terça-feira, 6 de outubro de 2020

Queimadas: o flagelo do meio ambiente

País bate recordes em desmatamento e focos de incêndio



 

            A cena é dantesca, digna de um filme sobre o fim dos tempos. Paredões de chamas se erguem do chão em várias partes do país, principalmente no Pantanal, na Amazônia e em outras áreas onde a seca marca presença há meses.

            Animais morrendo carbonizados, outros tentando escapar, mas muito feridos, diversas lavouras perdidas, devastação do meio ambiente e enormes colunas de cinza e fumaça que viajam por milhares de quilômetros e atingem estados como Santa Catarina (onde causou um fenômeno conhecido como Chuva Preta) e São Paulo. Até outros países estão sendo atingidos pela fumaça gerada pelas queimadas no Pantanal, como Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.

            Um desastre ecológico de proporções bíblicas e que, certamente, irá afetar o Brasil em diversos aspectos, que vão desde a questão ambiental propriamente dita até a saúde das pessoas, inclusive de quem mora a milhares de quilômetros de lá, como nós. A economia também pode (e certamente será) afetada por este verdadeiro crime contra a natureza. Além da perda de muitas culturas (e até cabeças de gado) investidores estrangeiros podem sair do Brasil graças à nossa atual política ambiental, que parece não enxergar o óbvio e ter foco em buscar (outros) culpados, ao invés de arregaçar as mangas e realmente fazer uma política ambiental que faça o Brasil voltar a ser respeitado em todo o mundo. Ou seja, praticamente todos os setores do país sentirão, mais cedo ou mais tarde, os efeitos deste crime, que tem por trás um único culpado: o próprio homem. Estudos indicam que o Pantanal (maior planície alagável do mundo), pode levar até 50 anos para se recuperar das inúmeras queimadas que sofreu – e ainda está sofrendo – em 2020.

 

Triste recorde

            A área do Pantanal apresentou em agosto e setembro sucessivas altas no número de focos de incêndio, em comparação ao mesmo período de 2019 a informação é do portal G1, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

            Segundo o portal, até o dia 23 de setembro, o Pantanal registrava o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira (23), o dado mais recente. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma. Veja matéria completa na edição deste mês da revista Hadar (www.revistahadar.com.br).

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