quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Tragédia de Brumadinho é o retrato do Brasil

Rompimento de barragem expõe falhas do país

Trabalho de resgate das vítimas da tragédia

          Mais uma vez o Brasil é sacudido pela notícia de uma tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem de rejeitos de minérios e mais uma vez pessoas inocentes pagam com a vida pelas falhas de um sistema e de uma sociedade que parece não aprender nem com os próprios erros.
          Claro que a perda de vidas é uma tragédia incalculável porque não apenas a pessoa que morre é destruída, mas toda a sua história, seus valores, todo o seu trabalho é perdido, assim como sua família e amigos são devastados pela dor.
          Três anos depois do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, o país vê, com a sensação de dejá vu, a mesma situação se repetir, envolvendo a mesma empresa. E parece que nada mudou.
          Terceira maior empresa em valor de mercado do Brasil, a Vale agora é acusada de incompetência e descaso no que diz respeito às suas barragens. Muitas vozes se levantam contra a companhia. E com razão!
          Mas este problema vai muito além de uma empresa ou setor. Nos últimos dias, fomos bombardeados com inúmeras informações. Logo no começo, a Vale declarou que a barragem do Córrego do Feijão estava inativa, com pouco rejeito de minério e o que material estava mais seco.
          O presidente da empresa, Fabio Schvartsman, afirmou ter laudos feitos no começo de janeiro e que atestavam a estabilidade da barragem, mas o que ele não contou na ocasião foi que a Vale já tinha solicitado às autoridades competentes autorização para mexer na barragem, retirando o que os técnicos chamam de produto fino. Essa informação veio dias depois, através de ambientalistas, que se posicionaram contra a reativação da barragem, mas foram voto vencido. Segundo esses ambientalistas, representantes de órgãos fiscalizadores de Minas Gerais se posicionaram do lado da empresa, apesar dos avisos do que poderia ocorrer.
          Parece que no Brasil, quem deveria fiscalizar com rigor não cumpre sua função por uma série de motivos, incluindo a própria falta de infraestrutura para que a fiscalização seja feita adequadamente. Isso sem falar na pressão econômica e política exercida por grandes empresas, já que muitos políticos são ligados a elas. Agora, depois da perda de muitas vidas, ficamos sabendo de projetos que poderiam melhorar a fiscalização, mas ou estão engavetados ou tramitam há anos no Congresso, em um ritmo no mínimo capenga
          Agora se fala em tomar medidas duras, enrijecer leis. A Vale é pintada quase como um demônio. Mas essa conta não pode ser paga pela empresa sozinha! O Estado brasileiro, na medida que não cumpre o seu papel de fiscalizar e proteger o povo, também é responsável pela tragédia. A própria sociedade brasileira, quando faz vista grossa aos problemas, tem sua parcela de culpa.
          Uma jornalista da TV Globo disse que no Brasil é comum se colocar TRANCA na porta depois que o ladrão arromba e entra. E ela tem razão. Parece ser da nossa cultura rejeitar a prevenção e esperar para agir depois que o pior acontece. Isto é uma coisa que precisa mudar.
          O país precisa amadurecer, encarar de frente seus problemas e buscar soluções. Não dá mais para ser a Terra do jeitinho, porque este chamado jeitinho já custou muito ao país. E o preço mais alto que pagamos é a vida de brasileiros inocentes, que só querem viver de maneira digna.

Texto: Marco Antonio Vieira de Moraes
Foto: Adriano Machado - Reuters

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Meninos e meninas vestem o que querem

Mais importante do que a roupa é ter saúde, educação e comida

Importa a cor da roupa quando a família não tem nem luz na casa?


