quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Boatos alertam para supostos ataques de facção criminosa na Capital


Ação seria uma retaliação contra a morte de suposto integrante

Ônibus queimado na tarde desta teça, em São Paulo
 
            A morte de um suposto integrante da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas, ocorrida na noite do último domingo, seria o estopim para uma nova onde de ataques contra ônibus e policiais, segundo boatos que circularam hoje por bairros da Zona Norte da Capital paulista e através de mensagens de áudio enviadas  pelo aplicativo Whatsapp.
            Embora a autenticidade das mensagens não tenha sido confirmada pelas autoridades, o Marconews recebeu quatro desses áudios. Em um deles, um homem que se identifica como irmão do rapaz assassinado “convoca” outros integrantes da facção para os ataques. "Quero dizer aí pra todo o pessoal que faz parte da facção que hoje (...) vai reunir todo mundo aí e a gente vai fazer uma 'alvoraça', hein? Só lembrando que o pessoal que mora aí na redondeza, pra guardar carro, o que for. A gente vai sair tacando fogo em tudo".
            Ainda conforme a mensagem, o encontro seria no cruzamento da Avenida Ede com Avenida Conceição na noite desta terça. Até o fechamento desta matéria, entretanto, não havia a confirmação se houve algum ataque.
            Em outra mensagem, um homem que parece ser policial avisa que os bandidos tentariam assassinar um policial militar que mora em um conjunto habitacional na Zona Leste. “Fica ligeiro aí”, avisa o homem.
 
Morte em pizzaria
Segundo o G1, portal de notícias da Globo, todos os arquivos de áudio citam a morte de Jeorge Vieira Ponciano, conhecido como JJ, no domingo. Ele é identificado como o homem de 39 anos que morreu após ser baleado em uma pizzaria, no Jardim Brasil, Zona Norte de São Paulo. Ele estava no estabelecimento, na esquina da Rua Tosca com a Avenida Roland Garros, quando dois homens passaram em duas motos atirando, de acordo com a polícia.
 
Ordem
            A ordem para atacar policiais teria partido do chefe do tráfico no Jardim Ângela, segundo uma outra mensagem de texto que também circulou nesta terça-feira e à qual o blog também teve acesso. De acordo com a mensagem, a missão – matar três policiais até sexta-feira – teria sido dada a dois novos integrantes da organização criminosa. Também não há como confirmar a veracidade dessa mensagem.
 
Toque de recolher
            Ainda conforme o G1, o comércio fechou mais cedo em bairros da Zona Norte da cidade de São Paulo na tarde desta terça-feira após boatos de toque de recolher circularem entre lojistas e também por grupos de Whatsapp. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) diz que não tem detalhes, mas que apura os boatos de que criminosos decretaram toque de recolher. Pelo Twitter, a PM diz que o policiamento está reforçado na região "a pedido de usuários, garantindo sensação segurança e silenciando boatos".
Os comerciantes de bairros como Jardim Brasil, Parque Edu Chaves, Vila Ede, Vila Medeiros, Vila Sabrina e Vila Guilherme fecharam as portas a partir das 15h.
A cerca de 10 km de distância do ponto onde o comércio encerrou as atividades mais cedo, um ônibus foi incendiado na Avenida Zaki Narchi, 125, no Carandiru. A Polícia diz que ninguém ficou ferido e apura os motivos do ataque.
            Por conta dos boatos, o comércio e até instituições e serviços fecharam mais cedo nos bairros citados nas mensagens. Pessoas passavam apressadas pelas ruas e policiais de armas em punho abordavam suspeitos. Até escolas liberaram os pais para pegar os filhos mais cedo, se desejassem.

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