quinta-feira, 13 de junho de 2013

Câmara homenageia bombeiro

Aos 40 anos, Paulo Roberto Corrêa (foto) possui larga experiência em enfrentar situações de risco e salvar pessoas. Nascido em Itapetininga, ele sempre quis ser bombeiro. Aos 18 anos trabalhou no corpo de bombeiros voluntários da cidade. Depois, ingressou na Polícia Militar do Estado de São Paulo, servindo como bombeiro militar na capital paulista.
Desmoronamento das obras do metrô
Com quase duas décadas de serviço na corporação, ele e seus companheiros do 4º Grupamento dos Bombeiros, que abrange o bairro paulistano de Pinheiros, atenderam ocorrências de grande impacto e repercussão, como a tragédia com o avião da TAM e o desabamento das obras do metrô de Pinheiros. Paulinho, como é carinhosamente chamado por familiares e amigos, trabalha atualmente em Itapetininga, junto ao grupamento do Bombeiro Militar na cidade. Por seu trabalho na corporação, ele será homenageado nesta quinta-feira pela Câmara local, recebendo a Medalha de Mérito Júlio Prestes de Albuquerque. A cerimônia acontece na sede do Legislativo, à rua Monsenhor Soares, 251, a partir das 19 horas.
 
Experiência
            Paulo Corrêa lembra que foi transferido para São Paulo em 2005 e que aprendeu muito com essa experiência. “Ajudei meus companheiros na tragédia com as obras do metrô em Pinheiros e posteriormente com a queda do avião da TAM”, recorda o bombeiro, que também atuou em muitos incêndios em regiões de favela. “São Paulo não para; o resgate é chamado a toda hora...você nem tem tempo de almoçar e jantar”, afirma o bombeiro.
O combate ao incêndio após
a queda do avião foi árduo
            Apesar de ter trabalho em duas ocorrências de grande repercussão, o fato que mais marcou Corrêa foi o atropelamento de uma criança de quatro anos na avenida Rebouças, na capital. “Depois que chegamos com o resgate e todo o trabalho de imobilização da criança, já dentro da viatura ela me pergunta se no céu tem pão”, recorda o bombeiro, emocionado, sem esconder que as palavras da criança mexeram mais com ele do que o trabalho árduo de combate ao fogo no avião da TAM (que contabilizou quase 200 vítimas) ou os 14 dias de trabalhos ininterruptos na obra do metrô.
            Há pouco mais de dois anos trabalhando em Itapetininga, ele diz que a cidade mudou muito desde os tempos de bombeiro voluntário e que o número de ocorrências aumentou bastante. Por outro lado, com a evolução da tecnologia, hoje existem equipamentos e viaturas mais modernas para atender a população. “Quando entrei na corporação, os caminhões eram importados. Hoje são fabricados aqui no Brasil”, ressalta o bombeiro.
            Graças à vasta experiência, Corrêa hoje diz que segue tranquilo para atender as chamadas. “A gente não pode estar tenso (para atender a ocorrência) tem que ser muito profissional e saber como atuar e na hora certa”. Para ele, a profissão é igual a um sacerdócio, pois requer dedicação integral. “Sempre quis ser bombeiro, isso tem que estar no sangue e na alma. Tem que ter amor à farda que veste”, finalizou.
 
Texto: Marco Antônio
Fotos: Arquivo Pessoal

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