          O Brasil e o mundo estão mudando com uma velocidade jamais vista. Mas esta mudança é para melhor ou para o pior? Esta é uma pergunta difícil de responder, já que vivemos os fatos à medida que a história está sendo escrita e, talvez por estarmos no Olho do Furacão, por assim dizer, não tenhamos o distanciamento e a imparcialidade necessários para fazer uma análise independente do momento que vivemos.
          O avanço tecnológico é inegável, facilitando a vida em muitos sentidos. Por outro lado, a humanidade corre o sério risco de tornar-se totalmente dependente desta tecnologia, perdendo a principal característica que a define: a capacidade de empatia com o semelhante, de emocionar-se, de ser, no sentido mais elevado da palavra, humano!
          Hoje, tudo está mais fácil, mais rápido. Até mesmo tirar a vida de uma pessoa pode ser feito à distância, com um tiro de fuzil, por exemplo. Atiradores de elite podem acertar um alvo a centenas de metros. São treinados para isso.
          Mas, nos dias atuais, você não precisa ser um soldado altamente treinado para acertar um alvo. Em algumas partes do Brasil – e do mundo – bandidos têm acesso à armamento pesado, que muitas vezes superam as armas da polícia local, e não hesitam em usá-lo contra a população. Basta ver os casos de assaltos a agências bancárias pelo interior do país, geralmente em pequenos municípios que mal têm policiamento. Ou mesmo os famosos arrastões que fecham vias públicas.
          Mas existe uma arma ainda mais poderosa, capaz de destroçar a vida de uma pessoa. Uma arma que está, literalmente, ao alcance dos dedos: a internet e as redes sociais.
          A rede mundial de computadores é sem dúvida um espaço livre, território perfeito para a liberdade de expressão. Mesmo que não concordemos com muitas opiniões expressas on line nas redes sociais, é importante e saudável que hajam opiniões divergentes e contraditórias, isto faz com que ampliemos nossos pensamentos. A internet veio para ser uma ferramenta, um meio para unir as pessoas ao redor do globo, mas ela não é um fim em si; é um canal para você se conectar com o mundo. Assim como o são as redes sociais. Não se pode confundir liberdade de expressão com o direito de agressão, de massacre virtual, que é o que ocorre em muitas situações.
          Nem tudo que é publicado nas redes sociais é verdade; nem tudo é mentira, e poucas coisas deveriam gerar polêmicas. Hoje, quase tudo vira polêmica. Você corre o risco, se postar que hoje está um lindo dia ensolarado, de alguém polemizar com você porque a pessoa prefere chuva. A questão é: o que isso muda na vida das pessoas? Isso afetará a rotação do planeta? Acabará com a fome do mundo? Polemizar sobre assuntos corriqueiros pode esvaziar a própria polêmica, que perderá força.
          Muitos acreditam que a grande imprensa está a serviço de interesses escusos, creem em teorias de conspirações e buscam duvidar de tudo e todos, mas quem garante que a fonte de onde tiram suas teorias não é manipulada?
Crianças recolhendo lixo em Itapetininga

          Por isso, criar polêmica em torno do que uma criança deve vestir, como se isso fosse uma questão de segurança nacional, parece meio fora de foco. Mais importante do que a cor da roupa, é saber se a criança tem o que vestir, se tem saúde, educação, família, se está na escola, se tem comida a mesa e se come todos os dias alimentos de boa qualidade. Claro que todos podem vestir a cor que quiserem (logicamente aqueles que podem comprar roupas). No final das contas, são os pais que decidem o que o filho(a) vestirá nos primeiros anos de vida. Mas criar políticas de inserção social, que tornem as crianças mais solidárias, tolerantes e participativas, proteger a infância e a juventude das drogas, da violência, do abuso, tudo isso é obrigação do Estado e da sociedade como um todo. De que adianta polemizar em torno da cor da roupa, se a criança não tem o que comer, não tem escola, vive em condições desumanas, sem segurança e saneamento básico?
          Menos polêmicas desnecessárias, mais ações e respeito com o ser humano, isto é o que realmente importa!

Texto: Marco Antonio
Fotos: Mike Adas; arquivo

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Aves da Região serão tema de mostra fotográfica

Trabalhos devem ser enviados até o dia 11 de fevereiro



          Fotógrafos profissionais e amadores de Itapetininga e cidades vizinhas poderão participar da 2ª Mostra Fotográfica da cidade, cujo tema será as aves da Região. As fotos poderão ser enviadas por e-mail para a Secretaria de Cultura da cidade ou entregues pessoalmente no Centro Cultural e Histórico Brasílio Ayres de Aguirre, no centro da cidade, até o dia 11 de fevereiro, para serem selecionadas. A mostra ainda não tem data definida.
          Segundo nota da Prefeitura, a mostra será realizada no centro cultural e os participantes serão escolhidos “a partir de uma seleção especial, com a curadoria realizada pelo fotógrafo Camilo Bezerra, sob coordenação da Secretaria de Cultura e Turismo de Itapetininga”.
          A nota informa ainda que “cada participante poderá enviar de uma a três fotos, que deverá(ão) ser enviada(s) para o e-mail: culturaitape@gmail.com, juntamente com título e identificação de seu autor. As regras gerais de participação poderão ser encontradas na página da rede social da Secretaria de Cultura e Turismo e no site da Prefeitura de Itapetininga”.

