segunda-feira, 4 de abril de 2016

O cavaleiro das letras

Cronista fala sobre sua obra



               Cronista, ensaísta, poeta e prosador. Benedito Madaleno Mendes (foto) é um artista das lides literárias. Um cavaleiro das letras que, com seu texto excelente e por vezes cáustico, ataca o dragão da iniquidade, dos desmandos e das incoerências da sociedade.
               Nascido em Iperó, filho de ferroviário, Madaleno, ou Mada, como é conhecido pelos amigos, mudou-se com a família para Itapetininga quando tinha menos de um ano de idade. Hoje, aos 60 anos, dois casamentos, três filhos e muitos prêmios literários conquistados, ele considera-se um itapetiningano de coração.
               “Ainda sou um menino assustado”, afirma Madaleno, ao descrever a si mesmo, “Nos últimos tempos eu estou mais chegado nas crônicas, onde eu posso desenvolver texto em prosa, mas de forma poética”, afirma. Para ele, o tom irônico de seus textos manifesta “uma característica intrínseca minha: toda vez que eu escrevo a ironia entra no meio”, revela o cronista. “Como todo brasileiro, eu tenho uma visão muito crítica da sociedade”, afirma o escritor, que hoje se considera um artista das letras, mas que para sobreviver prestou concurso para o serviço público​. Atualmente, contudo, ele diz que consegue se sustentar com a sua literatura.
               “Viver da cultura no Brasil hoje é quase um milagre”, desabafa o escritor, que possui dois livros publicados e também participa do Mapa Cultural Paulista, “brasileiro não liga para livro”, acrescenta Madaleno.
               Destaque no Mapa Cultural Paulista em nossa Região, ele afirma que esta iniciativa do governo paulista ajuda a divulgar seu trabalho, embora ressalte que este projeto ainda é pouco conhecido.

Criação
               Em seu processo de criação, Madaleno coloca suas experiências pessoais em seus textos. “Às vezes fico pensando em determinado assunto sobre o qual quero escrever; algo que vejo no jornal. Mas geralmente a inspiração vem quando vou dormir! Parece que alguém sussurra no meu ouvido, aí vêm três ou quatro textos seguidos”. Ele admite que às vezes é surpreendido neste processo. “Escrever é como magica; ás vezes estou escrevendo e tenho controle sobre isso, mas aí surge uma EXPRESSÃO E EU PENSO: NOSSA! É ISSO! Parece uma coisa mágica”. O cronista ressalta que não é fácil escrever e por isso está cada dia mais cuidadoso.
               Apesar disso, Madaleno garante que se voltasse no tempo faria tudo de novo, “menos algumas traquinagens, mas faria outras de novo. A pena ainda é e sempre será mais forte que a espada, ainda confio na pena”, finaliza o cronista.

Texto e foto: Marco Antônio

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