quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Salão do Automóvel de SP abre nesta quinta-feira

Portões serão abertos às 14 horas
A visão da Volks para o fututo do Golf: um híbrido de 400 CV


          Um dos mais importantes eventos em seu segmento, o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo abre suas portas para o público nesta quinta, dia 10, a partir das 14 horas. Este ano, o salão acontece no São Paulo Expo, localizado na rodovia dos Imigrantes. Principal vitrine das montadoras para o lançamento de veículos novos, o evento vai até o dia 20 deste mês.
          Entre os dias 11 e 19, os portões ficarão aberto das 13 às 22 horas (entrada até às 21 horas).  No encerramento, dia 20, os portões abrem das 11 h até as 19 h, mas a entrada só será permitida até as 17 horas.
          Segundo o G1, portal de notícias da Globo, o primeiro dia (10/11) costuma ser o menos cheio. De segunda a sexta, as tardes tendem a ter menos gente do que à noite, quando muitos fãs saem do trabalho e seguem para o evento.  Os fins de semana são os dias de maior público. Se não puder evitar, procure chegar na primeira hora após a abertura: quanto mais tarde, mais gente. 
O primeiro fim de semana deve ser o mais lotado, pois coincide com a realização do GP Brasil de Fórmula 1, em Interlagos, e também com o feriado prolongado de 15 de Novembro (que cai numa terça).  Fique atento: só é possível entrar até uma hora antes do horário de fechamento do salão. No último dia, esse limite vai até duas horas antes do encerramento. 

Novo local
Após 46 anos no pavilhão do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, a feira acontece pela 1ª vez no São Paulo Expo, na Zona Sul. O São Paulo Expo fica no início (km 1,5) da Rodovia dos Imigrantes, na Zona Sul de São Paulo. O antigo Centro de Exposições Imigrantes foi reformado e ficou com uma área de 90 mil m² de pavilhão com ar-condicionado e 20 mil m² de área externa, onde haverá um espaço para test-drive - Chevrolet, Land Rover, Peugeot, Nissan e Volkswagen terão carros à disposição dos visitantes. 
A partir da estação Jabaquara do Metrô (Linha Azul), onde também há um terminal rodoviário, haverá ônibus gratuitos para o salão. A distância até o local do evento é de 850 metros. Aos sábados, domingos e no feriado prolongado de 15 de Novembro haverá transporte grátis saindo também da estação Santos-Imigrantes (Linha Verde). Os ônibus começarão a circular uma hora antes da abertura do salão até uma hora após o fechamento do evento. 

Novidades
Em ano de crise econômica e retração na produção de veículos, as montadoras apresentam poucas novidades. A grande aposta é um evento do porte do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Tradicionalmente, o salão é a grande vitrine da indústria automobilística nacional e onde são apresentados os novos lançamentos, contando ainda com a participação de modelos de sonho, como os superesportivos.
          Agora, se normalmente o salão já concentra os lançamentos, imaginem em tempos de crise. Muitas novidades foram mostradas, assim como alguns carros conceituais, e algumas boas notícias foram divulgadas. Nesta segunda e terça-feira, o salão foi aberto para imprensa e convidados.
A Volkswagen anunciou nesta terça-feira que investirá 7 bilhões de reais até 2020 no Brasil, para uma nova família de carros compactos, que inclui um SUV.
Focando no futuro, a montadora não trouxe nenhum grande lançamento para o evento, mas apostou em conceitos. Um dos destaques foi o elétrico Budd-e. É uma "nova Kombi" com interior futurista, que foi apresentada em janeiro deste ano na feira de tecnologia CES, nos Estados Unidos.
Outro conceito é o Gol GT (foto), que recupera uma lenda dos anos 1980. Ele foi desenvolvido pelo time brasileiro de design e tem detalhes de um verdadeiro esportivo, como bancos em concha, saídas de ar e pedais em alumínio. Para os fãs de supercarros, a maior atração é outro conceito, o Golf GTE Sport, um híbrido com 400 cavalos de potência. Ele é empurrado por um motor 1.6 TSI, derivado do propulsor usado no mundial de rali, aliado a dois motores elétricos.
O modelo, que aponta para o futuro do Golf GTI, acelera a 100 km/h em 4,3 segundos e atinge 280 km/h de velocidade máxima, segundo a fabricante.
          Voltando ao presente, a montadora aproveita o evento para iniciar as vendas do Golf GTE 2017, que também será híbrido e muito potente.
Ainda sem preço definido, a versão híbrida do Golf começará a ser oficialmente distribuída pela marca. A ideia do Golf GTE é manter o apelo esportivo da versão GTI, assim como todas as qualidades atribuídas ao Golf, em um modelo a gasolina e eletricidade. O carro contará com dois motores e uma série de tecnologias que o tornarão um dos mais econômicos do mercado.
Por fora, o Golf GTE 2017 não terá nenhuma diferença em relação à linha 2017, senão pequenos detalhes da versão. Linhas decorativas em azul claro marcam o carro por fora e pro dentro. É desta cor, por exemplo, que são feitas as costuras do veículo, indicando sua proximidade ecológica e tecnologia limpa.
O VW Golf GTE funcionará com um sistema de motorização dupla. Um de seus motores será um 1.4 TSI BlueMotion, capaz de render 150 cavalos. Este será um motor de combustão praticamente igual ao que se utiliza em qualquer outro carro.
Golf GTE Híbrido
O segundo grupo propulsor é um motor elétrico de 75 kW, capaz de oferecer outros 102 cavalos de potência. Em conjunto, já considerando as perdas para adaptação, o modelo supera os 200 cavalos de potência (204 cv, mais precisamente). Isso garante uma velocidade máxima superior a 220 km/h, fazendo a aceleração de 0 a 100 em apenas 7,6 segundos. Para quem associa carros híbridos a performances modestas, certamente é hora de rever alguns conceitos. Outro carro conceito apresentado no salão é o T-Cross Breeze, um SUV conversível.

