quarta-feira, 22 de abril de 2015

Saiba o que é o Canabidiol e para que serve


Composto é uma das 400 substâncias encontradas na maconha
 
 
Liberado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o Canabidiol é um agente químico encontrado na planta Cannabis, popularmente conhecida como maconha. O Canabidiol (CBD) possui características que o tornam eficaz no combate aos sintomas de doenças como esquizofrenia e surtos psicóticos e por esta razão chamou a atenção dos pesquisadores.
O CBD inibe os efeitos do THC, elemento psicoativo da maconha, e apresenta excelentes resultados no combate às convulsões. Os medicamentos à base do CBD começarão a entrar no país regularmente e a expectativa é de que até o final do ano sejam comercializados nas farmácias, mediante prescrição médica. Com a liberação, empresas farmacêuticas se preparam para registrar remédios à base do composto.
 
O que é o Canabidiol
O termo se refere a uma das substâncias químicas encontradas na Cannabis Indica, constituindo grande parte da planta, cerca de 40% de seus extratos. Cannabis Indica e Cannabis Sativa são nomes utilizados para designar os extremos do espectro da cannabis, conhecida popularmente como maconha.
Dentro destes dois extremos existem ainda muitos outros padrões de crescimento, de qualidade e de efeitos, mostrando o potencial da maconha para conseguir se adaptar em praticamente qualquer situação ou local. A Cannabis Indica possui mais canabidiol e menos THC, componente psicoativo da maconha, por isto é mais indicada para a extração da substância.
Em diversos locais no mundo medicamentos à base de maconha já são prescritos e vendidos para o tratamento de uma série de doenças. A substância é uma espécie de pasta proveniente da maconha e é eficaz no tratamento de doenças raras e de convulsões. O termo “medicamento à base de maconha” levanta muitos preconceitos, sendo esta uma das questões ainda bastante discutidas no Brasil.
 
Para que serve
O uso terapêutico dos canabinoides, termo utilizado por alguns médicos com o intuito de evitar o polêmico termo “medicamento à base de maconha”, já vem sendo praticado há algum tempo em uma série de países, como os Estados Unidos e outros da Europa.
O Canabidiol tem se mostrado bastante eficiente no tratamento contra a ansiedade e fobias sociais, assim como no de epilepsias graves. A substância ainda pode ser usada com sucesso na reversão dos sintomas da doença de Parkinson e de Alzheimer, incluindo outras desordens neurodegenarativas, por exemplo. Outros efeitos positivos do canabidiol é aumentar o sono em pacientes que sofrem de insônia, aumentar a fome em pacientes com anemia e reduzir a dor em pacientes que sofrem de câncer e de doenças que afetam o Sistema Nervoso Central.
 
Como funciona
Ele atua como um ansiolítico, medicamento utilizado no tratamento de ansiedade. No entanto, ao contrário de outros fármacos usados para tanto, o canabidiol não produz efeitos colaterais como sonolência, zumbidos, tonturas e perda de memória, por exemplo. Além disto, ele não traz efeitos típicos do uso da maconha, como muitos pensam equivocadamente. O canabidiol não leva à taquicardia, falhas na coordenação motora, secura na boca ou perda de memória recente.
No tratamento de convulsões, por exemplo, ele atua controlando o fluxo de informações entre os neurônios, para que não haja sobrecargas e para que os mesmos não fiquem superativos, o que poderia levar a uma convulsão. O canabidiol inibe de diversas formas a hiperativação dos neurônios, frequentemente relacionada a áreas do cérebro ligadas à linguagem e à percepção sensorial.
O Canabidiol é também comprovadamente eficiente no combate a fobias sociais, pois facilita o processo de reaprendizado emocional quando a pessoa foi exposta a uma situação que lhe provou um distúrbio. Além disso, a substância é eficiente na redução e reversão dos sintomas relacionados ao mal de Parkinson, de Alzheimer e esquizofrenia.
 
Contraindicações
Em algumas linhagens de Canabidiol são encontradas porcentagens grandes de THC, que mesmo em baixas doses pode provocar alguns efeitos adversos, especialmente em crianças com menos de 15 anos, como a psicose. É preciso muito cuidado, portanto, na escolha do canabidiol utilizado. Ainda não há uma total uniformidade na composição e na consistência dos produtos, sendo que grande parte do canabidiol é adquirido de produtores ao redor do mundo, o que provoca variações no cultivo da planta.
Além disto, é preciso ter atenção ao que ocorre quando do uso combinado de Canabidiol e de outros medicamentos, sendo que estudos neste sentido já vêm sendo realizados. Não é porque é algo natural que não pode te prejudicar. Por exemplo, a tetrodotoxina, um bloqueador de canais de sódio produzido naturalmente por peixes e outros animais, é cerca de 100 vezes mais letal para os seres humanos do que o cianeto de potássio.
 
Morfina
Levou um tempo para que a morfina, por exemplo, medicamento derivado do ópio, de onde vem a heroína, fosse liberada para uso. Ainda assim, a morfina produz uma série de efeitos colaterais preocupantes, o que não ocorre com o Canabidiol. Ele é apenas um dos canabinoides extraídos da maconha, que contém mais ou menos 400 substâncias diferentes, dentre elas cerca de 60 canabinoides.
Fonte: site www.saudemedicina.com

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