segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Rua Dr. Coutinho volta a ter mão dupla

Mudança acontece a partir desta terça-feira

Cruzamento da Dr. Coutinho com Antonio Vieira de Moraes

A prefeitura de Itapetininga anunciou na última semana uma mudança no trânsito da rua Dr. Coutinho, um dos principais corredores de acesso de veículos da cidade. A partir desta terça-feira, a rua terá mão dupla de direção entre a Antônio Vieira de Moraes, nas proximidades do shopping da cidade, até a Avenida Wenceslau Bráz, próximo a uma padaria.  “No encontro destas vias, será feita uma rotatória para dar segurança para os condutores que descem a rua Alceu Cardoso e desejam acessar uma das ruas acima”, afirma a prefeitura, em nota. A dr. Coutinho já era de mão dupla há alguns anos.
De acordo com a secretaria de Trânsito, a alteração tem como objetivo oferecer mais agilidade no deslocamento e desafogar o trânsito das ruas José de Almeida Carvalho, Coronel Joaquim Leonel e Acácio de Moraes Terra. A medida irá trazer maior fluidez aos motoristas, moradores dos bairros, de condomínios da região e de empresas. Novas sinalizações horizontais (pintura de solo) e verticais (placas) também serão instaladas ao longo da pista para orientar os motoristas.
A Secretaria de Trânsito pede para que os motoristas e pedestres fiquem atentos as alterações e reduzam a velocidade. A Guarda Civil Municipal também estará no local.
Rua Dr. Coutinho


Fotos: Divulgação

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Menos de 10% dos municípios têm delegacias especializadas da mulher

Levantamento feito pelo IBGE aponta ainda que 
faltam serviços especializados de atendimento à violência sexual

Estudo traz perfil dos municípios

Em 2018, apenas 8,3% tinham delegacias especializadas de atendimento à mulher e 9,7% dos municípios brasileiros ofereciam serviços especializados de atendimento à violência sexual. A informação consta do Perfil dos Municípios Brasileiros (ano 2018), realizado pelo IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado no último dia 25. O trabalho apresenta uma visão dos municípios brasileiros em vários segmentos, como saúde, assistência social e segurança, entre outros.
Segundo o estudo, o percentual de municípios com organismo executivo de políticas para mulheres caiu entre 2013 (27,5%) e 2018 (19,9%), chegando ao patamar de 2009 (18,7%). “Além disso, o percentual de municípios que contavam com casas-abrigo de gestão municipal para mulheres em situação de violência caiu de 2,5% em 2013 para 2,4% em 2018. Neste ano, 1.221 mulheres e 1.103 crianças foram atendidas pelas casas-abrigo, sendo que a principal atividade ofertada é o atendimento psicológico individual (74,5%). As creches são as atividades menos presentes nestas instituições (19,0%)”, afirma o IBGE.
Com relação a questão dos migrantes e refugiados, o instituto afirma que “dos 3.876 municípios nos quais se verifica a presença de migrantes/refugiados ou solicitantes de refúgio, apenas 215 oferecem algum dos serviços investigados. Apenas 48 municípios oferecem ensino de português, 25 possuem atendimento multilíngue nos serviços públicos e 58 contavam com abrigo para acolhimento”.

Assistência social e cultura
Ainda de acordo com o IBGE, “em 2018, 99,5% (5.540) dos municípios executavam algum serviço sócio-assistencial. Dentre eles, 99,8% (5.529) tinham pelo menos um serviço de proteção social básica e 82,4% (4.563), de proteção social especial”. Isto significa dizer que quase todos os municípios brasileiros desenvolvem algum tipo de atuação na área social.
O levantamento apontou também que 28.421 bens foram tombados através de legislação municipal em 2018, porém, “apenas 17,8% dos municípios transferiam recursos para bens tombados. O percentual de municípios com museus caiu de 27,2% em 2014 para 25,9% em 2018, e existência de biblioteca também caiu, passando de 97,1% para 87,7%. Além disso, as bibliotecas também foram as mais afetadas na queda da quantidade de municípios que desenvolveram programa ou ação para a implantação, reforma ou modernização de equipamentos, com uma redução de 44,2% para 36,9%”.

Saúde e educação
“Em relação à saúde, em 2018, havia 3.013 estabelecimentos municipais de saúde administrados por terceiros, sendo 58,3% administrados por organizações sociais. Em 55,3% dos municípios, os usuários da atenção básica eram encaminhados para outros municípios para realização de exames. Já no quesito internação, 60,7% dos municípios encaminhavam para outros municípios. Por outro lado, quando se trata de atendimento de emergência, 91,9% dos municípios dispunham desse serviço no próprio município”, afirma o IBGE
O estudo aponta também que a indicação política para cargos municipais é uma prática que afeta até a área da Educação, e ocorre na maioria das cidades brasileiras (69,5% ou 3.869 municípios). A boa notícia é que houve redução nas indicações políticas, se comparado com 2014, quando 74,4¨% dos municípios informaram terem feito este tipo de indicação para o cargo de diretor de escola da rede municipal. Por outro lado, o IBGE constatou que “houve aumento no percentual dos municípios cujos gestores municipais de educação tinham cursos de pós-graduação, passando 65,2% em 2014 para 69,6% em 2018”.

