terça-feira, 14 de abril de 2015

FMI prevê que PIB brasileiro terá retração


Economia brasileira desacelera e pode ter desempenho negativo

 
Antes da revisão dos dados, o FMI estimava
em 0,3% o crescimento da economia brasileira em 2015
            A previsão para o crescimento da economia brasileira este ano, na melhor das hipóteses, é de 1%, segundo estimativa do mercado financeiro para o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os produtos e serviços gerados no País. A expectativa para a inflação, por outro lado, já ultrapassa a casa dos 8%. Para o Fundo Monetário Internacional, no entanto, a economia brasileira deve encolher este ano. Entre os motivos apontados pelo órgão, estão a crise hídrica e energética, a falta de estrutura para combater a crise e, claro, a corrupção que campeia por todo o lado.
            Muitos brasileiros ainda devem se lembrar de quando a inflação anual superava os 230% e certamente ninguém quer que esta situação volte, afinal, nos acostumamos, nos últimos anos, a viver em uma economia estável, onde os preços não explodem em direção ao espaço de um dia para outro. Talvez seja por isso que estejamos tão indignados com os recentes reajustes de preços, principalmente na contas de energia, água e combustíveis. E os protestos registrados no último domingo abordam essa insatisfação e também deixam claro que o povo não suporta mais a corrupção.
            Com a economia desacelerando, não é apenas o governo que está apertando o cinto para fechar as contas em dia. Todo mundo está pisando no freio e economizando o quanto pode. Basta dar uma volta no comércio das cidades e não é difícil ver vendedores parados ou conversando entre si, já que os fregueses não aparecem. Os poucos que entram são disputados quase a tapas. Mas o crescimento do PIB brasileiro, ainda está a anos luz do crescimento chinês, segundo dados do Fundo Monetário Internacional.
            De acordo com o FMI, o PIB da China em 2015 deverá crescer quase 7% (precisamente 6,8%), seguido de perto pela Índia (6,3%), ambas as nações integram o chamado BRICS, grupo que reúne países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e South África (África do Sul, em inglês). Ocorre que na lista com 11 países divulgada pelo FMI, o Brasil está em penúltimo. No começo do ano, o Fundo previu um crescimento de 0,3%, melhor apenas do que a Rússia, que deve ver a economia local encolher, com desempenho negativo de -3%. Em Abril, contudo, o FMI reviu os números. A expectativa agora é de que a economia brasileira encolha e apresente uma retração de -1%. A África do Sul nem aparece na lista.
 
Crescimento e inflação
No fim de março, o IBGE informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.
            No caso da inflação deste ano, que começou pressionada pelo reajuste de preços de segmentos controlados, como combustíveis e energia, analistas estimam que a alta dos preços recuou na última semana. A previsão dos economistas, que era de 8,2% na semana anterior, passou para 8,13%, segundo o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. A informação é do portal G1.
Para 2016, a estimativa dos economistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou estável em 5,6%. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Mesmo com a queda, se confirmada, a previsão do mercado para a inflação de 2015 (de 8,13%) atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Em março, a inflação oficial ficou em 1,32%, depois de avançar 1,22% em fevereiro, segundo o IBGE. A taxa é a maior desde fevereiro de 2003, quando atingiu 1,57%, e a mais elevada desde 1995, considerando apenas o mês de março.

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