terça-feira, 22 de abril de 2014

O Brasil precisa se redescobrir


País deve se reinventar

 
            Abril é o mês mais cívico do ano para nós brasileiros. Ou pelo menos deveria ser assim. Afinal, no dia 19 é comemorado o Dia do Índio, no dia 21 lembramos Tiradentes (o mártir da Inconfidência Mineira) e, neste dia 22, o descobrimento do Brasil.
            Mas, afinal, que país é este? O Brasil parece que ainda não encontrou seu caminho e nem a sua identidade. Talvez porque nós, brasileiros, ainda não nos conscientizamos que precisamos ser cidadãos, na acepção da palavra. Cidadãos por inteiro, completos, com direitos sim, mas com deveres e responsabilidades também, porque apenas cidadãos completos conseguem formar um país completo. Não existem nações pela metade!
            E um país se faz com homens justos, pessoas honestas que amam sua pátria e não têm medo de encarar de frente os desafios e as mazelas de um país como o Brasil, com realidades diametralmente opostas.
            Mas é difícil amar o nosso Brasil não? Isso porque achamos que somos um povo de segunda categoria. Mas não é assim. Temos muito ainda a realizar, mas o Brasil sem dúvida irá ocupar um lugar de destaque no cenário internacional. Basta que acreditemos nisso e amemos o nosso país.
            Acima de tudo, é preciso que amemos a nossa pátria, mas mantendo os pés no chão. Amar não é somente passar a mão na cabeça, mas também dizer a verdade quando for preciso. E a verdade é que precisamos descobrir e redescobrir o país várias vezes, até que finalmente definamos a nossa identidade. O Brasil precisa se reinventar. Precisa acreditar mais no potencial do seu povo.
            O Brasil precisa também resgatar valores, como o respeito à pessoa e as diferentes maneiras de agir e pensar de cada um. O Brasil (e o mudo todo) precisa de homens que ajam com retidão e justiça, de famílias que cultivem valores morais e não financeiros, de liberdade com responsabilidade.
            Em toda a sua história, a humanidade sempre precisou e cultuou a figura do herói. Aquele personagem que surge do nada e salva a mocinha, ou um povo todo, de um destino cruel.
            O mundo, assim como o Brasil, precisa de heróis. Não os heróis com superpoderes, mas os heróis de carne e osso, que buscam melhorar a vida das pessoas. Heróis que, com seu exemplo, enaltecem o que há de melhor em nossa alma. Heróis anônimos que lutam diariamente para ter uma vida digna. Heróis que se sacrificam pelo semelhante. Heróis que lideram nações!
            Há todo tipo de herói. E certamente precisamos de todos. Neste ano, no próximo dia 1º de maio, completa-se 20 anos da morte de um ídolo: Ayrton Senna; provavelmente, o último grande herói do esporte brasileiro. Sua morte comoveu todo o país, de um modo como nunca se viu igual.
            Nesta semana, o Brasil perdeu o locutor Luciano do Valle. Marco e referência na narração esportiva no país, Luciano também era conhecido pelo seu amor ao Brasil e ao esporte. Sua perda deixa uma enorme lacuna. E fica a pergunta: pode um país sobreviver sem heróis ou sem pessoas que o amem? A resposta só o futuro pode dar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário