar certo em Itapetininga por ser cidade do interior...que não havia demanda, mas sempre existe a demanda. Você só precisa de força de vontade e querer mostrar às pessoas que elas podem comer melhor. Com trabalho e perspicácia vale a pena investir em qualquer lugar”, diz o empresário.
Marinho Matarazzo

Cinco anos depois, com o Mistura consolidado em seu segmento, inclusive reconhecido como a primeira hamburgueria da cidade, o empresário partiu para mais um empreendimento na área de alimentação, desta vez focando em outro nicho de mercado, mas também oferecendo lanches diferenciados, preparados artesanalmente.
          Inaugurada no dia 9 de junho, desta vez, na esquina da rua Virgílio de Rezende com Capitão José Leme, a Cia dos Lanches superou todas as expectativas e, em menos de um mês, registrou um movimento que o proprietário só espera alcançar em 60 ou 90 dias.
          Por conta da alta demanda, Marinho já cogita contratar mais um motoqueiro para ajudar na entrega dos lanches. Segundo ele, o carro chefe do seu negócio é o hambúrguer 100% carne, mas o cachorro quente com uma salsicha e meia também é destaque. A Cia dos Lanches abre das 11 horas às 0h30 de segunda a sábado e aos domingos a partir das 18 horas. Para os próximos meses, devem chegar novos pratos, incluindo saladas, atendendo a pedidos de clientes.

domingo, 4 de outubro de 2015

A vida em passadas largas

Flávio Cipriano fala da importância do esporte para os jovens

Aos 64 anos, o atleta e professor Flávio Rubens Cipriano (foto) ainda sonha com um centro esportivo para Itapetininga, onde as crianças pudessem praticar esportes com segurança e longe das drogas e violência. “A sociedade ganha com isso”, afirma Cipriano, com a experiência de quem, em mais de 40 anos de esporte, orientou, treinou e acompanhou cerca de 8,4 mil crianças, tonando-se padrinho de crisma e casamento de muitas delas.
“O técnico tem de ir até a criança, ver a realidade dela, o que ela come, como ela anda; hoje não basta a criança ir até o local do treino”, diz o veterano atleta, que atualmente desenvolve um trabalho voluntário com 20 crianças da Vila Belo Horizonte, usando a pista cedida pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) na Vila Regina. “O problema é levarmos as crianças até lá, devido à distância”, ressalta o professor, que também atende alunos  das vilas Prado e Paulo Ayres, todos de baixa renda.

Lado social
          “Muitos ainda não têm a visão de que o esporte é importante para a periferia e para as crianças”, afirma Cipriano, acrescentando que, desde que começou no esporte, sempre quis ajudar a garotada. “Saía do ginásio, onde trabalhava na limpeza da quadra, dos vestiários e do banheiro e ia para pista. Aí já fazia escolinha de treinamento e comecei a gostar de ser professor e fiz faculdade (de Educação Física)”, conta o atleta, explicando que “a criança, na minha época, não tinha nada para sair do marasmo e ser útil para a sociedade. E o jovem precisa sair do marasmo”.
          Para Flávio Cipriano, a periferia precisa de mais ações do Poder Público em vários setores, incluindo, claro, o esporte. “O poder público tem de enxergar e chamar a população para discutir as ações, ouvir a sociedade e detectar o que falta na periferia. Mas não apenas discutir: precisa por em prática e isso tem de ser rápido, pois o traficante não espera. E o que é oferecido na periferia? Nada!”, afirma o professor, observando que os bairros periféricos não possuem, por exemplo, uma pista de caminhada ou uma quadra poliesportiva. “O esporte é importante para afastar as crianças das ruas e das drogas”.
          Cipriano sabe do que fala. Muitos de seus ex-alunos hoje são adultos e seguem carreiras como no Direito (juiz), Forças Armadas (general) e na polícia. “Recentemente fui convidado para a homenagem a uma ex-aluna que está terminando a escola de soldados da PM (Polícia Militar), em Sorocaba. Isso é emocionante; é isso que me dá sustentação para viver”, conta o professor que, embora aposentado, não para e, além do trabalho com crianças, ajuda candidatos de concursos públicos a se prepararem para as provas de aptidão física e ainda orienta um time feminino de vôlei.