Poucos lançamentos
De novidades concretas, a Volkswagen mostrou novas versões Track para Gol e Up!, que trazem acabamento com visual "aventureiro". Foram exibidos também o CrossFox Urban White, o Golf com motor 1.0 turbo e a linha 2017 da picape Amarok, que renovou o visual, mas manteve os mesmos motores 2.0 turbodiesel, de 140 cv ou 180 cv, associados a câmbio manual de 6 marchas ou automático de 8. O novo motor V6, lançado na Europa neste ano, deve aparecer na Amarok brasileira só em 2017.

Novo motor na picape Toro
          A Fiat apresentou na última a nova motorização de sua picape média, a Toro. Na versão Freedom, a picape ganha a opção de motor 2.4 Tigershark flex, de 186 cavalos e torque de 24,9 kgfm. A transmissão é a mesma da versão diesel: automática de 9 marchas. O preço também é o mesmo da configuração diesel, R$ 98.730. A Toro 2.0 diesel tem 170 cv e 35,7 kgfm.
Além do novo motor, a Toro 2.4 terá sistema start-stop e partida a frio, que elimina o tanquinho auxiliar. A Fiat também incluiu uma tecla Sport, que promete comportamento mais esportivo, com um mapa de calibração do motor diferente.
Na comparação com a versão Freedom 1.8, que continua sendo oferecida a partir de R$ 82.930, a 2.4 ganha equipamentos como capota marítima, retrovisores com rebatimento elétrico, luz de caçamba, sensor de pressão nos pneus, rodas de 16 polegadas, além da nova cor, branco Polar. A única diferença visual entre a Freedom 1.8 e a 2.4 é a inscrição AT9, referente ao câmbio. Na 1.8, há uma plaqueta AT6.

Uno
          A Fiat confirmou ainda que lançará o Uno 2017 com um inédito motor 1.0 de 3 cilindros que já produz em Betim (MG). A nova família de motores GSE, sigla em inglês para Global Small Engine, ou pequeno motor global, é formada por 2 propulsores: o outro é um 1.3 de 4 cilindros, que prometem ser mais eficientes do que os atuais. Eles vão equipar o Uno na linha 2017, que será lançada neste mês de dezembro. A montadora não deu, no entanto, nenhum dado sobre performance. O carro passará por reestilização.
Com o novo 3 cilindros, o modelo ficará em linha com concorrentes que também usam esse tipo de motor, como o Volkswagen Up!. Este motor de 3 cilindros terá 6 válvulas, e não deve alcançar os 80 cavalos. A ideia da marca é oferecer mais torque em faixas de rotação entre 1.500 e 2.500 rotações por minuto. O torque máximo, obtido em rotações mais elevadas, deve ser de mais de 10 kgfm.
O Mobi, "irmão" caçula do Uno, deve ganhar o 1.0 GSE, mas ainda não há uma data definida. Ele inclusive pode ter os dois motores de 1 litro ao mesmo tempo - o atual, Fire, seria aplicado nas versões de entrada e o GSE, nas mais caras.

Honda

         Após a apresentação do novo Civic, que ganhou um visual mais arrojado, a Honda traz uma de suas estrelas globais no Salão de São Paulo. É o WR-V (foto), um novo crossover compacto e menor do que o HR-V, este último já conhecido dos brasileiros. A apresentação em São Paulo contou com a presença do CEO mundial da Honda, Takahiro Hachigo.
          A plataforma e conjunto mecânico do WR-V são emprestados do Fit, com quem ele compartilha também a plataforma de construção. De acordo com a empresa, o modelo foi o primeiro desenvolvido completamente no Brasil e se baseou nas demandas dos consumidores daqui e de outros países da América Latina. A Honda não divulgou detalhes técnicos do WR-V, nem mesmo o interior. O motor deve ser o já conhecido 1.5, de 116 cavalos de potência, aliado a câmbio automático do tipo CVT. O preço ficará entre o Fit, que começa em R$ 57 mil, e o HR-V, que tem preço inicial de R$ 79.900.
Segundo a Honda, o WR-V será a porta de entrada de um novo grupo de consumidores no mundo dos SUVs. Mas ele pode também pegar uma parte dos consumidores do HR-V.

Hyundai
          Ainda no segmento dos SUVs, a coreana Hyundai está lançando o Creta, equipado com motores 1.6 ou 2.0. fabricado em Piracicaba, no interior paulista, o carro também foi mostrado no Salão do Automóvel, mas as vendas só começam no ano que vem.
          O propulsor terá tecnologia de duplo comando variável de válvulas (D-CVVT), que visa otimizar o desempenho tanto em baixas como em altas rotações. O 1.6 é o mesmo do HB20, mas também vai contar com esse recurso.
A montadora não divulgou a potência nem o torque desses motores para o SUV. No HB20, o 1.6 desenvolve 128 cavalos com álcool e 122 cv com gasolina.
A Hyundai também vem mantendo segredo sobre o desenho final do modelo para o mercado brasileiro.

Texto: Marco Antônio
Fotos: Internet

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