Regras:
Estas são as regras para os interessados em participar da mostra, segundo a Secretaria de Cultura.
- As fotos deverão trazer o tema "Aves de Itapetininga", com título, local e data.
- Os participantes deverão aceitar os termos de participação e cessão de direitos autorais da foto.
- Os trabalhos deverão ser originais e exclusivos do autor, e não poderão conter recortes, colagens e multiplicação.
- Cada participante poderá enviar de uma a três fotos, com resolução mínima
3000px/300dpi.
- Enviar as fotos para o e-mail culturaitape@gmail.com, com nome, telefone, idade do autor e título, local e data da foto ou entregar pessoalmente o material no Centro Cultural, de segunda à sexta, das 14h às 17h. O prazo de envio será de 07 de janeiro a 11 de fevereiro de 2019.
- Serão escolhidas 30 fotografias para a 2ª Mostra Fotográfica da Secretaria de Cultura e Turismo de Itapetininga, que serão expostas no Centro Cultural e Histórico Brasílio Ayres de Aguirre.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Bancos interativos: o futuro dos assentos automotivos


Com o avanço tecnológico, bancos estarão conectados à internet

Antes de aparecer no salão, o Vision inext foi mostrado 
à jornalistas dentro de um avião, que percorreu os principais mercados
         
A BMW apresentou no Salão de Los Angeles, no fim de 2018, o conceito Vision iNext, um utilitário esportivo (SUV, na sigla em inglês) totalmente elétrico que representa a visão da montadora para o futuro dos carros conectados. Segundo a BMW, o veículo, que deve chegar ao mercado em 2021, utilizará a tecnologia da Internet 5G para conectar-se ao ambiente, a outros carros, a casa do proprietário, e equipamentos como geladeira, por exemplo. O que o fabricante não explicou é por que alguém gostaria de ter um carro conectado a geladeira.
          O uso da tecnologia faz com que este modelo seja autônomo. A montadora garante que as pessoas poderão viajar nele como se estivessem conversando em uma sala de estar. A previsão é que a internet 5G chegue aos principais mercados do mundo já no ano que vem. Por isso a BMW prepara o lançamento do Vision iNext para o ano seguinte. Uma das inovações do carro é o uso de um tecido especial os bancos, que deixará os ocupantes ainda mais conectados com o mundo.

Bancos que podem comandar o carro
Painel futurista do Vision inext

         O carro possui um painel futurista que se assemelha com uma grande tela de computador. Os bancos, por sua vez, são feitos com um tecido inteligente. Os assentos permitem que a pessoa desenhe no banco e consiga ligar o som, o GPS ou qualquer outra função do carro, ativando por símbolos e desenhos A montadora acredita que, em um futuro muito próximo, as pessoas e os carros estarão conectados com praticamente tudo, incluindo aparelhos domésticos e até as roupas das pessoas. Pode parecer coisa de ficção científica, mas o futuro está mais próximo e real do que imaginamos. É esperar pra ver.

Texto: Marco Antonio
Fotos: Internet

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Acessório para acender os faróis do carro

Aparelho auxilia o motorista a lembrar de ligar o farol

Farol aceso é mais segurança

          Andar com os faróis acesos mesmo durante o dia aumenta a segurança nas ruas e estradas brasileiras. Mas, com a chegada do verão, o clima de festa no ar, as vagens, o passeio com a família. Tudo isso pode fazer com que os mais distraídos esqueçam de ligar as luzes antes de pegar a estrada, além de esquecerem os limites de velocidade. Andar com os faróis desligados pode render multa de R$ 130 e quatro pontos na carteira. E existem aqueles que ligam os faróis, mas chegam em casa e esquecem os mesmos acesos...Pronto! Lá se vai a bateria!
          Para quem não tem carro com acendimento automático do farol diurno, já existem acessórios que podem ser instalados e ajudam o motorista a se lembrar de acender as luzes.
          Um desses equipamentos é um módulo com duas opções: 1) quando você dá a partida, ele aciona um bip de 30 em 30 segundos para lembrar de acionar o farol; 2) ligar automaticamente os faróis. O proprietário escolhe a opção desejada e não há diferença no preço. Existe ainda um outro sistema que dá um alerta de voz, indicando ao motorista que ele deve acender os faróis.
Os equipamentos são instalados na parte elétrica do carro. Nenhum fio é cortado. Nos sistemas mais sofisticados, o aparelho é instalado e trabalha em conjunto com a partida do veículo, a chave seletora dos faróis e o motor de arranque. Neste modo, os faróis só são ligados depois que o motor do carro começa a funcionar. Isto evita que os faróis sejam acesos ao girar a chave na ignição, o que sobrecarrega a bateria e pode queimar as luzes, segundo técnicos. O custo dos equipamentos, já com a instalação, fica em torno de R$ 200.
A instalação desses acessórios não altera a garantia do veículo. Mas atenção: a voltagem das lâmpadas tem de ser original. O equipamento pode ser usado em carros que possuem o chamado acendimento automático do farol crepuscular, quando os faróis são acesos no momento em que o automóvel entrar em um túnel, por exemplo, ou ao pôr do sol.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Superação é tema de reportagem

