terça-feira, 2 de outubro de 2012

Região quase não possui mata nativa

Levantamento feito em 2008 pela ONG (Organização Não-Governamental) SOS Mata Atlântica, aponta que os municípios da Região Sudoeste de São Paulo quase não possuem mais a cobertura original da mata nativa. Em alguns casos, onde a Mata Atlantica cobria a totalidade do território do município, hoje restam apenas 1%, O cerrado, outra vegetação típica do Interior Paulista, também passa por dificuldades. O pouco que resta está nas regiões de Franca, São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba e Campinas. A boa notícia é que, a partir de 2010, a mata mostra sinais de recuperação, segundo estudo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), mesmo assim, os pesquisadores afirmam que não há motivo para acomodação. Veja como anda a situação em 10 municípios da Região.
            Segundo a SOS Mata Atlantica, a cobertura original de mata no município de Itapetininga, por exemplo, atingia 58% do território do município, número que caiu para 6% em 2008, com uma área de 6,263 hectares. Para ambientalistas locais, entretanto, a situação atual é outra: segundo eles, ainda restam 15% da cobertura vegetal nativa no município, mas alertam que ainda há a ameaça da redução da área de mata,
            Em Boituva, onde a cobertura original de Mata Atlantica abrangia 100% do território, restam apenas 3%, ou 661 há (hectares), em Cerquilho, a situação é ainda pior, com apenas 1% de mata remanescente (79 há) de uma cobertura original de 100% do território. Em Cesário Lange, o quadro é um pouco melhor, segundo a SOS Mata Atlântica: restam 3% dos 100 % originais de cobertura de mata do município (523 há). O município em melhor situação é Iperó, que conseguiu preservar 14% da cobertura nativa original, ou pouco mais de 2.430 há.
            Em  Laranjal Paulista, restam hoje 2% da cobertura original de Mata Atlântica; assim como em porto Feliz e Conchas. Em Capela do Alto, restam 1.221 hectares (7%) da cobertura original de mata. A SOS Mata Atlântica não possui os dados sobre o município de Tatui.
 
Ameaçada
            A Mata Atlântica é a floresta mais ameaçada do Brasil, restando apenaa 7,9% de sua cobertura original em áreas acima de 100 hectares, de acordo com a SOS Mata Atlântica. Somente entre 2010 e 2011, mais de 13.300 há de mata desapareceram. Minas Gerais e Bahia são os estados em situação crítica. A Mata Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km2 e estendia-se originalmente ao longo de 17 Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí).
 
Recuperação
            Mesmo ameaçada, a mata mostra sinais de recuperação desde 2010, segundo estudo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de São Paulo). A área ocupada pela vegetação nativa do estado de São Paulo cresceu pela segunda década consecutiva e, ainda que retalhada em centenas de milhares de fragmentos menores que um campo de futebol, alcançou um espaço semelhante àquele pelo qual se espalhava no início dos anos 1970, conforme informam os pesquisadores da fundação.
Hoje 4,34 milhões de hectares de campos e florestas em diferentes estágios de conservação – em especial, Mata Atlântica – cobrem o correspondente a 17,5% do território paulista, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Florestal do Estado, em 2010 (últimos dados divulgados)
Até onde se sabe, essa área verde é praticamente a mesma que os 4,39 milhões de hectares que as florestas nativas ocupavam 40 anos atrás, antes de as pastagens e as plantações de cana-de-açúcar transformarem de vez a paisagem exuberante e variada das matas paulistas em um monótono tapete verde.
Os números obtidos pelo IF equivalem a um aumento de 25% na área de mata nativa, se comparados aos valores de 2001,
Mas os pesquisadores alertam que “essa boa notícia, porém, não permite acomodação. Ainda que mais verde esteja renascendo no estado, a recuperação se concentra nas regiões em que a vegetação já vinha crescendo antes. Na década passada foi detectado desmatamento no oeste paulista e talvez isso continue por ali”, comentam os pesquisadores. Quem quiser saber maia pode acessar: www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/. Com esses dados, os administradores públicos poderão cobrar com mais rigor o cumprimento das leis ambientais e os pesquisadores, identificar com mais exatidão onde vivem certas espécies de plantas e animais.

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