Inclusão produtiva e segurança alimentar
De acordo com o IBGE, “em 2018, 87,7% (4.886) dos municípios brasileiros informaram desenvolver alguma ação de inclusão produtiva, percentual inferior ao observado em 2014 (98,7% ou 5.499). Em relação à segurança alimentar, 63,3% (3.526) não possuíam órgão gestor da política de segurança alimentar e nutricional, percentual superior ao observado em 2014 (60,4% ou 3.363). Além disso, 78,2% dos municípios não tinham lei municipal de segurança alimentar e nutricional”

Emprego
A pesquisa contatou que a administração municipal, seja direta ou indireta, continua sendo um grande empregador, ocupando 6.531.554 pessoas, “um contingente equivalente a 3,1% do total da população do país e 3,2% superior ao observado em 2017. A existência de Plano Diretor foi informada por 51,5% (2.866)”.
O levantamento traz também dados sobre recursos humanos, legislação e instrumentos de planejamento, educação, cultura, saúde, assistência social, segurança alimentar, trabalho e inclusão produtiva, políticas para mulheres e instrumentos de gestão migratória. Veja mais informações no site do IBGE.

Fonte: IBGE

sábado, 7 de setembro de 2019

A independência precisa ser conquistada

Brasil ainda age como se fosse colônia



          Neste dia sete de setembro, o Brasil está completando 197 anos de independência, desde que Dom Pedro I deu o famoso grito às margens do córrego Ipiranga, em São Paulo.
          Entre idas e vindas, o nosso país parece que ainda não se desvencilhou completamente da sensação de ser uma colônia. Parece que o Brasil será sempre o país do futuro, embora esse futuro nunca chegue e, no presente, ainda engatinhamos como nação que busca um lugar no cenário político mundial. O Brasil parece que não consegue se descolar da imagem de eterna colônia e nação do terceiro mundo.
          Talvez o problema sejam as nossas lideranças, que parecem bem mais comprometidas com os próprios interesses (e lucros) do que com o futuro do país e de seu povo. Por outro lado, as nações ricas parecem fazer questão de lembrar ao Brasil de seu papel de eterno coadjuvante na história do mundo. Claro que há muitos interesses em jogo na política, seja na esfera nacional ou internacional, e ninguém gosta de perder poder ou influência.
          Mas o problema talvez seja que a sociedade brasileira – e o mundo todo – passa por profundas mudanças; transformações que acontecem com uma velocidade muito maior do que já se viu em outros momentos da história. E não estamos conseguindo acompanhar este ritmo.
          Nunca se gerou tanta riqueza como hoje, mas também nunca se concentrou tanto dinheiro e poder nas mãos de poucos. Vivemos em uma era que, graças a evolução tecnológica e à disseminação dos meios de comunicação e informação, todos sabem um pouco de tudo, e quase sempre sabem mal, superficialmente. É a era do “eu sei porque eu vi na internet”, mas ninguém (ou quase ninguém) procura checar a veracidade da informação. E muitos procuram informações que se ajustem ao seu modo de ver o mundo, quando o ideal seria deixar a mente aberta para novas ideias, ainda que, a princípio, não concordemos com tudo.
          Nessa era de informação e contrainformação (ou desinformação) o Brasil e o mundo carecem de lideranças que se preocupem com o ser humano, independentemente da cor de sua pele, religião, classe social e orientação sexual. Evoluímos tecnologicamente; agora precisamos evoluir humanamente.
          Um país é como uma pessoa: precisa crescer, amadurecer e ser independente, mas isso não significa que precisa passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos.
          A independência (seja de uma nação ou de uma pessoa) deve ser conquistada e merecida. O caminho para isso é não se esquivar de suas responsabilidades, encarar suas limitações e admitir seus erros. Mas este caminho deve ser feito com respeito, sobretudo respeito ao outro, ao semelhante, ao próximo, e ao que pensa diferente de nós. A humanidade não sobreviverá enquanto permitir que pessoas morram em barcos de refugiados, simplesmente porque são refugiados pobres e famintos, ou quando mulheres e jovens são mortos em uma violência sem sentido.
          Caberá às novas gerações decidirem se querem continuar no caminho atual ou escolher outro, valorizando o ser humano, os animais e a natureza.