terça-feira, 30 de outubro de 2012

Itapetininga cria sistema municipal de cultura


Marcos Terra,
secretário de Cultura de Itapetininga
A Câmara de Itapetininga aprovou recentemente lei que cria o Sistema Municipal de Cultura e o Conselho Municipal de Política Cultural, com uma cadeira específica para a Economia Criativa. O conceito de EC é novo e busca alternativas diferenciadas para a atividade econômica, envolvendo aspectos culturais, criatividade e ações sustentáveis (veja mais detalhes abaixo).

            Esse é um fato novo, a Câmara de Vereadores acabou de votar unanimemente uma lei, de autoria da prefeitura, criando o sistema, que entre os dispositivos legais e administrativos está o Conselho Municipal de Politica Cultural, o qual terá uma cadeira especifica para a área de Economia Criativa. Esse é um grande avanço para a gestão cultural em Itapetininga e região”, afirmou o Secretário de Cultura do município, Marcos Vinicius de Moraes Terra. Segundo ele, no dia 22 de novembro, a administração municipal realizará um Fórum Regional de Economia Criativa e Turismo Rural, “que discutira os assuntos com especialista e toda a comunidade. Entre as organizações presente estão varias do sistema “S” (Sesi, Sesc, Sebrae) e o Ministério da Cultura”, afirmou Marcos Terra.

 

Crescimento

Postal mostra a colocação de  lajotas na rua Virgílio de Rezende
            “A Economia Criativa é um tema que recentemente vem ganhando espaço no Brasil, ainda temos poucas iniciativas institucionalizadas em âmbito governamental. O Governo Federal em junho criou a Secretaria Nacional, que esta estudando e levantando dados e informações. Na iniciativa privada, temos o sistema “S” (SESC, SESI e SEBRAE) assumindo um papel importante sobre o dialogo do desenvolvimento da Economia Criativa. Já os municípios, estão caminhando agora para o pensamento sobre essa nova economia. Entre os empreendimentos, posso citar o trabalho do empreendedor Beto Hungria, que utilizar sua habilidade na comunicação, para desenvolver um projeto que envolve produção e distribuição de postais sobre o nosso município”, contou o secretário.

            Para Marco Terra, a Economia Criativa “é um formato novo, de enxergar um mercado que já acontece há muitos anos, é muito diferente dos outros movimentos econômicos que estamos acostumados a conviver, sendo assim é fundamental um mudança paradigmática para identificar um ambiente econômico especifico, que posteriormente deve ser fomentado de forma diferenciada. Entre a nossa perspectiva de gestão cultural, está também a de inserir a comunidade regional na discussão deste tema que é de extrema relevância e que posteriormente pode oferecer novas opções de negócios para o desenvolvimento econômico regional”.

 

O que é Economia Criativa

Uma forma de lucratividade diferente. Fugir daquilo que é comum e conhecido por todos. Inovar. Criar. Reinventar modos de produção, produtos, geração de renda. Essas são algumas palavras que relacionam e dão sentido ao que hoje é conhecido – e cada vez mais conhecido – como Economia Criativa.

O conceito inicial desse termo nasceu na Austrália no ano de 1994, inicialmente chamada de “indústrias criativas”, inspiradas no projeto Creative Nation que defendia a importância do trabalho criativo e sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país, aliado ao uso de novas tecnologias e a políticas culturais.

Mas apenas passou ao conhecimento do público internacional em 1997, quando na época, o recém-eleito primeiro ministro britânico Tony Blair por conta de uma competição econômica global acirrada e crescente impulsionou a criação de uma força multissetorial que analisasse as contas nacionais e as tendências do mercado e vantagens competitivas locais. Tudo isso, indo de uma forma totalmente diferente do que era tradicionalmente feito com relação à economia.

Com uma definição controversa entre os pesquisadores da área, a forma mais abrangente de compreendê-la é relacionar a geração e gestão de recursos financeiros a partir de ideias inovadoras e de produtos culturais pertencentes as mais diversas áreas. Como por exemplo, arte, cinema, gastronomia, música, artesanato, produção cultural, arquitetura, design, publicidade, moda, artes cênicas, editoração e publicações, rádio, englobando as inúmeras atividades que pertencem a tais setores.  

Hoje a economia criativa é a 3ª maior indústria mundial, atrás apenas da indústria do petróleo e de armamentos, com a diferença de que nesse novo setor, a principal ferramenta de trabalho é o cérebro e a criatividade gerando conhecimento, técnicas, cadeias produtivas etc.

Trata-se do segmento econômico mais amplo de todos, pois abrange a indústria criativa e também a economia da indústria cultural, pois pode ser dividida em três grandes núcleos. O das artes, de conteúdo (produção fonográfica, audiovisual etc.), e os serviços criativos (moda, design etc.).

 

Portal traz ações sustentáveis

            Lançado no dia 29 de outubro, o portal Click Sustentabilidade (www.clicksustentabilidade.com.br), tem como objetivo facilitar o acesso a informações e ações de sustentabilidade. O projeto é inovador e está ligado à Economia Criativa, já que este conceito envolve também o desenvolvimento sustentável.

            Segundo a assessoria de imprensa do portal, “serão disponibilizados produtos ecológicos, que serão entregues gratuitamente aos usuários, assim que conquistarem um determinado número de clicks. Para participar, é preciso se cadastrar, escolher um projeto ou produto e divulgá-lo em suas redes sociais, reunindo votos de amigos”.

A empresária e fundadora, Paula Zomignani, explica que o objetivo da Click Sustentabilidade é levar iniciativas sustentáveis às casas das pessoas, estimulando a solidariedade e a responsabilidade social. “A iniciativa é benéfica tanto para os investidores, quanto para os usuários”, destaca.

A proposta é proporcionar o diálogo entre os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental, num processo em que todos saem ganhando. O setor econômico fornece o capital e recebe visibilidade, atrelando sua marca a uma iniciativa socioambientalmente responsável; a sociedade é beneficiada com o acesso a produtos e projetos diferenciados, que estimulem a responsabilidade social e a ampliação da consciência; e o setor ambiental ganha com a contribuição dos cidadãos e com a redução de impacto ambiental, gerada pelos os produtos ecológicos disponibilizados no portal. Saiba mais na edição de novembro da revista Hadar.

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