A revista Hadar deste mês traz depoimentos de quem superou seus limites

Evoluir é superar obstáculos


          Segundo o dicionário, superação é o ato de superar; sobrepujar, vencer os obstáculos e triunfar. Nesse sentido, pode-se concluir que o sentido da vida neste plano de existência é o de superar dificuldades e evoluir. Afinal, a própria evolução seria um ato de superação. Basta pensarmos nos primórdios da vida no planeta: como seres unicelulares e primitivos evoluíram para formas de vida complexas, superando inúmeras dificuldades, incluindo pelo menos uma ameaça de extinção em massa, quando um meteoro gigante se chocou contra a terra há 65 milhões de anos, causando o desaparecimento dos dinossauros.
          O próprio nascimento de uma nova vida é um ato de superação. As tartarugas marinhas, por exemplo, assim que nascem devem correr para o mar, enfrentando (e superando) perigos como predadores e o terreno inóspito. Algumas espécies de pinguins são deixadas à própria sorte pelos pais, depois de certa idade, para que aprendam a nadar, enfrentar o mar e se alimentar sozinhos. Apenas os mais fortes (e sortudos) sobrevivem.
          E você, que está lendo este texto, também é fruto de um ato de superação. Antes de você nascer, um espermatozoide do seu pai venceu a corrida contra milhares de outros e fertilizou um óvulo da sua mãe. É para se pensar, não é mesmo? O surgimento de uma nova vida no útero materno não seria possível sem o ato de superação do valente soldadinho.

Superar é preciso

          Todo fim e começo de ano é a mesma coisa: pessoas fazem promessas e planos para mudar de vida (e, claro, superar obstáculos e dificuldades, como a preguiça, por exemplo). Arrumar emprego, emagrecer, fazer atividade física, ter uma dieta saudável. Muitas são as metas e sonhos. Muitos também são os desafios.
          Afinal, se fosse fácil, não haveria necessidade de exemplos de superação. E aí a vida não teria muita graça, não é mesmo? Mas exemplos de força de vontade, de determinação, de superação mesmo, são coisas de que o mundo sempre precisou. E, talvez hoje, precise mais do que nunca. Em um mundo tão tecnológico, com tantas facilidades (inclusive para arrancar a vida dos seres vivos), exemplos de pessoas que lutam por seus ideais, por um mundo melhor, com mais amor, paz e respeito são mais do que necessários. São imprescindíveis. Não importa se a sua meta de superação é perder peso, parar de fumar, vencer uma doença ou cruzar um continente a pé. É importante que você acredite no seu potencial, tenha fé e aprenda quais são seus limites e como superá-los. A revista Hadar deste mês traz uma matéria especial, você vai conhecer relatos de quem conseguiu se superar. Veja a seguir trechos da reportagem.

Exemplos
          “O mundo, hoje, precisa sim de exemplos de superação. As pessoas, atualmente, tendem a desistir muito fácil dos seus objetivos. Na primeira dificuldade que encontram, desistem. E os exemplos nos motivam pela sua luta e superação, como Buda e Gandhi, entre outras personalidades e atletas. São pessoas que estão aí para nos dizer: Olha, acredita. Isso é possível. Confia”.
          A frase é da psicóloga e empresária Rosely Zem Vieira de Souza, sócia-proprietária da rede de clínicas Magrass, que possui unidades em quatro cidades da região.
          “Os exemplos fortalecem a nossa fé. Quando se tem fé e esperança, você supera qualquer coisa”, afirma Rosely, ela mesma é um exemplo de superação, pois em 2015 enfrentou – e superou – um câncer de mama.
          “Hoje, temo menos a vida do que temia no passado. Esse momento foi de renascimento para mim; de superação mesmo. A partir deste momento eu comecei a dar um significado maior à minha vida. A gente tem de fazer e acreditar mais no nosso potencial. Se você tem um problema, você já tem a resposta para ele. Basta você silenciar e se ouvir; superação é aprender com as situações adversas”, conta a empresária.
         
Inevitável

          “A vida não é estável e as dificuldades são inevitáveis, mas você pode escolher passar por elas da melhor forma possível”, afirma a empresária, ressaltando que “sempre me coloquei como aprendiz, inclusive de mim mesma. São nesses momentos que a gente conhece a nossa força e potencial; onde somos fracos e onde somos mais fortes. É quando vemos e respeitamos nossos limites, que nos conhecemos melhor. Depois, vem a superação. Hoje, estou em um momento tranquilo. Sou o resultado do que comecei a escrever lá atrás. Sou forte”.
         
Semente
          A empresária acredita ainda que as pessoas precisam ser como sementes para dar frutos. “Se você faz a diferença, para o bem, na vida de uma só pessoa, já valeu a pena ter vivido. Não faz sentido estar nesse mundo para nada. Aprendi isso com a minha vida”.
          Rosely fala da experiência de enfrentar e vencer uma doença que é quase uma sentença de morte. “Eu fiz quimioterapia e radioterapia: perdi cabelos, cílios e unhas. Mas nunca me vi como doente, saía feliz das sessões e surpreendia até os médicos. Eu pensava que essa doença veio para me ensinar algo, mas não era uma coisa que me pertencia, então não aceitava o câncer e sabia que ele iria embora. Hoje, tenho tudo sob controle. Vou passar por uma cirurgia de reconstrução mamária dia 16 de janeiro”, relata Rosely.
         
Mudar para viver
          A possibilidade de morrer e não ver o crescimento da filha de dois anos fez o empresário Cícero Protta, fundador da 7IT, empresa de tecnologia, mudar radicalmente de vida a partir de 2016.
          Segundo ele, a opção por perder peso foi tomada “quando meu corpo já dava sinais de extremos problemas como pressão alta, falta de dormir e problemas respiratórios”.
          Protta lembra quando foi fazer um exame de polissonografia “e a enfermeira me disse que eu poderia morrer e a minha filha, de dois anos, chamaria outro de pai. Isso doeu muito, mas me motivou”. Ele lembra que no começo enfrentou muitas dificuldades como desespero, abstinência e dores de cabeça, além de se privar de muitas coisas. “Mas percebi que tinha um desafio, que era possível. Eu deveria ter resiliência e dedicação, assim seria premiado com isso. E assim foi dia após dia, algo que dependia somente de mim; ninguém faria isso por mim”.

Começo
          No começo, Protta caminhava, mas logo a corrida tornou-se uma meta alcançável. “Vi que era possível correr, assim iniciei devagar, mas cada dia mais. Comecei a acordar as 4h40 da manhã todo dia durante meses, na chuva, no frio. Isso impactou sobre mim e pensei nossa, como sou capaz”. Os amigos, incansáveis, iam junto com ele.

Necessidade de exemplos
Para o vereador, marceneiro e microempreendedor itapetiningano Eduardo Vinícius de Almeida Prando (mais conhecido como Codorna), “as pessoas precisam de exemplos de honestidade e dignidade, o que naturalmente deveria ser obrigação. Se superar aos interesses dos que anseiam uma vida farta e vasta sem merecer. Superação é resistir, acreditar que o impossível é um limite que nós mesmos nos impomos. Um cadeirante que vira atleta é um exemplo”, afirma o vereador de 46 anos.
          Ele acredita ainda que “as pessoas devem ter conceitos formados, para que não se limitem aos preconceitos pelo excesso de ignorância. Viveremos em harmonia no dia em que cairmos na real que um gato pode ser um monstro para um pardal”.
          Para o vereador, um dos caminhos para as pessoas superarem suas divergências “é agir com menos humanidade, buscando a razão de ser e estar”.
          Codorna é um exemplo vivo de superação, como ele mesmo ressalta: “eu superei a mim mesmo. Enfrento a AIDS, HCV, Artrite, Artrose, esteatose, fascite plantar, etc… mas nada disso pode derrubar minha mente, tento manter minha mente saudável”. Mas ele observa que “não consigo superar minha mania de odiar gente que não presta, acho que jamais conseguirei ser BOM para quem é RUIM…”, finaliza o vereador.
          Leia os depoimentos completos na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br)

Texto: Marco Antonio Vieira de Moraes
Fotos: Internet