Início
          Nascido em um sítio no município de Buri e filho de ferroviário, Cipriano chegou à Itapetininga quando tinha quatro anos de idade. Ele começou a praticar esporte durante o Tiro de Guerra. “O sargento queria um time para representar o TG na prova 13 de maio. Nós treinamos dois meses e eu fui o terceiro colocado na prova, aí que começou a paixão e a visão de que o esporte traz futuro”, lembra Cipriano, que logo começou a treinar firme, primeiro sozinho, depois com amigos, pelas ruas da cidade. Não demorou e ele venceu os 1,5 mil e os 800 metros, em competição realizada no CASI.
          No começo dos anos 70, sem um tênis apropriado, Cipriano podia ser visto correndo à noite pelas ruas mal iluminadas de Itapetininga. “As pessoas tinham medo de sair à noite e muita gente nos chamava de malucos, que não tínhamos o que fazer, muitos se assustavam quando a gente passava”, recorda o veterano atleta, que além da falta de iluminação, enfrentava as ruas de paralelepípedo, que ficavam escorregadias em dias de chuva ou com o sereno da noite, já que ele geralmente corria depois das 22 horas. Nessa época, também não havia mulheres correndo e nem participando de provas. Também não havia patrocínio e ele lembra que não ganhava dinheiro. “Uma vez ganhei um jogo de jantar”. Durante um tempo, Cipriano foi “adotado” pela FKB (Fundação Karnig Bazarian) o que fez com que ele tivesse acesso, por exemplo, a acompanhamento médico e vitaminas. “Foi um trabalho legal”.
          Não tinha apoio, mas o preconceito existia. “Uma vez, participando de uma prova, ao chegar na esquina da antiga Magister, eu subi na calçada para evitar o piso escorregadia e descer a (rua) Capitão José Leme. Como eu puxava forte, deixei até a RP (Rádio Patrulha) que acompanhava a prova para trás. Quando virei a esquina duas senhoras me seguraram, pensando que eu estava fugindo da polícia! Precisou a RP chegar e avisar que eu estava participando de uma corrida”.
          Em mais de quatro décadas de esporte, Flávio Cipriano foi o primeiro secretário de esportes do município, em uma época em que o orçamento de Itapetininga era de R$ 38 milhões (hoje é mais de 10 vezes mais). Ele avalia que o esporte itapetiningano “estacionou” nesse período e revela que só não faria uma coisa de novo: ser vereador e explica o motivo: “as pessoas acham que o vereador faz algo, mas ele apenas sugere, quem tem a caneta na mão é o chefe do Executivo, que é o prefeito”.

sábado, 3 de outubro de 2015

“O Brasil está sendo passado a limpo”, afirma dom Gorgônio


Bispo diocesano fala sobre a situação do país

          Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto (foto) bispo da Diocese de Itapetininga e Região, comenta a situação do Brasil em entrevista exclusiva para a Revista Atenas.  Para o religioso, o país está sendo passado a limpo” no que diz respeito à corrupção. Ele ressalta, porém, que a corrupção está enraizada na cultura brasileira, “nos altos escalões e na mentalidade do povo; aquela história de levar vantagem, de fazer tudo pelos seus interesses”.

          Na avaliação do bispo, no centro da crise moral e ética que o país – e o mundo – vive hoje, está o que classificou de “ditadura do relativismo, onde cada um tem a sua verdade individual e subjetiva, Não existe uma verdade objetiva. É o individualismo que impera. Esse relativismo ético gera uma crise moral; a sociedade fica descaracterizada de valores e isso gera o desrespeito à vida e à dignidade humana”.
          Ainda na avaliação de dom Gorgônio, esta situação produz um sentimento de descrença na justiça e na aplicação das leis e, por outro lado, a certeza de impunidade, o que leva muitas pessoas a tentarem “fazer justiça com as próprias mãos, gerando uma mentalidade de desrespeito à vida”.

Cultura solidária
          Para mudar este panorama, dom Gorgônio acredita que é necessária a implantação de uma cultura solidária, onde as pessoas aprendam a servir, a se abrir para o outro. “As pessoas precisam experimentar o amor de Deus; se sentirem amadas para amar. Quem não sente isso não pode amar, não pode abrir-se para o outro”,
          É neste sentido, de passar valores éticos e morais, orientação e fazer com que as pessoas  valorizem a vida e a dignidade humana, que não apenas a igreja católica, mas todas a religiões e denominaçãoes religiosas podem contribuir para a implantação de uma cultura solidária, de servir ao outro e melhorar a sociedade, segundo entende o bispo,
          “Hoje, o individualismo coloca os meus interesses acima dos outros e nega o valor da solidariedade, da educação e do respeito. Quando a pessoa antes de fazer algo pergunta o que ganho com isso, descaracterizou a gratuidade desse ato, lembrando que o amor de Deus é gratuito”, afirma o religioso,
          Para dom Gorgônio, a Igreja Católica, assim como as evangélicas, tem “crescido em maturidade; o cristão hoje participa de forma mais responsável e com convicção, com compromisso”. Ele alerta, porém, para o perigo do fundamentalismo religioso. “Esse fundamentalismo pode resultar em um radicalismo que, por sua vez, vai gerar ações agressivas, como as que estão acontecendo em algumas partes do mundo”, observou o religioso. Veja Matéria completa na Revista Atenas

Texto e foto: Marco Antonio